Daniel Defoe

“O primeiro autor inglês a escrever sem imitar ou adaptar obras anteriores.” (James Joyce)

Nascimento: Daniel Foe, 1660 (Londres, Inglaterra) — Morte: 26 de abril de 1731 (Londres, Inglaterra)

Estilo e gênero: Defoe inventou o romance de aventura. Seus protagonistas espelham a ética de trabalho protestante, mas nem sempre a moralidade protestante.

Daniel Defoe foi prolífico no mais amplo sentido da palavra. Como autor de panfletos, ensaios e livros, foi facilmente um dos homens mais lidos de sua era: os registros mais conservadores atribuem a ele mais de 300 obras. Seu periódico The Review, revolucionou o jornalismo inglês. Trabalhou como propagandista e espião em Londres e Edimburgo com tal sucesso que chegou a ser chamado de “serviço secreto em pessoa”. Teve oito filhos. Como economista, foi um dos primeiros a esboçar as bases do Império Britânico do século posterior. Seu primeiro romance Robinson Crusoé, publicado quando tinha 59 anos, inspirou levas de imitadores e — mais importante — nunca deixou de ser editado.

Apesar da ampla variedade de gêneros emprestada por Defoe, sua obra caracteriza-se por uma singular clareza de enfoque: o comércio praticado com justiça, de acordo com os princípios pacíficos e racionais, fornece o melhor meio de aprimorar a condição humana. Seu melhor trabalho é marcado por perfis psicológicos astutos e sensibilidade ao fato de que problemas gerados pelas circunstâncias econômicas não podem ser resolvidos facilmente. Defoe teve êxito em uma difícil tarefa: dar voz à emergente sociedade capitalista e também às pessoas impiedosamente vitimadas por ela. (1)

Principais obras: Romances

Robinson Crusoé, 1719

Capitão Singleton, 1720

Coronel Jack, 1722

Moll Flanders, 1722

Um diário do ano da peste, 1722

A New Voyage Around the World, 1724

Os segredos de Lady Roxana, 1724

 

(1) 501 Grandes Escritores. Editor Geral Julian Patrick com prefácio de John Sutherland. Tradução Lívia Almeida e Pedro Jorgensen júnior. Rio de Janeiro: Sextante, 2009.