A Legispédia SEF é escrutinada nas visualizações de que é alvo por via do Google Analytics, uma ferramenta gratuita, tal como o portal, que permite indagar quantos, quando, de onde e em que termos se acede ao site.
Uma análise aos números assim obtidos permite concluir ter sido alcançado o desiderato da disponibilização pública dos comentários e anotações à Lei de Estrangeiros e diplomas conexos, nomeadamente o de procurar esclarecer aqueles que almejem entrar no território nacional ou que aqui permanecem, bem como todos os que, de algum modo, trabalham em áreas relacionadas com a imigração, o controlo de fronteiras ou o direito de estrangeiros.
Com efeito, conclui-se que desde que se mantém tal registo, em outubro de 2010, e até 31 de dezembro de 2014, o portal foi acedido por 219.335 visitantes únicos, para um total de 638.049 páginas visualizadas, numa média de 2,27 páginas por visita.
Do total de visitas, 61.726 (cerca de 22%) respeitam a retornos ou utilizadores que visualizaram o portal mais que uma vez, registando-se um incremento no número daqueles que encontram utilidade na informação assim veiculada (a 31-12-2011 o retorno de visitantes cifrava-se em 13.022, 18% do total).
Da análise dos dados veiculados no gráfico, supra, conclui-se ainda que o período de maior visibilidade do portal coincidiu com a sua publicitação no portal institucional do SEF, entre novembro de 2011 e 8 de outubro de 2012, data em que ali seria substituído pela informação relativa à Autorização de Residência para Investimento, com a entrada em vigor das alterações à Lei de Estrangeiros, com a Lei n.º 29/2012, de 9 de agosto.
Comparando 2013 com 2014, o primeiro regista um total de 42.579 visitantes e 55.135 visitas/sessões, para um total de 121.904 visualizações de página, concluindo-se, para o ano de 2014, por um aumento de cerca de 30% em todos os registos: 56.159 visitantes, 71.649 visitas/sessões, para um total de 157.677 visualizações de página, cerca de 23% das quais contabilizadas como visualizações de retorno ou efetuadas pelo mesmo utilizador.
Dos números resulta ainda a constatação de um incremento na média mensal de acessos ao portal ao longo de 2014, com cerca de 5.500 visitas em janeiro e cerca de 7.500 nos meses de outubro e novembro (em 2012 a média mensal variou entre os 4.000 e os 8.000 já no final do ano).
Com mais de 71.000 visitantes/sessões individuais, a média mensal de utilizadores do portal aproxima-se dos 6.000. Diminui em cerca de 1% o rácio de retorno de visitas (de 24,1 para 22,9%), ainda assim com um aumento do total, de 13 para 16 mil, aproximadamente.
No que respeita à demografia e à origem das visitas, constata-se, em 2014, que o portal foi acedido desde um total de 166 países (108 em 2011, 125 em 2012).
Portugal e o Brasil continuam origem do maior número de visitantes, com cerca de 192.000 e 58.000, respectivamente (totais desde outubro de 2010), 88% das visitas. Em 2012 perfaziam 66 e 25% do total, respectivamente.
Com números dignos de registo, mas menos expressivos, seguem-se Angola, Reino Unido, Estados Unidos, França, Espanha, Moçambique e Suiça.
É de salientar que a procura da informação assim disponibilizada tem origem, em boa medida, nos países cujos cidadãos procuram Portugal como destino de longa duração, conclusão que resulta da comparação daqueles números com os que respeitam ao registo de residentes, disponíveis no Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo de 2013:
"Verifica-se uma redução da representatividade da população estrangeira oriunda de países de língua oficial portuguesa, representando cerca de 41,9%, evidenciando-se as nacionalidades brasileira (23,0%), caboverdiana (10,6%) e angolana (5,0%). A nacionalidade brasileira, com um total de 92.120 cidadãos, mantém-se como a principal comunidade estrangeira residente. A diminuição do número de residentes desta nacionalidade (-13.502) representa cerca de 85,9% do decréscimo total de estrangeiros residentes em Portugal. Como principais fatores explicativos, concorrem a aquisição da nacionalidade portuguesa, a alteração de fluxos migratórios e o impacto da atual crise económica no mercado laboral.
Permanece a estrutura das dez nacionalidades mais representativas, sendo que a China em 2013 passou a ser a sexta mais relevante (18.637), com um crescimento de 6,8%, suplantando a Guiné-Bissau (17.846) que cresceu 0,5%. Das nacionalidades mais representativas, a chinesa e a guineense (Bissau) foram as únicas que registaram um aumento do número de residentes".
Esta analogia resulta mais óbvia com os números relativos à origem de visualizações por cidade, assinaladas a azul nos mapas infra, coincidentes em parte com as áreas metropolitanas que registam uma maior densidade de fixação de cidadãos estrangeiros em Portugal (nomeadamente em Lisboa e no Porto), bem como com os fluxos de entradas/saídas de passageiros registados em anos recentes pelos postos de fronteira aérea nacionais - fluxos com origem maioritariamente nos Países de Língua Oficial Portuguesa e na Europa Central e de Leste.
Até 2014 o portal foi acedido desde quase 4.000 cidades, (1.900 em 2012), essencialmente por falantes da língua portuguesa em Portugal e no Brasil.
E até 2014 registava-se ainda um número apreciável de acessos por parte de utilizadores nas línguas inglesa, russa, espanhola e francesa, para os quais o portal não está vocacionado.
A informação disponibilizada pelo site, essencialmente no que respeita às anotações e aos comentários ao regime jurídico de estrangeiros, encontra-se estruturada pelos 220 artigos da Lei 23/2007.
O portal contém ainda um conjunto de páginas dimensionadas em funções específicas, assentes nos restantes diplomas que informam aquele regime jurídico, no direito conexo (do nacional ao europeu e ao internacional), junto com um conjunto de páginas que “catalogam” cronologicamente eventos, notícias e publicações relacionadas com a Lei de Estrangeiros, as políticas de imigração, controlo de fronteiras, o tráfico de seres humanos, entre outros, arrumados tematicamente como multimédia.
Desta conformação o "Analytics" devolve um relato completo dos números relativos à procura da informação em termos de conteúdo, permitindo uma análise qualitativa dessa procura, a qual acaba por ser aferida por via do número total de visualizações de cada um desses artigos ou páginas, já que cada uma é contabilizada individualmente, bem como por via do tempo médio de visualização de que são alvo, da taxa de rejeições de que são objecto e se tendem a funcionar como "porta" de saída do site, revelando a sua maior ou menor utilidade.
Da análise do conteúdo de todas as visitas resulta ser a página inicial a mais visualizada. Os números relativos a esta página permitem concluir pelo interesse geral na informação veiculada pelo portal, aferindo-se que cerca de metade das visualizações não visavam o que aqui se dá a conhecer (com uma taxa de 52,75% de rejeições), número confirmado por semelhante taxa de saída (utilizadores que abandonam o portal após consulta de uma página específica).
Os relatórios do conteúdo permitem ainda aferir que das 10 páginas mais acedidas, metade referem-se aos artigos da Lei de Estrangeiros que regulam os termos da concessão, renovação e duração do direito de residência no território nacional. De destacar ainda as visualizações da página da Lei de Estrangeiros e a que congrega o demais direito nacional em matéria de entrada, permanência e saída/afastamento de cidadãos estrangeiros.
Os números relativos à origem do tráfego denotavam, em anos anteriores, que grande parte dos utilizadores do portal (80,93%), acediam ao mesmo por via ou como resultado da pesquisa em motores de busca, havendo registo de terem sido devolvidos resultados de pesquisas para o portal efectuadas com base em 29.351 termos ou palavras-chave, sendo as mais utilizadas: “responsabilidade criminal”, “direito nacional”, "artigo 88" ... sem que nenhuma assuma especial relevo.
Esta realidade mantém-se praticamente inalterada até 2014, cf. números infra, com a pesquisa google a ocupar 71% das entradas no portal:
De realçar que em 2012, 95% das visitas assentes em motores de busca tinham origem em pesquisas efectuadas via Google, número que tem vindo a diminuir nas percentagens totais. Todos os outros motores de busca apresentam números que apontam para uma utilização residual, facto que se constatava hoje como em 2012 e 2013.
Já o tráfego de referência – associado a ligações de outros sites para a Legispédia – representava cerca de 13% do total em 2011, a maioria com origem em www.sef.pt (16% no cômputo total do período em análise, de 2010 a 2014). A exposição que a Legispédia mereceu no portal institucional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, entre novembro de 2011 e outubro de 2012, contribuiu então para duplicar a sua exposição pública e o consequente número dos seus utilizadores.
A título de curiosidade, apresentam-se os resultados respeitantes a navegadores e sistema operativos de internet e visitas ao portal a partir de telemóvel e outros dispositivos móveis.
Estes dados assumem especial relevo para a edição do portal: sendo difícil operacionalizá-lo em todos os formatos disponíveis, saber quais os mais utilizados permite racionalizar e seleccionar os modelos de edição.
Como navegadores mais utilizados destacam-se o Internet Explorer, logo seguido do Google Chrome e do Firefox. Note-se que em apenas um ano, de 2011 para 2012, o primeiro perdeu terreno para o segundo em cerca de 10% das visitas. Para todo o período de monitorização, o Chrome tem vindo a aproximar-se do Explorer.
Já o Windows permanece o sistema operativo de eleição, ao longo dos 4 anos, com resultados perto dos 90%. E se em 2012 era seguido, de longe, pelo Macintosh, com um registo de utilizadores pouco maior que 2%, em 2014 o iOS e o Android surgem em segundo e terceiro lugar no registo dos sistemas operativos, à custa da proliferação de dispositivos multimédia de elevada mobilidade.
A utilização de tecnologia móvel para acesso ao portal era incipiente em 2011, com apenas pouco mais de 700 visitas, tendo entretanto registado um crescimento exponencial em 2012, quando ascendia a mais de 3.000, cerca de 5% do total. Em 2014 eram já cerca de 14 mil, não ultrapassando nunca, no entanto, aquela fasquia na percentagem total de visualizações.
Visualizações em tempo real:
Cumpre por fim assinalar a existência, no Google Analytics, de várias ferramentas de reporte e de monitorização de visualizações e de outros parâmetros, úteis à conformação do formato do portal, permitindo uma percepção acrescida de quais são os conteúdos mais ou menos apelativos, quais as páginas mais vistas, o grau de adequação do conteúdo à informação procurada pelos utilizadores, entre outros.
Destaca-se em primeiro lugar o relato de visualizações em tempo real, permitindo aos editores do portal determinar a origem das mesmas e que páginas são acedidas a cada momento, útil sobretudo para a monitorização do interesse em páginas novas ou recentemente alteradas, bem como para indagar da correspondência ou da conformidade da informação pretendida com a página em que dado utilizador se encontra.
Google na página:
O Google na página permite aferir, em cada uma das páginas do portal, que conteúdos são mais procurados, fornecendo a informação relativa ao número total e relativo de acessos a cada "link" ou hiperligação.
Nos exemplos ilustrados infra, pode aferir-se de imediato que o link mais utilizado na página inicial do portal respeita ao nome do próprio portal, o qual é apenas uma hiperligação redundante e inútil, porque volta a dirigir o utilizador para a página inicial do portal (com 25% das preferências).
Entre outros dados, o Google na página permite ainda concluir, do total de visualizações de cada página, quantas foram únicas, numa proporção que determinará a utilidade da informação ali veiculada. Para este efeito contribui também o reporte do tempo médio de permanência na página (no caso, menos de dois minutos para a página inicial, três, para a página relativa ao artigo 88.º da Lei de Estrangeiros).
De salientar que a natureza gratuita da plataforma em que assenta o portal, o Google Sites, não permite a desejável elasticidade na conformação dos conteúdos com vista a torná-los mais apelativos em termos de imagem ou de design: o site tem uma capacidade restrita a 100 mb no que respeita ao volume de dados a incorporar; as imagens dificilmente se carregam no formato desejado e o texto, limitado a seis caracteres, é de difícil formatação.
Página inicial
Página do artigo 88.º
Fluxo de visitantes:
Já a análise do fluxo de visitantes permite aferir o caminho que o grosso dos utilizadores percorre dentro do portal e as conexões de utilização do mesmo entre várias páginas, útil sobretudo na percepção dos momentos em que a informação veiculada é mais ou menos útil ou vocacionada para quem o visita.
No exemplo, fica o fluxograma de visitantes, por país de origem das visitas, das páginas de acesso às páginas de saída do portal, retratando o caminho assim percorrido na análise da informação disponibilizada.