Olá estudante! Na lição passada, você começou a conhecer os estilos de liderança, focalizando principalmente nos estilos transacional e transformacional. Destacou-se a importância de o líder compreender as necessidades individuais da equipe, adaptando seu estilo conforme a situação. Ao explorar a liderança transacional, você compreendeu seu enfoque em recompensas e na gestão por exceção, ressaltando sua prevalência no cenário empresarial contemporâneo. Enquanto a liderança transformacional é caracterizada por inspirar e motivar, buscando uma mudança de paradigma e incentivando o desenvolvimento pessoal. Além disso, a lição destacou a liderança carismática como uma forma de liderança transformacional, enfatizando características essenciais, como autoconfiança, visão e habilidade de articulação. A relação entre liderança transacional e transformacional foi também trabalhada, evidenciando que uma abordagem híbrida é fundamental para enfrentar os desafios organizacionais de forma eficaz.
Na lição de hoje, você aprenderá mais alguns estilos de liderança previstos na teoria. Dessa forma, você compreenderá os principais estilos de liderança, incluindo autocrática, democrática, laissez-faire e situacional, compreendendo suas características distintas. Além disso, vamos aplicar os conceitos teóricos na prática, identificando situações específicas em que cada estilo de liderança pode ser eficaz, levando em consideração diferentes contextos organizacionais.
Vamos também, discutir sobre os desafios enfrentados pelos líderes ao escolherem e aplicarem estilos específicos, levando em consideração as nuances das equipes, tarefas e contextos organizacionais. Por fim, você será encorajado a ser criativo para propor soluções inovadoras para desafios comuns relacionados à liderança, promovendo uma mentalidade empreendedora na abordagem dos problemas.
Sendo assim, você será preparado para enfrentar desafios no mundo profissional por ter uma compreensão aprofundada dos estilos de liderança, promovendo uma abordagem prática e estratégica na tomada de decisões.
No universo dos estilos de liderança, o desafio é como escolher a playlist certa para o sucesso da equipe. A liderança laissez-faire, por exemplo, é como deixar a galera trabalhar por conta própria, mas o risco é que a harmonia se perca se não houver uma direção clara. Aqui, o desafio é encontrar o equilíbrio entre liberdade e orientação.
Já os estilos mais clássicos, como a liderança autocrática e democrática, são como diferentes gêneros musicais. Às vezes, a batida firme da liderança autocrática é necessária para alinhar todos os instrumentos. Em outras palavras, a melodia suave e colaborativa da liderança democrática faz com que todos os integrantes da banda contribuam para a criação da canção perfeita.
A liderança situacional é como ser um DJ da administração, ajustando os estilos de acordo com a pista de dança. O desafio aqui está em saber ler a ‘pista’ da equipe, entendendo quando acelerar o ritmo ou diminuir a intensidade. É uma dança delicada entre orientar e dar liberdade.
No papel crucial dos técnicos em administração, o desafio é como reger uma orquestra, coordenando os diferentes estilos de liderança para criar uma sinfonia de sucesso. A ideia é orientar como um maestro, mas em alguns momentos ser flexível como um DJ. Esses profissionais são os condutores dessa experiência musical, e o desafio está em manter a harmonia mesmo diante das diversas notas e ritmos.
Os impactos sociais e econômicos dessas escolhas são como os acordes que ecoam na sociedade e nos resultados das empresas. Uma liderança bem sintonizada pode impulsionar a produtividade, estimular a criatividade e fortalecer o espírito de equipe. Por outro lado, uma liderança desafinada pode gerar desmotivação, falta de direção e impactos negativos nos resultados.
Em um cenário fictício no Paraná, a empresa de tecnologia WakandaTech está prestes a lançar um produto que promete revolucionar o mercado. No entanto, nos bastidores dessa inovação, uma equipe enfrenta desafios que ameaçam a harmonia da empresa.
Thiago, o líder do time, percebe que as notas da equipe estão um pouco desafinadas. Alguns membros estão em sintonia com a visão do produto, enquanto outros tocam em tons diferentes. A comunicação está como uma melodia desconexa, e a urgência do lançamento adiciona uma batida de pressão ao ritmo da equipe.
Thiago precisa lidar com membros da equipe que possuem diferentes níveis de habilidades e maturidade, como diferentes notas em uma melodia. A urgência do lançamento exige que Thiago mantenha o tempo, superando obstáculos sem perder a qualidade musical da equipe. Em um ambiente inovador, o líder identificou que precisa conduzir a equipe com uma abordagem flexível, inspirando criatividade e inovação. No entanto, a comunicação entre os membros está desorganizada, dificultando o alinhamento de objetivos.
Thiago, começa a analisar como pode aplicar diferentes estilos de liderança. Às vezes, lidera com a firmeza de um regente, outras, permite que a equipe explore suas próprias ideias. Ao ajustar os estilos de liderança, Thiago percebe como cada escolha impacta a harmonia da equipe, influenciando a qualidade do produto que estão criando. Em uma sessão de brainstorming, Thiago simula uma comunicação eficaz, ajustando o tom e a intensidade conforme necessário.
Com a experiência ganha, os membros da equipe criam um plano de ação, indicando como Thiago pode modular sua abordagem durante todo o processo de lançamento, levando em consideração a evolução da sintonia da equipe. À medida que Thiago ajustou sua regência, a sinergia da equipe da WakandaTech começou a melhorar, os desafios foram superados, e a equipe atingiu pontos chave da entrega antes do esperado lançamento.
Observe que essa história exemplifica a aplicação de diferentes estilos de liderança por Thiago, líder da equipe da WakandaTech, que precisou adaptar sua abordagem para enfrentar desafios durante o lançamento de um produto inovador. Alternando entre uma liderança direta e firme e uma abordagem mais flexível, Thiago buscou manter a harmonia da equipe e garantir a qualidade do produto. Sua capacidade de adaptação e planejamento estratégico demonstra como diferentes estilos de liderança podem influenciar diretamente o desempenho da equipe e o sucesso do projeto. Vamos aprender mais sobre esse assunto?
Tanto na liderança transacional quanto na transformacional, os líderes desempenham um papel ativo. Ao explorar essas duas formas dinâmicas de liderança, elas frequentemente são comparadas com a liderança laissez-faire, que são notavelmente mais passivas. O líder laissez-faire é caracterizado por evitar tomar decisões e assumir responsabilidades de supervisão. Nesse estilo, o líder delega a maioria dos controles do processo decisório aos seus seguidores, mas não fornece feedback, orientação ou apoio a eles (BENEVIDES, 2010).
A liderança liberal (laissez-faire) avalia o comprometimento, competências, habilidades e atitudes dos liderados, exercendo uma influência mínima nas equipes. Essa abordagem preconiza conceder total liberdade ao grupo no processo decisório, limitando a participação do líder na distribuição de tarefas e na capacidade de influenciar e liderar as pessoas (COSTA, 2021).
Segundo Robbins (2005), o estilo laissez-faire se manifesta quando os líderes evitam assumir responsabilidades e tomar decisões, e, além disso, geralmente estão ausentes quando são necessários. Esses líderes acreditam que seus seguidores são intrinsecamente motivados e podem realizar tarefas e metas sozinhos. Contudo, essa liderança mais passiva pode resultar em efeitos negativos, contrários às expectativas de um líder ou gerente (BENEVIDES, 2010).
O líder laissez-faire se destaca pela ênfase no grupo, ausência de controle, pouca orientação e comunicação verticalizada entre os membros, além de distribuir a tomada de decisão por todo o grupo. Quando um líder designado não exerce liderança ou o faz de maneira mínima, a iniciativa e o senso de realização se perdem rapidamente (COSTA, 2021).
A liderança permissiva, com pouco ou nenhum controle, geralmente resulta em desorganização no trabalho, onde as pessoas não sabem nem se importam com suas responsabilidades. Entretanto, quando todos os membros são altamente motivados e autodirigidos, esse tipo de liderança pode estimular a criatividade e a produtividade (COSTA, 2021).
Enquanto as teorias que abordam os traços de personalidade são consideradas simplistas e restritivas, as teorias sobre estilos de liderança concentram-se apenas em determinadas variáveis situacionais. Elas buscam explicar a liderança em um contexto mais amplo, partindo do princípio de que não existe um único estilo de liderança universalmente válido. A reciprocidade também é verdadeira: cada situação demanda um tipo específico de liderança para garantir a eficácia dos subordinados. O líder precisa adaptar-se a diferentes grupos e circunstâncias, sendo sua posição na cadeia de comunicações mais relevante do que suas características de personalidade, por isso, a abordagem situacional da liderança tem ganhado destaque na teoria administrativa (CHIAVENATO, 2014).
Seguindo essa perspectiva situacional, Chiavenato (2014) propõe algumas proposições, destacando que em tarefas rotineiras e repetitivas, a liderança é mais restrita e sujeita a controles do chefe. Um líder pode adotar diferentes padrões de liderança para cada subordinado, dependendo das circunstâncias. Além disso, para o mesmo subordinado, o líder pode variar seu estilo de liderança conforme a situação. Em casos de subordinados altamente eficientes, o líder pode proporcionar maior liberdade de decisão, enquanto erros recorrentes podem exigir uma imposição maior de autoridade e menos liberdade de trabalho.
Na prática cotidiana das organizações, os líderes tendem a empregar os três estilos, considerando as diferentes situações, pessoas e tarefas (CHIAVENATO, 2014). O grande desafio reside em discernir quando aplicar cada tendência, com quem, em que ocasião e em quais atividades. Nesse contexto, a Teoria da Liderança Situacional reconhece a diversidade comportamental do gestor, destacando a influência significativa da maturidade dos liderados. Nas organizações contemporâneas, os líderes enfrentam desafios constantes na gestão de equipes, e, portanto, devem adaptar-se às diversas demandas, personalizando o estilo de liderança conforme as situações complexas, desafiadoras e exclusivas. Isso implica trabalhar com pessoas, desenvolver habilidades de liderança eficazes e ajustar o estilo de liderança à maturidade dos colaboradores, garantindo uma atuação adequada em cada contexto (COSTA, 2021).
A liderança situacional, segundo Costa (2021), surge como uma abordagem inovadora, focada em influenciar os indivíduos para alcançar objetivos em diversas situações. Hersey e Blanchard (1986) contribuíram para essa visão ao enfatizar que a liderança adequada está relacionada à escolha do estilo no momento certo e ao nível de disposição dos liderados. A liderança situacional, conforme Hersey e Blanchard (1986), baseia-se em comportamentos de tarefa (orientação e direção), comportamentos de relacionamento (apoio sócio emocional) e maturidade dos colaboradores. Cada nível de maturidade requer um estilo de liderança específico, determinando as ações do líder em relação aos funcionários: determinar, compartilhar, persuadir ou delegar. Observe o quadro 1:
O líder deve ser capaz de discernir os níveis de maturidade de seus subordinados, a fim de escolher a abordagem mais adequada para interagir com o grupo. Para determinar o estilo de liderança mais apropriado ao nível de maturidade da equipe, é essencial que o líder compreenda a composição dessa maturidade (COSTA, 2021). Segundo Hersey e Blanchard (1986), os diferentes níveis de maturidade dos colaboradores requerem abordagens específicas por parte do líder:
No nível M1, caracterizado por uma maturidade baixa para tarefa e falta de confiança nas próprias habilidades, o líder deve delegar e acompanhar.
No nível M2, com maturidade moderada, suficiente para realizar tarefas diárias, mas sem as habilidades exigidas, o líder deve direcionar o trabalho e apoiar os funcionários a desenvolverem autoconfiança.
No nível M3, onde a maturidade varia de moderada a alta, com habilidades adequadas, mas baixa motivação e falta de confiança, o líder precisa estimular a participação.
No nível M4, o colaborador apresenta maturidade alta, habilidades desenvolvidas e disposição para contribuir, dispensando a atuação do líder como apoiador ou direcionador, visto que o funcionário possui capacidade de ação própria.
Ao relacionar comportamento, tarefa e relacionamento, é possível avaliar o grau de maturidade do indivíduo. A experiência no trabalho, a disposição para assumir responsabilidades e a busca por realização estão diretamente ligadas ao nível de maturidade do colaborador (COSTA, 2021).
A maturidade no trabalho, representada pelo conhecimento, capacidade técnica e experiência, está intrinsecamente vinculada à capacidade do colaborador de desenvolver autoconfiança (COSTA, 2021). A maturidade psicológica, relacionada ao envolvimento com a tarefa e a disposição para executar o trabalho, influencia diretamente o estilo de liderança necessário, exigindo do líder um comportamento específico em relação ao liderado. Portanto, por meio do estudo da liderança situacional, cabe ao líder identificar o nível de maturidade de seus colaboradores para escolher o estilo de liderança mais eficaz, moldando assim o comportamento organizacional (COSTA, 2021).
Você já ouviu falar daquela liderança laissez-faire, que é tipo ‘deixa rolar’, ‘tanto faz’? Imagine um técnico em administração liderando uma equipe assim, será que daria certo? No primeiro momento, pode até soar legal, mas é preciso ter cuidado, pois, como aprendemos na lição de hoje, se o líder não der uma direção clara, a coisa pode desandar.
E se pensarmos na liderança situacional? Essa é como uma espécie de camaleão da liderança, pois aqui, o líder se adapta às circunstâncias. Se a equipe está precisando de uma mãozinha, ele entra firme. Se está tudo sob controle, ele dá um passo para trás. É como aquele jogador versátil, que se encaixa em qualquer posição no time.
Agora, imagine você, futuro técnico em administração, atuando dentro de uma empresa, seu papel será coordenar os diferentes estilos de liderança para criar uma sinfonia perfeita. Às vezes, terá que orientar a equipe como um regente conduzindo uma orquestra. Sem se esquecer dos desafios que enfrentará. Lidar com equipes em diferentes níveis de maturidade, entender quando ser mais direto ou mais flexível, isso é o que vai diferenciar você na multidão.
Resumindo, a liderança não é apenas ‘manda quem pode, obedece quem tem juízo’. Tem todo um universo de estilos, e cada um tem seu momento de brilhar. Na prática, o ideal é ter um pouquinho de cada um na manga, porque os desafios nos negócios são como músicas variadas: tem que ter um repertório eclético para se dar bem.
Diante do que aprendeu na lição de hoje, não poderia deixar de passar um desafio para você. Que estilo de líder você acha que se encaixa melhor na sua turma? Caso sua turma fosse uma equipe de uma empresa e você o líder, como você imagina liderar seus colegas? Reflita e monte um plano de ação de até duas páginas. Depois disso, você e seus colegas podem apresentar o que encontraram e através do compartilhamento de opiniões, aprenderem ainda mais.
BENEVIDES, V. L. de A. Os estilos de liderança e as principais táticas de influência utilizadas pelos líderes brasileiros. Dissertação (Mestrado em Gestão Empresarial) - Fundação Getúlio Vargas (FGV), Rio de Janeiro, 2010.
CHIAVENATO, I. Teoria geral da administração. Barueri: Manole, 2014.
COSTA, A. B. Liderança e Comportamento Organizacional. Pernambuco: CEFOSPE. 2021.
HERSEY, P.; BLANCHARD, K. H. Psicologia para Administradores: as teorias e as técnicas da liderança situacional. São Paulo: EPU, 1986.
ROBBINS, S. P. Comportamento organizacional. Trad. téc. Reynaldo Marcondes. 11. ed. São Paulo- Pearson Prentice Hall, 2005.