Escola e Mobilidade Social

Conceito de estrato social

Um estrato representa uma parcela ou sub-população de um universo ou de uma amostra, que se pretende estudar e/ou representar.

São exemplos de estratos ou de células amostrais, grupos etários, classes sociais, grupos ocupacionais, entre outros.

A criação de estratos tem como objectivo agrupar segmentos de variáveis por forma a ilustrar ou representar sub-grupos considerados relevantes para a análise.

http://www.marktest.com/wap/a/glossary/sel~E.aspx

Antes de ser Ministro, Nuno Crato criticava a intervenção do poder político na educação...

qualquer política de educação em Portugal tem de colocar a escola pública num lugar central. Todos os dias ouvimos inúmeras críticas à escola pública - parece mesmo que nasceu um preconceito em relação a tudo que pertence ao Estado, ou seja, a todos nós. Parece que a escola pública é o problema central da educação no nosso país. Mas não é. Bem pelo contrário: a escola pública permitiu que Portugal registasse um acréscimo brutal no índice de escolaridade da nossa população, desde o início do processo de democratização. Foi a escola pública que formou muitos dos quadros, dos cérebros que Portugal não teve condições de fixar, dada a fraqueza do seu sistema económico. Foram os professores (que incluem os hoje tão ridicularizados "funcionários públicos") que todos os dias, dando o seu melhor, passando por enormes sacrifícios e tormentos pessoais, alimentaram e deram concretização ao sonho de milhares de portugueses em alcançar uma vida melhor. E muitos, com mérito, conseguiram. São as Universidades públicas portuguesas que merecem o respeito e a admiração das suas congéneres europeias e mundiais, aparecendo nos rankings das publicações com melhor crédito na matéria (v.g., do Financial Times). Não, caros leitores: a culpa dos falhanços da educação portuguesa não é da escola pública. Muito menos dos professores - cujo trabalho deve ser louvado e incentivado. O problema, caros leitores, é que o poder político brincou com a sua educação (ou dos seus filhos e netos).

Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/o-esperma-feliz-de-nuno-crato=f673745#ixzz1XwYijIEU

... como Ministro da Educação, Nuno Crato protagonizou os maiores cortes na despesa pública

Manifesto contra o corte da despesa em Educação, subscrito por indivíduos de diversos quadrantes

O corte de 864 milhões de euros em 2012 na educação e ciência atira Portugal para a retaguarda da União Europeia em matéria de investimento no ensino. Em 2010 as despesas do Estado com a educação representavam 5% do PIB; passarão agora a apenas 3,8%. Na UE, a média é de 5,5% e na Eslováquia, que estava no final do tabela, rondava os 4%.

Esta escolha terá um efeito devastador nas escolas, e, portanto, sobre as crianças e os jovens que construirão o futuro do país. Se esta política for avante, as escolas e as universidades perderão milhares de professores necessários, muitos recursos fundamentais e assistiremos inevitavelmente à degradação das condições de aprendizagem com o aumento do número de alunos por turma e o término de algumas experiências fundamentais de combate ao insucesso escolar. A situação das finanças públicas não pode, portanto, servir de argumento para deteriorar a vida nas escolas, precarizar as relações de trabalho e hipotecar o futuro da educação.

http://educar.wordpress.com/category/manifesto/ DEZEMBRO/2011

Estratificação, Mobilidade Social e Educação - Teresa Barradas

Escola, Desigualdades Sociais e Democracia: As Classes Sociais e a Questão Educativa em Pierre Bourdieu - José Manuel Mendes e Ana Maria Seixas

Maria Filomena Mónica refere que apesar de as escolas poderem ser um veículo de mobilidade social, a sua missão central é a transmissão do saber. Conclui considerando impossível a igualdade de oportunidades em simultâneo com a igualdade de resultados. Promovendo a igualdade de resultados (nivela-se por baixo), não se exige às crianças oriundas de meios menos desfavorecidos que desenvolvam todo o seu potencial, o que a autora considera criminoso. - EXPRESSO, 21 de Abril de 2012.