Era uma vez um rei conquistador

"Caixa de histórias"

Era uma vez um menino que era filho de um conde chamado Dom Henrique.

Quando tinha três anos, o seu pai morreu e, por isso, nunca brincaram juntos. O seu pai deixou-lhe um Condado, o Condado Portucalense, mas o menino sonhava ser um rei. Quem tomou conta dele foi o fidalgo Egas Moniz, que o ensinou a caçar e a defender-se com a espada. O seu brinquedo preferido era uma espada de madeira e passava horas a fio a construir castelos de brincar com pedras, terra e pedaços de madeira.

O menino Afonso Henriques foi sempre uma pessoa sem medo. Para tentar ser rei, combateu contra as tropas galegas e contra a Dona Teresa, a sua mãe. Lutou também contra os mouros para conquistar os seus castelos e terras.

Ganhou muitas batalhas, como as de S. Mamede e de Ourique, com os seus leais guerreiros. Um desses guerreiros era Geraldo Sem Pavor, um grande amigo, que morreu a combater ao seu lado.

Além de criar o Reino de Portugal, Afonso Henriques sonhava que todos falassem a mesma língua, o português. Em 1143, nasce Portugal, mas só aos 70 anos, em 1179, foi reconhecido pelo Papa Alexandre III como rei. Conquistou as cidades de Coimbra, Lisboa, Alcácer e Évora. Por isso, chamaram-lhe “o Conquistador”.

Viveu muito anos e deixou de lutar, quando se sentiu velho e cansado. Mas nunca parou de pensar nas batalhas e havia noites em que tinha pesadelos.

Casou e teve filhos. Após a sua morte, o seu filho D. Sancho foi coroado rei e levou ainda mais longe o trabalho da conquista até ao Algarve.

Reconto da história de José Jorge Letria por Manuel Sousa