Nosso satélite natural: a Lua!
Se você vivesse em Mercúrio ou Vênus, experimentaria a estranha sensação de olhar para o céu e não enxergar lua alguma. Não haveria as lindas noites de lua cheia, marés altas ou baixas nem os tão famosos eclipses. Isso ocorreria porque esses mundos são os únicos do sistema solar desprovidos de satélites naturais. Outros, em compensação, apresentam dezenas de luas, como é o caso de Júpiter e também de Saturno. Já a Terra não se enquadra em nenhum desses extremos: apresenta um único proporcionalmente grande satélite natural cuja existência é atualmente explicada por uma interessante teoria científica, baseada em evidências geológicas coletadas na Lua pelos astronautas no projeto Apolo.
A origem da Lua
Analisando-se a composição química de rochas lunares, chegou-se à conclusão de que sua composição mineral é mista, ou seja, parte bem diferente do que se encontra na Terra, parte muito semelhante à geologia terrestre. A partir daí, formulou-se uma teoria segundo a qual um asteroide de tamanho semelhante ao de Marte teria colidido com a Terra há mais ou menos 4 bilhões de anos e lançado seu próprio material e uma porção da Terra ao espaço, os quais teriam formado um anel de matéria ao redor de nosso planeta. Aos poucos, a gravidade teria "varrido" e unido esses fragmentos, até originar a Lua.
Fonte: NASA.
No início, a Lua era 20 vezes mais próxima do que é atualmente e, a cada ano, ela se afasta cerca de 3 cm de nós devido às forças de maré produzidas em sua interação com a Terra.
A presença da Lua tem grande importância para nós, devido ao movimento das marés, que influencia muitos ecossistemas e atividades marítimas; aos calendários criados a partir da contagem de seus ciclos ao longo do ano e à sua interação com o eixo de inclinação da Terra: sem a gravidade da Lua, esse eixo poderia mudar radicalmente de posição ao longo do tempo, afetando violentamente o clima do planeta, o que provavelmente atrapalharia o desenvolvimento da vida.
Produção: Discovery Science.
Movimentos da Lua
Nossa Lua realiza movimentos de rotação (em torno de si mesma) e revolução (em torno da Terra). O curioso é que o tempo de rotação é quase o mesmo gasto para uma revolução em torno de nosso planeta (rotação sincronizada) o que mantem uma fase sempre voltada para a Terra e outra oculta. Por isso, fala-se tanto em "fase oculta da Lua" ou lado escuro da Lua.
Fonte: http://astro.if.ufrgs.br/lua/rot-sinc-lua3.jpg
© Kepler de Souza Oliveira Filho & Maria de Fátima Oliveira Saraiva.
Já a revolução lunar ocasiona a passagem das fases lunares e tem a duração de 27 dias 7 horas 43 minutos. A órbita lunar tem uma inclinação de aproximadamente 5º em relação ao plano da órbita da Terra. Por isso, nem sempre a Lua, a Terra e o Sol estão alinhados. Quando isso ocorre, acontecem os eclipses.
Fonte: http://www.das.inpe.br/ciaa/cd/HTML/dia_a_dia/1_6_2.htm
A Lua em números
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
Introdução à Astronomia e Astrofísica. INPE. São José dos Campos, 2001.
MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. O Livro de Ouro do Universo. Ediouro. Rio de Janeiro, 2001.