5000 Anos História Sexualidade


5000 anos da História da Sexualidade


Tive o prazer de poder visitar o Museu da Farmácia no âmbito desta visita temática, com o meu marido, e ficámos agradavelmente surpreendidos, logo á entrada, quando questionamos se após a visita teríamos livre acesso a todo o Museu de forma a podermos explorar o mesmo, visto que nenhum de nós nunca antes o havia feito. Fomos encaminhados de imediato ao Diretor do Museu, o Dr. João Neto, que nos informou que sim, e com quem tivemos o prazer de trocar algumas palavras mesmo antes da visita. Ficámos agradavelmente surpreendidos pela visita ser guiada e conduzida pelo Dr. Estávamos encantados com o Dr. João, tanto devido à sua amabilidade como à sua sapiência e até humor! Um Sportinguista Monarca 😊, como assim se descreveu.

Fomos conduzidos ao primeiro andar (grupo de 12) onde o Dr. começou por fazer uma introdução sobre os primórdios do Homem e da sua sexualidade: animalesca. Somos sem dúvida “macacos de imitação” e aprendemos com aquilo que vemos, logo o ato sexual durante muito tempo foi feito como os animais, as fêmeas de quatro voltadas de costas para os machos, pois como o Dr. Informou, durante muito tempo o sexo teve a conotação de poder, de domínio sobre o outro (e ainda continua a ter, infelizmente). Só muito mais tarde houve a alteração para a chamada posição de missionário. Mas voltando ao tema, o sexo como poder assim como o símbolo fálico com essa conotação (poder/virilidade), como podemos verificar nas lanças (usadas para caçar), nos pilões (para esmagar as ervas), etc, tudo uma questão de força, domínio, poder.

No antigo Egipto verificou-se o maior refinamento do ato, até então considerado, animalesco. No entanto, continuou-se a ostentar o poder na sua forma fálica até nas maravilhas do mundo, as pirâmides. Nos hieróglifos conhecidos, estudados e analisados consegue-se ler (mesmo sem sapiência para o fazer com exatidão) constantemente a majestosidade dos deuses masculinos. Demonstrando toda a sua virilidade, seja de forma óbvia ou mais subtil. No mundo dos mortais não era diferente, as barbas pontiagudas demonstravam visualmente a virilidade do homem. A figura da mulher nesta época era demonstrada de duas formas: divina em caso de uma divindade ou de total subserviência e submissão.

Avançando para a época Helénica foi-nos dito que havia um cuidado com o corpo, “Mente são, corpo são” onde a sexualidade era muito importante para obtenção dessa saúde, desse estado mental superior. A limpeza do corpo começou a ganhar importância dentro desta mentalidade e era feita com azeite, ingrediente ainda hoje essencial em alguns produtos de limpeza e maquilhagem. As pessoas eram banhadas em azeite e com um “elo”, tipo uma foice, era utilizado para raspar a pele embebida em azeite, retirando o excesso do azeite com as impurezas e lixos presentes na pele. A utilização e fito do azeite passava por limpar, bem como hidratar a pele. Também era utilizado para cosméticos, assim como ainda nos dias de hoje, a palavra cosmética vem do grego “kosmetikos”.


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