Consciência Cósmica. Expressão usada por Richard Bucke (1837-1902) em seu livro homônimo (1901). Bucke descreve nessa obra como, em certa ocasião, um lampejo momentâneo do Esplendor brâmico proporcionou-lhe a experiência da "consciência cósmica". Afirma ele que podemos evoluir da "simples consciência" para a "autoconsciência" e finalmente chegar ao estado de "consciência cósmica", já atingido por líderes espirituais como Gautama Buda, Jesus Cristo e Maomé. (1)
Consciência Cósmica. O termo designa um tipo de experiência mística, cunhado por R. M. Bucke, médico canadense autor de Consciência Cósmica: um Estudo Sobre a Evolução da Mente Humana, de 1901. Uma noite, ele voltava para casa num cabriolé, quando: "De repente, sem qualquer tipo de aviso, me vi envolto por uma nuvem resplandecente. Por um instante, pensei num incêndio, uma imensa conflagração em algum lugar próximo...; em seguida, percebi que o fogo estava dentro de mim mesmo. Logo em seguida, senti uma sensação de regozijo, de imensa alegria, acompanhada ou logo seguida, de uma iluminação intelectual impossível de descrever... que o universo não se compunha de matéria morta, mas, ao contrário, de uma Presença viva; tomei consciência, em mim mesmo, da vida eterna... Vi que todos os homens são imortais, que a ordem cósmica é tal que, sem qualquer dúvida, todas as coisas trabalhem juntas para o bem de cada um e de todos..." Para Bucke, sua experiência revelava que "o universo era Deus e Deus o universo". Esse tipo de experiência, descrito por Freud como "sentimento oceânico", é às vezes chamado de "misticismo da natureza", uma sensação de fundir-se no Uno, a soma total e unidade básica de todas as coisas, que traz consigo, já que a natureza não morre, uma convicção de imortalidade. (2)
(1) DRURY, Nevill. Dicionário de Magia e Esoterismo: Mais de 3000 Verbetes sobre Tradições Místicas e Ocultas. Tradução de Denise de C. Rocha Delela. São Paulo: Pensamento, 2011.
(2) CAVENDISH, Ricardo (org.). Enciclopédia do Sobrenatural. Tradução de Alda Porto e Marcos Santarrita. Porto Alegre: L&PM, 1993.