Quem não quer melhorar sua qualidade de vida e seu desempenho?
De forma geral a ciência recomenda um caminho: conheça mais o seu cérebro e as alavancas que você tem ao seu alcance para atingir o seu potencial.
Não é nada tão complicado, este livro apresenta 12 regras simples sobre o funcionamento da mente que vão ajudar você a aprimorar de forma significativa diversas áreas da sua vida.
A nossa líder Livia Kuga leu o livro e fez um resumo que você pode encontrar abaixo.
O próprio autor também fez uma versão do livro online, com vídeos explicativos para cada regra e um pequeno resumo. Todo material pode ser encontrado no site do livro.
John J. Medina é um biólogo molecular do desenvolvimento com interesses especiais de pesquisa no isolamento e caracterização de genes envolvidos no desenvolvimento do cérebro humano e na genética de distúrbios psiquiátricos.
O objetivo dele com este livro é trazer 12 regras importantes que as pessoas deveriam saber sobre como o cérebro funciona, de modo a melhorar nossas rotinas diárias. Segue abaixo as 12 regras:
Ele parece ter sido desenhado com a finalidade de (a) resolver problemas (b) para que consiga sobreviver em um (c) ambiente externo instável e (d) faz isso em movimento constante.
O raciocínio simbólico é um talento unicamente humano e nos permitiu que melhor nos coordenássemos enquanto grupo e nos permitiu dominar a Terra.
Nosso cérebro, que é o mesmo de nossos antepassados, evoluiu para que fôssemos capazes de percorrer cerca de 19 Km por dia, ou seja, se quiser melhorar sua habilidade de pensar, mexa-se.
Os exercícios fazem com que o sangue circule mais para o cérebro, trazendo glicose para energia e oxigênio para se desfazer das toxinas acumuladas, além de estimular a proteína que mantém os neurônios (célula cerebral) conectada.
É comprovado que fazer exercícios aeróbicos 2 vezes por semana diminui pela metade o risco de demência e diminui em 60% o risco de Alzheimer.
A falta de sono atrapalha na atenção, funções executivas, memória de trabalho, humor, habilidade de calcular, de lógica e motora.
Existe uma variação entre quanto cada pessoa necessita de sono e o melhor horário para cada pessoa. Porém, existe um motivador biológico para a “soneca da tarde”.
O sistema de defesa do corpo libera adrenalina e cortisol, responsáveis para responder rapidamente para “perigos” (ex.: ser comido por um tigre). Porém, quando o estresse é crônico (ex.: ambiente hostil em casa ou no trabalho), desregula este sistema que foi criado par atuar apenas em respostas de “curto prazo”.
Com esses estresses crônicos, a adrenalina cria cicatrizes em nossos vasos sanguíneos, o que pode ocasionar em doenças cardíacas ou derrames. Além disso, o cortisol danifica células do hipocampo prejudicando a habilidade de aprender e de lembrar.
O estresse emocional tem um grande impacto na sociedade e pode afetar a habilidade da criança em aprender e a produtividade do adulto no trabalho.
O que você faz e você aprende durante a sua vida muda fisicamente o seu cérebro.
Cada região cerebral se desenvolve em taxas diferentes nas diferentes pessoas. Não há duas pessoas que armazenam a mesma informação do mesmo jeito e no mesmo lugar. E temos muitos tipos diferentes de inteligência (para além do QI).
Os neurônios passam por um surto de crescimento e um projeto de poda durante os dois primeiros anos de adolescência.
Não existe “multi-tasking”. O cérebro só consegue focar em uma coisa de cada vez.
Somos melhores em reconhecer padrões e abstrações do que recordar dos detalhes.
Identificação emocional ajuda o cérebro a aprender.
As audiências não conseguem ficar mais de 10 minutos prestando atenção na mesma coisa, por isso, é super importante contar narrativas e/ou criar eventos que são ricos em emoções.
A memória declarativa segue 4 estágios de processamento: a. Codificação, b. Armazenamento, c. Recuperação da memória, d. Esquecimento
A informação que chega no cérebro é imediatamente fragmentada e enviada para diferentes áreas do cérebro.
Quanto mais elaborada a codificação da memória em seus momentos iniciais, mais forte ela será.
Você pode melhorar suas chances de se lembrar de algo se você reproduzir o ambiente em que você primeiro codificou/armazenou determinada memória.
A memória de trabalho é uma coleção de espaços de trabalho ocupados que nos permite reter temporariamente a nova informação adquirida. Se não repetirmos a informação, essa memória desaparece.
As memórias de longo prazo são formadas de uma conversação de dois lados entre o hipocampo e o córtex, até que o hipocampo interrompa a conexão e a memória seja fixada no córtex (pode durar anos).
Nosso cérebro dá apenas uma visão aproximada da realidade porque ele mistura o novo conhecimento com as memórias passadas e armazena-as juntas.
O melhor mecanismo para você obter memórias de longo prazo é incorporar novas informações de maneira gradual e repetir em determinados intervalos de tempo.
Nós absorvemos informação sobre um evento através dos nossos sentidos, os traduzimos em sinais elétricos, dispersamos esses sinais para diferentes partes do cérebro e então reconstruímos o que aconteceu, percebemos o evento como um todo.
O cérebro parece confiar parcialmente em experiências passadas para decidir como combinar os sinais dos sentidos, portanto duas pessoas podem perceber o mesmo evento de maneiras totalmente diferentes.
Nossos sentidos evoluíram para trabalhar em conjunto – visão influenciando na audição, por exemplo – o que significa que aprendemos melhor estimulando mais de um sentido ao mesmo tempo.
O cheiro tem um poder incomum de trazer de volta algumas memórias porque os sinais do cheiro desviam do tálamo e vão direto para amidala (o supervisor das emoções).
A visão é o sentido dominante, tomando cerca de 50% dos recursos cerebrais.
O que vemos é só o que nosso cérebro “manda” ver e não é 100% acurado.
Nós aprendemos melhor através de imagens, não através de escrita ou de palavras ditadas.
Treino musical melhora habilidades intelectuais e melhora as habilidades espaço-temporal e o vocabulário. Isso porque é preciso selecionar os sons através de um ambiente barulhento, utilizar tanto a memória de trabalho quanto habilidades sensório-motoras.
Pessoas com treino musical são melhores em detectar informações emocionais em discursos. Eles tem mais empatia e tem seus comportamentos sociais melhorados. -> essas variações foram vistas em diversas pesquisas (em adultos, estudantes de faculdade, crianças e adolescentes).
As mulheres são geneticamente mais complexas porque os cromossomos X ativos em suas células é uma mistura dos genes da Mãe e do Pai. O dos homens é proveniente apenas da Mãe e o cromossomo Y carrega menos de 100 genes (comparado aos 1500 genes do cromossomo X).
Os homens tem uma amidala maior e produzem serotonina mais rapidamente (porém, não sabemos se isso a diferença é significativa).
Homens e mulheres respondem diferente para estresse agudo: as mulheres ativam o lado esquerdo da amidala e se lembram de detalhes emocionais. Os homens ativam o lado direito da amidala e se lembram do ponto principal.
Bebê é o modelo de como aprendemos – não de maneira reativa ao ambiente, mas de maneira ativa, testando tudo através da observação, criação de hipóteses, experimentação e conclusão.
O córtex pré-frontal direito procura erros em nossas hipóteses e regiões adjuntas nos informam para mudar os comportamentos.
Nós conseguimos reconhecer e imitar comportamentos porque temos “neurônios-espelho” espalhados ao redor do cérebro.
Algumas partes do cérebro continuam moldáveis assim como do bebê para que possa ser criado mais neurônios e aprender novas coisas ao longo de toda nossa vida.