Olhando pela janela do meu quarto, vejo um pequeno canto da casa que fez parte da minha vida. Tantas brincadeiras da infância, plantações e reuniões de família ocorreram nesse espaço que hoje é marcado pelo vazio do período de pandemia. Escuto o cantar dos pássaros, vejo as plantas se alastrando, observo o contraste entre a vida e os objetos inanimados e busco extrair alguma beleza desse ambiente que nos marcou. Cada registro remete um pedaço do todo que ele me representa, buscando escrever com imagens, a poesia e as sonoridades do meu próprio refúgio. Observar o meu quintal me faz reviver histórias; fotografá-lo me permitiu eternizá-las
Izabela Viana, março/2021