Definição
Estrelas são esferas de gás muito quente que emitem radiação para o espaço. Seus diâmetros podem variar de 450 vezes menor até 2000 vezes maior que o diâmetro solar.
Fonte: www.nasa.gov
Ciclo Estelar
O ciclo de existência das estrelas está associado à sua massa: estrelas de pequena massa podem viver cerca de 10 bilhões de anos, já as estrelas de grande massa têm um tempo de existência mais restrito, que varia entre 10 a 15 milhões de anos. Esses corpos celestes são capazes de gerar muita luz e variadas formas de energia, além de "fabricar" os átomos dos quais todos somos feitos!
Mas, como isso é possível? O que ocorre é que, no núcleo das estrelas, as temperaturas de milhões de graus agitam os núcleos dos átomos de hidrogênio de forma tão violenta (lembre-se de que o calor é uma poderosa forma de energia) que eles acabam colidindo e fundindo-se, tornando elementos mais pesados e liberando energia na forma de luz, calor e algumas formas de radiação no processo. A esse fenômeno dá-se o nome de fusão nuclear e é graças a ele que todas as estrelas do universo podem brilhar e produzir elementos químicos diversos: como o hélio, o carbono, o oxigênio e muitos outros. Para se ter uma ideia, o Sol, que é uma estrela considerada pequena perto de algumas gigantes ou super gigantes que encontramos na vastidão do espaço, funde centenas de milhões de toneladas de hidrogênio a cada segundo, produzindo luz e calor suficientes para sustentar a vida em nosso planeta mesmo estando a aproximadamente 150 milhões de quilômetros de distância.
Quanto mais massa uma estrela possuir, mais intensa será sua taxa de fusão nuclear e, assim, seu "combustível" se esgotará mais rapidamente, tornando seu ciclo de existência mais curto. Isso acontece porque a grande massa torna a gravidade muito mais forte (a força gravitacional é diretamente proporcional às massas dos corpos) na própria estrela, e a quantidade de gás necessária para que a pressão interna possa impedir a estrela de "implodir" é muito maior. Talvez não se formem planetas habitáveis ou com vida complexa ao redor de estrelas assim, pois elas não duram tempo suficiente para a vida surgir, evoluir e diversificar-se. Já as estrelas de menor massa não apresentam gravidade tão intensa, não consomem seus gases tão rapidamente e, assim, duram mais tempo, como acontece com o Sol, que já tem 5 bilhões de anos e ainda está no meio de sua "vida".
Para compreender melhor esse espetáculo da natureza a que devemos nossa própria existência recomendamos os vídeos Rock Star, a origem do Metal (autoria e roteiro de Jane Gregorio-Hetem, do IAG/USP, e Annibal Hetem Jr., da UFABC, com projeto gráfico e ilustrações de Marlon Tenório) e o documentário Como funciona o Universo: Estrela, produzido pelo canal Discovery Channel, com narração de Marcelo Gleiser. Vale a pena conferir!
ROCK STAR, A ORIGEM DO METAL
Autoria e roteiro: Jane Gregorio-Hetem (IAG/USP) e Annibal Hetem Jr. (UFABC)
Projeto gráfico e ilustrações: Marlon Tenório. Financiamento: CNPq
COMO FUNCIONA O UNIVERSO: ESTRELAS
Produção: Discovery Channel
Tamanhos
Existem estrelas pequenas, com no máximo 1,5 vez a massa do Sol, e estrelas de grande massa, que podem apresentar de 3 a 50 vezes a massa solar.
Localização
Quanto à região que ocupam na esfera celeste, as estrelas se localizar:
No hemisfério norte (céu boreal), de onde se vê a área exterior ao centro galáctico. A estrela polar marca o pólo norte celeste.
No hemisfério sul (céu austral), de onde se vê a área correspondente ao centro galáctico. Por estar voltado para o centro da galáxia, o céu austral é mais brilhante que o céu boreal.
Fonte: http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/aprendendo-basico/esfera-celeste/esfera-celeste.htm
Cor e Brilho
A cor e o brilho são as duas principais propriedades das estrelas.
A cor de uma estrela é determinada pela temperatura de sua superfície. Já o brilho é determinado pela quantidade de luz que a estrela irradia por segundo em toda a sua superfície.
Magnitude
A grandeza utilizada para que possamos medir o brilho das estrelas é a magnitude, que pode ser classificada em:
Magnitude aparente: tal como é percebida por nós.
Magnitude absoluta: tal como seria notada se as estrelas estivessem todas a uma distância padrão de 10 parsecs (32,6 anos-luz).
A magnitude aparente é uma escala invertida, na qual estrelas de pouco brilho e demais astros na mesma condição apresentam magnitude aparente maior. Um exemplo é Plutão, com magnitude aparente = +15. Já os astros de maior brilho apresentam magnitude aparente menor. Dois exemplos são a estrela Sírius, com magnitude aparente = -1,6, e o planeta Vênus, com magnitude aparente = -4,5.
Constelações e distâncias estelares
Para que possamos identificar as estrelas, nós as reunimos em constelações, que correspondem a regiões do céu demarcadas pela União Astronômica Internacional, totalizando 88. Os desenhos formados pelos alinhamentos imaginários entre as estrelas, à semelhança de um liga ponto, são chamados de asterismos.
Fonte: Cybersky.
Quando contemplamos as constelações, temos a impressão de que as estrelas estão todas a uma mesma distância. Mas, não é bem assim: há estrelas muito distantes e outras muito mais próximas de nós. De qualquer forma, as distâncias que nos separam das estrelas são bem grandes, mesmo quando nos referimos às estrelas mais próximas.Por isso, os astrônomos criaram o ano-luz (AL). Mas, o que é isso?
O ano-luz é uma unidade de medida que representa a distância percorrida pela luz em um ano. Como a velocidade de luz é de 300.000 Km/s, a distância percorrida por ela em um ano corresponde a cerca de 9,6 trilhões de quilômetros!
A estrela mais próxima da Terra, Alfa Centauri, está a 4,4 anos-luz de nós, ou seja, a quase 44 trilhões de quilômetros, ou 44.000.000.000.000 Km!
O Sol
As estrelas podem ser consideradas sóis distantes, assim como o Sol, por sua vez, é definido como uma estrela.
Fonte: NASA.
Dados Gerais do Sol
Diâmetro equatorial (km): 1.392.000
Distância média da Terra (km): 149.600.000
Distância Máxima da Terra (km): 152.000.000
Distância mínima da Terra (km): 147.000.000
Temperatura superficial média (ºC ): 5.500
Temperatura no núcleo (ºC): 15.000.000
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ATLAS VISUAIS - UNIVERSO. Círculo do Livro.
Introdução à Astronomia e Astrofísica. INPE. São José dos Campos, 2001.
MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. O Livro de Ouro do Universo. Ediouro. Rio de Janeiro, 2001.