UNESCO-Educação

OPINIÃO DO WEBMASTER:

Durante o período da minha curta escolarização e também mais tarde, quando da escolarização de meu filho, que acompanhei participando ativamente, consegui vizualisar que Educação na minha infância e juventude era exercida por três instituições:

  • Família

  • Igreja

    • Escola

Nos tempos atuais a Família hoje reconfigurada [1] ocupa seu tempo com atividades que garantam a sobrevivencia, principalmente alimentação, moradia e vestuário; as Igrejas transformaram-se em empresas arrecadadoras; e a Educação fica exclusivamente a cargo da Escola. Infelizmente os Educadores não conseguem suprir a falta da Família e das Igrejas na Educação das crianças e dos jovens.

[1] - Família reconfigurada: Expressivo número de crianças são filhos de mães solteiras muito jovens e ainda sem formação adequada para a maternidade e a vida, são criadas sem referência masculina, normalmente por tias, avós, vizinhos. Outras habitam instituições à espera de adoção... algumas são criadas [se é que esta palavra pode ser usada] literalmente na rua, depois engrossam a população que sobrevive nos semáforos e nas esquinas pedindo uma moeda ou um real... e provavelmente, no futuro, integrarão a marginalidade.

Há ainda os filhos de pais separados, os educados por madastras ou padastros, os filhos adotados por casais homossexuais de qualquer gênero... os que sofrem abuso sexual na família...

Embora na formação dos Educadores haja disciplinas que ensinam a lidar com as dificuldades educacionais causadas por estas características advindas de uma economia dita "de mercado", faltam às Escolas os Assistentes Sociais, os Psicólogos e outros profissionais que auxiliem os Educadores a lidar com as questões que extrapolam o Currículo Escolar. Assim como também faltam aos Educadores o tempo, as condições financeiras e a disponibilidade para a acesso aos novos conhecimentos e às novas tecnologias. Há leis que não são cumpridas, há violências não previstas nem esperadas.

José Antônio da Conceição

O professor [Educação de Qualidade] - Arquivo .pps sobre o tema disponível para Download

Esta aprendizagem refere-se à aquisição dos “instrumentos do conhecimento”. Debruça-se sobre o raciocínio lógico, compreensão, dedução, memória, ou seja, sobre os processos cognitivos por excelência. Contudo, deve existir a preocupação de despertar no estudante, não só estes processos em si, como o desejo de os desenvolver, a vontade de aprender, de querer saber mais e melhor. O ideal será sempre que a educação seja encarada, não apenas como um meio para um fim mas também como um fim por si. Esta motivação pode apenas ser despertada por educadores competentes, sensíveis às necessidades, dificuldades e indiossincrasias dos estudantes, capazes de lhes apresentarem metodologias adequadas, ilustradoras das matérias em estudos e facilitadoras da retenção e compreensão das mesmas.

Pretende-se despertar em cada aluno a sede de conhecimento, a capacidade de aprender cada vez melhor, ajudando-os a desenvolver as armas e dispositivos intelectuais e cognitivos que lhes permitam construir as suas próprias opiniões e o seu próprio pensamento crítico.

Em vista a este objectivo, sugere-se o incentivo, não apenas do pensamento dedutivo, como também do intuitivo, porque, se é importante ensinar o “espírito” e método científicos ao estudante, não é menos importante ensiná-lo a lidar com a sua intuição, de modo a que possa chegar às suas próprias conclusões e aventurar-se sozinho pelos domínios do saber e do desconhecido.

Aprender a Fazer

Indissociável do aprender a conhecer, que lhe confere as bases teóricas, o aprender a fazer refere-se essencialmente à formação técnico-profissional do educando. Consiste essencialmente em aplicar, na prática, os seus conhecimentos teóricos. Actualmente existe outro ponto essencial a focar nesta aprendizagem, referente à comunicação. É essencial que cada indivíduo saiba comunicar. Não apenas reter e transmitir informação mas também interpretar e seleccionar as torrentes de informação, muitas vezes contraditórias, com que somos bombardeados diariamente, analisar diferentes perspectivas, e refazer as suas próprias opiniões mediante novos factos e informações.Aprender a fazer envolve uma série de técnicas a serem trabalhadas. • Aprender a conhecer, combinando uma cultura geral, suficientemente vasta, com a possibilidade de trabalhar em profundidade um pequeno número de matérias. O que também significa: aprender a aprender, para beneficiar-se das oportunidades oferecidas pela educação ao longo de toda a vida.

Aprender a viver com os outros

Este domínio da aprendizagem consiste num dos maiores desafios para os educadores, pois atua no campo das atitudes e valores. Cai neste campo o combate ao conflito, ao preconceito, às rivalidades milenares ou diárias. Aposta-se na educação como veículo de paz, tolerância e compreensão; mas como fazê-lo?

O relatório para UNESCO não oferece receitas, mas avança uma proposta faseada em dois princípios: primeiro a “descoberta progressiva do outro” pois, sendo o desconhecido a grande fonte de preconceitos, o conhecimento real e profundo da diversidade humana combate diretamente este “desconhecido”. Depois e sempre, a participação em projetos comuns que surge como veículo preferencial na diluição de atritos e na descoberta de pontos comuns entre povos, pois, se analisarmos a História Humana, constataremos que o Homem tende a temer o desconhecido e a aceitar o semelhante.

Aprender a ser

Este tipo de aprendizagem depende diretamente dos outros três. Considera-se que a Educação deve ter como finalidade o desenvolvimento total do indivíduo “espírito e corpo, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal, espiritualidade”.

À semelhança do aprender a viver com os outros, fala-se aqui da educação de valores e atitudes, mas já não direccionados para a vida em sociedade em particular, mas concretamente para o desenvolvimento individual.

Pretende-se formar indivíduos autônomos, intelectualmente activos e independentes, capazes de estabelecer relações interpessoais, de comunicarem e evoluírem permanentemente, de intervirem de forma consciente e proativa na sociedade.

Local original do artigo [Wikipédia]

UNESCO-Declaração Mundial sobre Educação para Todos

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Aprender a Conhecer

Quatro Pilares da educação

Os quatro pilares da Educação são conceitos de fundamento da educação baseado no Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, coordenada por Jacques Delors.

No relatório editado sob a forma do livro: "Educação: Um Tesouro a Descobrir" de 1999, a discussão dos "quatro pilares" ocupa todo o quarto capítulo, da página 89-102, onde se propõe uma educação direcionada para os quatro tipos fundamentais de aprendizagem: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver com os outros, aprender a ser, eleitos como os quatro pilares fundamentais da educação.

O ensino, tal como o conhecemos, debruça-se essencialmente sobre o domínio do aprender a conhecer e, em menor escala, do aprender a fazer. Estas aprendizagens, direcionadas para a aquisição de instrumentos de compreensão, raciocínio e execução, não podem ser consideradas completas sem os outros domínios da aprendizagem, muito mais complicados de explorar, devido ao seu carácter subjectivo e dependente da própria entidade educadora.

Proceder-se-á de seguida a uma breve dissertação sobre cada tipo de aprendizagem deloriana.