Observar o céu é uma das atividades mais fascinantes que podemos realizar, especialmente se essa prática possibilitar ao observador a compreensão do que se vê.
Para isso, devemos levar em conta certas informações importantes a respeito do céu e das técnicas de observação astronômica.
Em primeiro lugar é preciso esclarecer que Lua e estrelas não são os únicos astros observáveis no céu noturno. Também planetas, aglomerados estelares, nebulosas e galáxias podem ser vistos mesmo a olho nu. Um outro ponto importante a ser destacado é que o estudo do céu nem sempre exige o uso de telescópios, uma vez que binóculos e lunetas também podem proporcionar uma visualização satisfatória.
Na verdade, o segredo da observação do céu está na capacidade de identificar os astros: quando sabemos quais são as constelações, os planetas, os aglomerados, as nebulosas e as galáxias mais famosas visíveis em deteminada noite, progredimos muito no sentido de interpretar o céu.
Sendo assim, vamos tratar agora de alguns passos básicos para a observação e a compreensão do céu:
O que podemos ver
Os astros observáveis são classificados em estrelas (reunidas em constelações), planetas, satélites naturais (incluindo a Lua) e objetos do espaço profundo, os quais incluem aglomerados estelares, galáxias e nebulosas. Também é possível observar cometas, chuvas de meteoros e, consultando uma tabela de horários, os satélites artificiais.
Como observar
Para realizar um estudo bem sucedido do céu devemos estar sempre munidos de uma carta celeste referente à cidade em que estamos. Assim, torna-se possível não só saber que constelações e demais astros estão presentes em determinada noite, como também sua exata localização. (Veja Entendendo o Mapa Celeste).
Instrumentos de observação
Dependendo do que se deseja observar, alguns instrumentos simples já podem ser úteis. Por exemplo: com uma luneta tipo Galileu (aumento = 30 x) já podemos ver bem nitidamente as crateras da Lua, as maiores luas de Júpiter, estrelas duplas e alguns aglomerados estelares. O mesmo se aplica a binóculos de grande potência (10x50, 20x50 e assim por diante).
Luneta Tipo Galileu
Luneta Caseira tipo Galileu
Fonte: http://www.ciencianamao.usp.br
Os telescópios são os mais adequados para a observação do céu, porém, devemos ter cuidado com o tipo de telescópio escolhido, pois às vezes grandes aumentos não permitem as melhores observações por não garantir a nitidez necessária ao observador, além de restringir demais o campo visual. Assim, os melhores telescópios são do tipo refletor, já que, por possuírem um espelho, garantem excelente resolução de imagem, mesmo que seu aumento não seja tão grande.
Fonte: http://astro.if.ufrgs.br/telesc/node2.htm
© Kepler de Souza Oliveira Filho & Maria de Fátima Oliveira Saraiva
Fonte: http://www.cdcc.sc.usp.br
Os telescópios do tipo refrator, semelhantes a lunetas, também são interessantes, mas não garantem tão boa resolução como no caso dos refletores, já que a lente objetiva pode distorcer as cores do astro observado (fenômeno conhecido como aberração cromática).
Fonte: http://astro.if.ufrgs.br/telesc/node2.htm
© Kepler de Souza Oliveira Filho & Maria de Fátima Oliveira Saraiva
Fonte: http://www.cdcc.sc.usp.br
Os telescópios do tipo cassegrain, que contêm lentes e espelhos, são atualmente muito utilizados, constituindo uma boa opção em relação aos refratores.
Fonte: http://astro.if.ufrgs.br/telesc/node2.htm
© Kepler de Souza Oliveira Filho & Maria de Fátima Oliveira Saraiva
Montagens
Fonte: http://www.cdcc.sc.usp.br