Andreia Nº 8, Patricia Nº 28 e Tânia Nº 30
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A procura contraceptiva é o produto (e ao mesmo tempo um elemento estruturador) de um universo onde despontam novos valores sobre a família, o casal e a criança, sobre o corpo e o sexo [e sobre o papel da mulher, acrescento eu] . O movimento de laicização e privatização da vida familiar, em marcha no Ocidente europeu desde finais do século XVIII, contribui para que a família conjugal quebre as tradicionais «amarras» (Shorter, 1977) que antes a prendiam à autoridade ou aos valores da Igreja, à pressão ou aos olhares da vizinhança, aos interesses da rede de parentesco. Protegida dos olhares de fora, a casa é agora o casulo da vida privada, o lugar da realização afectiva do casal. Contra a «distância, deferência e patriarcado», o «individualismo afectivo» (Stone, 1979) enaltece os valores da autonomia e da realização individuais, afirma o direito à felicidade no quotidiano e à privacidade física, ao mesmo tempo que encoraja a dissociação entre prazer sexual e pecado. Como sublinha E. Durkheim, na «família conjugal moderna» é a qualidade da relação de intimidade entre as pessoas, e não a relação com as coisas, que constitui o seu princípio fundador (Singly, 1993; Torres, 2001)
Na família, a pressão para diminuir a descendência cresce. Na sociedade de consumo ocidental, os filhos perdem grande parte das suas funções produtivas e tornam-se, cada vez mais, um custo (afectivo e material) para os pais, dos quais dependem por períodos de tempo cada vez maiores, pelo facto de se terem consideravelmente alongado os percursos escolares. A importância da mobilização educativa na estratégia da família conjugal contemporânea é justamente sublinhada por F. de Singly (1993, 2000); quando os modos dominantes de reprodução e transmissão passam hoje pelo capital escolar, a aposta na escolarização dos filhos é um instrumento decisivo nos projectos de mobilidade social da família. E um poderoso incentivo ao planeamento e controle da fecundidade.
ANA NUNES DE ALMEIDA et al
O terceiro tipo de coabitação com filhos é o da recomposição familiar, havendo necessariamente, no cenário familiar actual, filhos de conjugalidades ou de relações anteriores. Este tipo de coabitação é, à partida, cúmplice de outro fenómeno sintomático dos processos de modernização da vida familiar. Falamos do divórcio ou da separação, em suma, da ruptura conjugal, que não tem cessado de aumentar em Portugal, em passos lentos mas continuamente crescentes. A família, já tornada incerta pela dissolução da primeira conjugalidade, reconstitui-se agora com o nascimento de um novo filho de outro
parceiro. [As recomposições familiares contribuem para o aumento da fecundidade, e podem ditar o regresso das mulheres trabalhadoras ao papel de domésticas, até porque destas maternidades geralmente tardias, em vez de um filho podem obter uma "ninhada" devido aos métodos de Fertilização Artificial]
http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1218732745G3aUM7hl4Ix30OB2.pdf
Algumas estatísticas que retratam o papel da mulher
http://www.pordata.pt/Pesquisa/mulher
Procurar no mesmo site "divórcios", "taxa de actividade feminina" e "fecundidade"
A fecundidade mais baixa do Mundo
Género, trabalho e família: conciliar dimensões centrais na vida dos indivíduos
Usando o Tradutor do Google fica em Português ;)