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Os Lusíadas
Os Lusíadas, obra escrita pelo poeta Luís de Camões, canta a viagem de Vasco da Gama à Índia e a aventura dos portugueses desde a fundação da nação. Publicada em 1572, cerca de 70 anos depois da viagem de Vasco da Gama para a Índia, descreve a aventura das Descobertas e entrelaça, nas suas estrofes, os mitos, as figuras e os momentos históricos de Portugal. Inês de Castro, D. Afonso Henriques, D. Nuno Álvares Pereira e muitos outros compõem o quadro de exaltação dos portugueses.
O que é uma epopeia?
Uma epopeia é uma narrativa de inspiração clássica, escrita em verso, que relata feitos heroicos (individuais ou coletivos), em estilo solene.
Qual é a ação central d’Os Lusíadas?
A ação central é a viagem de Vasco da Gama à Índia.
Quem é o herói d’Os Lusíadas?
O herói é o povo português.
Quem é o narrador?
Há vários narradores.
Qual é a estrutura externa d’Os Lusíadas?
O poema divide-se em dez cantos, com um número variável de estâncias (ou estrofes).
Cada estância tem oito versos, ou seja, é uma oitava.
Todos os versos são decassilábicos (têm dez sílabas métricas).
O esquema rimático é fixo: abababcc (rima cruzada nos seis primeiros versos e rima emparelhada nos dois últimos).
Qual é a estrutura interna d’Os Lusíadas?
Os Lusíadas apresentam quatro partes:
Proposição (Canto I, est. 1-3)
O Poeta expõe, em síntese, o que se propõe cantar – o povo português, que é o herói coletivo do poema.
Invocação (Canto I, est.4 e 5)
O Poeta invoca as ninfas do Tejo – Tágides - , pedindo-lhes inspiração para cantar os feitos heroicos dos portugueses.
Dedicatória (Canto I, est. 6 a 18)
Camões dedica o poema ao rei D. Sebastião.
Narração (Canto I, est. 19 a Canto X)
O Poeta narra a viagem de Vasco da Gama à Índia, com um início in medias res.
Os Lusíadas apresentam quatro planos narrativos.
Plano da viagem
Narrativa central, ou seja, a narrativa da viagem de Vasco da Gama à Índia.
Plano mitológico (dos deuses, do maravilhoso)
Narrativa paralela à narrativa central, que corresponde às intervenções dos deuses.
Plano da História de Portugal
Narrativa encaixada na narrativa central, em que são contados acontecimentos históricos.
Plano das intervenções do poeta
Reflexões, críticas e exortações feitas pelo poeta, habitualmente, no final dos cantos.
Atividades sobre a vida e a obra de Camões
Sobre Os Lusíadas
Aspetos diversos sobre Os Lusíadas
Atividades sobre a Proposição (Canto I, est. 1,2 e 3)
O Poeta anuncia o grande objetivo d'Os Lusíadas: cantar "o peito ilustre lusitano", ou seja, celebrar os grandes feitos realizados pelos portugueses. Para o Poeta, estes superam a importância dos heróis antigos (como Ulisses e Eneias) e guerreiros célebres (como Alexandre Magno e Trajano), pois conseguiram que o próprio deus dos mares (Neptuno) e o da guerra (Marte) lhes obedecessem.
Atividades sobre o início da Narração (Canto I, est. 19)
A narração inicia-se in medias res («a meio dos acontecimentos»), isto é, quando se conta a história, altera-se a ordem dos acontecimentos da mesma. Quando se inicia a narração da viagem da armada portuguesa rumo à Índia, já os marinheiros se encontram no oceano Índico.
Atividades sobre o Consílio dos Deuses (Canto I, est. 19 a 41)
Quando os portugueses já se encontram a meio da viagem (no oceano Índico), Júpiter reúne os deuses para decidir se vão ou não ajudar os portugueses a chegar à Índia. Na assembleia, as opiniões dividem-se: de um lado, estão Vénus e Marte, que os apoiam; contra eles, está Baco, que receia perder o prestígio que tem no Oriente. No final, Júpiter decide ajudar os portugueses, pois reconhece a coragem e a ousadia dos nossos marinheiros.
Atividades sobre Inês de Castro(Canto III, est. 118 a 135) (clica para leres o texto informativo)
O narrador (Vasco da Gama) começa por considerar o Amor como o principal culpado da morte de Inês, que estava feliz e tranquila, quando D. Afonso IV, pai de D. Pedro, considerando os comentários do povo e a recusa do filho em voltar a casar, decide mandar matá-la. Levada à presença do rei, Inês implora misericórdia. O seu discurso comove o rei, mas a determinação mantém-se e Inês é morta. As ninfas do Mondego choram longamente a sua morte, tendo as suas lágrimas sido transformadas na Fonte dos Amores.
Atividades sobre as despedidas em Belém (Canto IV, est. 84-93)
Vasco da Gama relata o dia em que o povo da cidade de Lisboa se juntou na praia de Belém para assistir a partida das naus e para se despedir dos amigos e parentes que iam embarcar. Ele e os seus companheiros de viagem saíram em procissão da ermida, passando entre a "gente da cidade" - homens e mulheres, velhos e crianças, mães e esposas. Para diminuir o sofrimento dos que ficavam e dos que partiam, Vasco da Gama determinou que o embarque se fizesse sem as habituais despedidas.
Atividades sobre o Adamastor (Canto V, est. 37-60)
Vasco da Gama narra o aparecimento inesperado de um gigante, que provoca um grande medo em toda a tripulação, descrevendo a sua figura aterradora. Seguidamente, o Adamastor intervém, profetizando algumas desgraças que atingirão figuras da nossa História por tentarem passar o Cabo das Tormentas. Interpelado por Vasco da Gama, Adamastor conta a trágica história do seu amor por Tétis e, chorando, desaparece.
Atividades sobre a Tempestade (Canto VI, est. 70-94) (texto informativo)
A armada lusa foi surpreendida por uma tempestade violenta, que ameaçava afundar as naus. Desesperado, Vasco da Gama dirigiu uma prece à Divina Guarda. Nessa altura, Vénus interveio, ordenando às ninfas que acalmassem os ventos, pondo fim a tempestade. Quando a manhã chegou, avistaram a Índia. Então, Vasco da Gama agradeceu a Deus.
Verificação da leitura do episódio «A Tempestade», Os Lusíadas
Atividades sobre a Ilha dos Amores (Canto IX, est. 18-29)
Quando os portugueses iniciam a viagem de regresso a Portugal, Vénus decide premiá-los com uma ilha no meio do oceano, onde possam recuperar as forças, na companhia de belas ninfas. Para concretizar o seu plano, ela procura Cupido, seu filho, que está a preparar um exército para castigar os homens que ele vê a cometerem erros grandes.
Verificação da leitura do episódio «A Ilha dos Amores - a (a)ventura de Lionardo
(as páginas indicadas são do manual Diálogos 9)
Verificação da leitura do episódio «A Ilha dos Amores - preparativos»
(as páginas indicadas são do manual Diálogos 9)
Atividades sobre a despedida da Ilha, regresso a Portugal reflexões do Poeta (Canto X, est. 142-146, 154-156)
Retemperadas as forças, os portugueses partem da Ilha dos Amores em direção a Portugal. A viagem decorre tranquilamente. No final do canto, Camões lamenta que não o valorizem, exortando D. Sebastião a orgulhar-se do seu povo e a realizar uma grande façanha, que ele se encarregará de cantar a todo o mundo.
Questionários globais / Arruma as ideias