CRAVO

Presencial

Foto: Pedro Ladeira

ANA CECILIA TAVARES

Natural do Rio de Janeiro, é radicada em Brasília. Mestre em cravo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, fez especialização na França como bolsista da CAPES-MEC com a cravista Huguette Dreyfus no ciclo de Perfectionement em cravo, tendo obtido os prêmios Prix d’Excellence (1987) e Prix de Virtuosité (1988). Na França fez parte de estágios internacionais de cravo e música de câmara e apresentou-se em diferentes cidades francesas.

No Brasil, foi vencedora do VI Prêmio Eldorado de Música em São Paulo e gravou disco solo com obras de Marchand e Bach pelo selo Eldorado. Gravou ainda CD com o Trio Barroco de Brasília e álbum para cravo solo Bach/Froberger. Integrante do Grupo Estúdio Barroco, Em 2006 e 2018, gravou dois álbuns com o grupo, sendo o último, Damas Virtuosas, dedicado à compositoras dos Sec XVII e XVIII. Em 2010 lançou CD da obra A Arte da Fuga de J.S. Bach em versão para dois cravos com o cravista Marcelo Fagerlande e em 2017 o CD Originais e Transcrições. O duo se apresentou na Sala Cecilia Meireles e outros teatros do Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo, Olinda (Mimo), Juiz de Fora, Porto Alegre e nas cidades de Sttutgart e Karlsruhe na Alemanha.

Apresenta-se regularmente em Brasília e em diferentes teatros no país. Participou dos Ciclos de Concertos para dois, três e quatro cravos, de J.S. Bach, na Sala Cecília Meireles, Rio de Janeiro; apresentou-se no Festival de Música Antiga de Juiz de Fora; na IV Semana de Música Antiga da UFMG em Belo Horizonte e Tiradentes; no Espaço Cachuera em São Paulo; na Pinacoteca do Estado de São Paulo; na Série Concertos Eldorado; no Theatro Municipal de São Paulo; no Mosteiro de São Bento, em Olinda; e no Museu de Arte Sacra, em Belém.

Foi professora do 28 º e do 31.º Curso Internacional de Verão da Escola de Música de Brasília, ministrou curso de extensão na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro, ) foi professora de cravo no CEP - Escola de Música de Brasília, participou como palestrante na Semana do Cravo na UFRJ em várias edições, integrante do grupo de pesquisa do livro Tratados e Métodos de Teclado e publicou resenha na Revue de Musicologie (França)

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

O Cravo, sua história, técnica e repertório.

Instrumento de teclado e cordas pinçadas, o cravo teve o seu apogeu nos séculos XVII e XVIII. No período barroco, o cravo esteve sempre presente junto às orquestras e grupos de câmara, realizando o baixo contínuo. Como instrumento solista, possui um vasto repertório em diferentes estilos. A obra composta para o cravo explora amplamente sua sonoridade peculiar e aborda muitos estilos praticados em diferentes países da Europa. No repertório encontramos toccatas, fantasias , suítes de dança, fugas, prelúdios, peças no estilo fantástico, peças de grande virtuosismo e muitas outras.

Ao ter contato com esse repertório, o cravista desenvolve a habilidade para executar as peças dentro do estilo em que foram escritas, seja francês, italiano, alemão etc. O cravista também desenvolve a prática de realizar ornamentos, fazer articulações que tornem mais claro o seu discurso e aprimora dia após dia o seu toucher (toque). Com um repertório que atravessou praticamente dois séculos, o cravo cativa pela sua sonoridade intimista, pelo amplo repertório e também pela arte da sua construção, que evoluiu em consonância com as demandas técnicas e sonoras particulares a cada escola musical da época, resultando em um grande número de modelos de instrumentos com características distintas entre si.