Chiquinha Paresí

Formação:

1980-1986:

Graduação em História – Universidade Federal de Mato Grosso UFMT.

1999-2000:

Especialização em Antropologia Teorias e Métodos – 420h, Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT.

2002-2003:

Especialização em Educação Escolar Indígena – 420h, Universidade Estadual de Mato Grosso – UNEMAT.

2003-2005:

Mestrado em Educação – Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT.

2014-2018:

Doutorado em Antropologia Social – Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Filiações

Chiquinha utiliza em seus trabalhos a causa da educação indígena, voltando-se para os desafios e conquistas que o povo indígena enfrentou e vem enfrentando, fazendo com que o assunto seja discutido não só nacionalmente como mundialmente.

Prêmios e títulos:

1999

Reconhecimento Pátzcuaro Michoacán, Instituto Nacional Indigenista Interamericano.

2000

Reconhecimento pelos Serviços no Pleito Eleitoral, TRE-MT.

2003

Certificado de Reconhecimento, Ford Foudation International Fellowships Program.

2004

Moção de Aplausos, Câmara Municipal de Cuiabá/MT.

2007

Mérito Universitário, UNEMAT - Universidade Estadual de MT.

2008

Moção de Aplausos, CEE - Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso.

2009

Mérito Acadêmico, Universidade Estadual de Mato Grosso - UNEMAT.

2011

Título de Cidadã Tangaraense pela Câmara Municipal, pelo Decreto Legislativo nº 054/19/04/2011, Câmara Municipal de Tangará da Serra/MT.

2013

Moção de Congratulação pelos serviços prestados ao Conselho Estadual de Educação de MT, Assembleia Legislativa de MT.

Biografia

Pertence ao povo Paresí, aldeia Rio Formoso, em Tangará da Serra - MT. É denominada pelo seu povo como Chiquinha Nezokemaeroparesí. Doutora em Antropologia pelo Museu Nacional e Mestre em Educação pela UFMT e graduada em História também pela UFMT. É professora, começou a sua vocação bem cedo e em 1980 foi efetivada na Rede Estadual de Ensino do Mato Grosso. Também no mesmo ano ingressou no Movimento Indígena, do Líder Paresí Daniel Matenho Cabixi. Muito conhecida por sua atuação e luta constante pela educação indígena diferenciada e teve representações importantes em nível nacional, vale destacar primeiramente que ela foi a primeira representante indígena no Conselho Nacional de Educação do MEC e participou da elaboração dos Parâmetros Curriculares do Ensino Fundamental. Foi membra da Comissão Nacional de Educação Escolar Indígena, membra da Comissão Nacional para a elaboração de Políticas do Ensino Superior, foi membra do Conselho Indigenista da FUNAI e membro da Comissão Nacional de Políticas Indigenistas do Ministério da Justiça. Em Mato Grosso, ela é lotada na SEDUC desde 1995, foi secretária executiva, presidente e atualmente é membra. Diretora do Conselho de Educação Escolar Indígena do Mato Grosso, fundadora da Organização de Professores Indígenas de Mato Grosso e faz parte da atual diretoria d OPRINT. Assessorou vários projetos de formação indígena em nível de magistério, projeto TUCUM – pioneiro no Mato Grosso. Docente do curso de professores indígenas do magistério cultural e no ensino superior da UNEMAT e também participou da criação e é membra efetiva da Organização de Mulheres Indígenas de Mato Grosso.

Em nível internacional, foi da Comissão Indígena da ECO 92 e foi Secretária Executiva do Comitê Internacional de Ciência Indígena, criado na ECO 92 e na ONU ela participou com demandas indígenas em 1998 em Genebra na Suíça e em 2014 participou da reunião da Assembleia da ONU na delegação do Governo Brasileiro em Nova York como representante da Comissão Nacional de políticas Indigenista, do Ministério da Justiça. Chiquinha é uma incansável lutadora pelos direitos indígenas em todos os níveis. Conhecida por sua experiência, por sua bagagem e por sua bravura.