O meu pai é polícia e é o mais conhecido da nossa rua. O seu trabalho garantir a segurança de todos. Para trabalhar precisa de uma farda, um chapéu e umas algemas penduradas no cinto.

Uma vez o senhor João perdeu a chave da mercearia. Então, o meu pai arrombou porta e agora, sempre que o senhor João me vê, dá-me um rebuçado. Quando o meu pai foi à minha escola, ensinou os meus colegas a atravessar a rua na passadeira e a não falar com estranhos. Até os deixou brincar com as algemas e o chapéu. Há dias, mandou rebocar um carro que estava estacionado no lugar dos deficientes.

O meu pai trabalha numa esquadra, que é um sítio onde as pessoas vão quando perdem uma carteira, quando têm um acidente, ou quando alguém lhes roubou a televisão.

O melhor amigo do meu pai é o cão Medalha. Ele acompanha-o sempre quando vai andar no carro da Polícia, que tem uma sirene azul, que faz “Ué, ué, ué!”.

Eu os meus amigos gostamos muito de brincar aos polícias e ladrões, mas é só fingir. O meu pai é polícia e eu adoro!

Reconto da história de Irina Melo e Carla Jorge por José Neto