MAIORIDADE
(de Durval Filho)
O poeta pediu licença
Saiu da frente do teclado
Guardou a caneta no bolso.
Enfileirou as letras
Convocou as frases
Entoou slogans
E saiu às ruas...
Era uma luta pela paz
Era uma luta pela ordem
Era uma luta pela educação
Soltaram spray de pimenta,
Soltaram balas de borracha
Soltaram a truculência
O poeta sofreu...
O professor foi preso
O jornalista atingido
A caneta estourou
Manchando de vermelho
A camisa branca da paz.
O poeta, o professor,
O jornalista e o povo
Não se intimidaram
E novamente saíram
E novamente lutaram
E novamente sofreram.
Não foi em vão,
Pois o recado esta sendo dado
Chega de políticos corruptos
Chega de empresários larápios
Chega de pão e circo...
O Brasil agora é maior de idade.
by Durval Filho (todos os direitos reservados)
17/06/2013
ACRÓSTICO À MINHA AVÓ
(de Durval Filho)
Bela mulher, Benedita,
E feliz criatura...
Não que a vida fosse mole,
Embora cheia de obstáculos,
Difícil, às vezes,
Impossível, jamais...
Talentosa a minha avó,
Alma boa e evoluída.
Deus abençoou-te com a fortaleza
E a sabedoria simples...
Muito a admiro
E sigo teu exemplo,
Logicamente, sinto muito
Orgulho de ser teu neto.
Carinhosa, sábia e trabalhadora do
Lar e que a todos nós muito ama.
Amamos-te também, senhora de
Rara e infinita grandeza...
Obrigado, pelo exemplo! Vó e madrinha.
SONETO DE FELIZ IDADE
(de Durval Filho)
Nem tudo que sonhei vivi eu
Realizei bobagens de montão
Foram necessárias para meu
Aprendizado na vida até então
Não me arrependo do que fiz,
Apenas do que faltou, e olha
Faltou tanto pra este aprendiz
Que penso que não vivi ainda
E agora, no balanço da vida,
Quem sabe se valeu ou não
É justamente a imaginação...
Eu digo que amei muito a lida,
Parece ilusão a realidade!
Porém, feliz com minha idade.
O FIM DO MUNDO
(de Durval Filho)
Série: dez em dez anos
No decorrer da vida
Os anos vão passando e passarinho
Não passam em mim...
Com permissão do poeta dos Pampas
Vou indo também poetando...
Vou indo não sei pra onde!
Não sei se o mundo acaba
Como dizem os desavisados,
Pois, 2012 chegou e o fim,
Dizem, está próximo.
Então acabou a humanidade
Acabou a fome que maltrata tantos,
Acabou o ódio que macula a alma,
Acabou o vício que destrói o homem...
O mundo não acaba assim,
Sem antes se resolver
Na equação da lógica...
O mundo não acaba pra mim:
Ele passa para uma nova fase.
No jogo preferido de Deus
O mundo elevou um nível,
As pessoas que se cuidem,
Os corruptos de plantão,
Os injustos e gananciosos;
Mudem de atitude!
Pois, o momento é de reflexão,
Não combina com a mesquinharia.
O comportamento que se espera:
Cooperação, consciência crítica,
Reciclagem de tudo, mentes e costumes.
Em 2012, o mundo não se acaba.
Renova-se e exige melhora.
Em 2012, nasce uma nova era.
É expressamente proibido, sem a autorização expressa do autor, reproduzir, publicar, distribuir, difundir ou, por qualquer outra forma, tornar os conteúdos constantes neste website (fotos e poemas) acessíveis a terceiros, para fins de comunicação pública ou de comercialização.