Figura adaptada de: http://www.astro.umass.edu/~myun/teaching/a100_old/images/celestialsphere.jpg
Durante séculos, quase 1500 anos, na verdade, tal modelo foi largamente aceito, sendo oficialmente contestado apenas no século XV, graças aos estudos do astrônomo e médico polonês Nicolau Copérnico (1473-1543). Segundo ele, a Terra não seria o centro do universo, mas sim um dos planetas a orbitar o Sol. Como essa teoria colocava o Sol e não a Terra no "centro do universo", ela passou a ser chamada de Modelo Heliocêntrico (Sol no centro). Na verdade, essa ideia já havia sido proposta muito antes do próprio Ptolomeu (principal defensor do geocentrismo), na Grécia Antiga, por Aristarco de Samos, que viveu no século III a.C. Porém, como não havia meios de demonstrar que os astros não orbitavam a Terra, mas sim o Sol, e que nosso mundo também se movimentava pelo espaço, suas idéias não receberam crédito. Assim, o heliocentrismo começou a ganhar força somente em 1543, quando Copérnico publicou sua famosa obra De revolutionibus orbium coelestium (do latim: "Das revolucões das esferas celestes"), que mais tarde influenciaria astrônomos como Johanes Kepler, responsável por conceber as três leis dos movimentos planetários, e Galileu Galilei, que em 1610 utilizou pela primeira vez uma luneta para estudos astronômicos e descobriu que quatro satélites naturais giravam em torno de Júpiter e não em torno da Terra. Com isso, Galileu demonstrou que a noção de que todos os astros giravam em torno de nosso planeta era apenas aparente, tendo sido essa uma das primeiras evidências a favor do heliocentrismo de Aristarco e Copérnico.
Mais tarde, em meados do século XVII, Isaac Newton formulou a Lei da Gravitação Universal e demonstrou que a gravidade era a força de atração que tornava possível o movimento dos planetas em torno do Sol e da Lua em torno da Terra. Newton também contribuiu para o aperfeiçoamento das observações astronômicas, inventando um novo tipo de telescópio: o telescópio refletor. Seu invento ficou conhecido como telescópio newtoniano e significou muito para a compreensão do universo, já que esse tipo de telescópio, dotado de espelhos, garante melhor resolução e nitidez.
Desse, modo a visão humana sobre o universo começou a ampliar-se drasticamente e nos séculos seguintes percebeu-se que:
Nas páginas a seguir, você poderá conhecer um pouco melhor o que já sabemos sobre nosso universo e como observar o céu, identificando estrelas, planetas, objetos do espaço profundo e reconhecendo algumas constelações famosos no hemisfério sul.
Pálido Ponto Azul: por Carl Sagan.
Boa leitura e boas observações!
Professora Michele Rascalha.