NUDEART é o resultado de um experimento fotográfico que procurou desmistificar um pouco a respeito do corpo humano nu dentro da fotografia artística fine art. As imagens que integram a exposição contêm corpos nus de homens e mulheres, registrados dentro de um estúdio, com controles totais de sombras e de iluminação. A presença do corpo nu ainda é motivo de vergonha e de receio para uma significativa parcela da sociedade na qual vivemos, entretanto, o experimento sugere que se faça uma ressignificação do corpo nu através da fotografia.

Esta ressignificação não tem apelo sexual, pornográfico, fetichista ou de qualquer outra natureza que venha a ser considerada ilícita. Trata-se, exclusivamente, de uma obra em que o corpo nu recebeu outro significado para além de apenas um corpo nu. Idealizado como receptáculo para uma obra de arte, o nu foi acrescido a contrastes, luzes, sombras e pós-produção contemporânea, que transformam os corpos nus de NUDEART em peças artísticas conceituais.

NUDEART também defende a aceitação das diferenças que há em todos nós humanos. O nascimento sugere corpos nus, indefesos, despidos de pudores. Em algum momento das nossas vidas, ou em vários momentos, somos todos nus. Quer admiremos ou não a nudez de nossos próprios corpos, somos nus. NUDEART objetiva, acima de tudo, ser um grito silencioso em afronta ao preconceito em relação à nudez humana. Enfraquecimento das amarras sociais e rompimento de tabus são objetivos secundários.

Acima de tudo, NUDEART é sobre respeito ao corpo humano e ao próximo. Ao próprio corpo e ao corpo das demais pessoas, sejam homens ou mulheres.Ficha TécnicaOs arquivos fotográficos que compõem a Exposição Fotográfica NUDEART que integra a programação da 13ª Semana da Fotografia de Caxias do Sul têm tamanho variável dos arquivos digitais, que vão de 298 kbs a 3.717 kbs. Todas as fotografias passaram por um processo de pós-produção e estão na proporção de 15cm x 21cm, com 300 dpis, extensão “.jpg” e no mínimo 1.300 pixels no lado menor. Em relação à técnica utilizada para a captura das imagens, foram utilizados um estúdio de cinema do Centro Universitário da Serra Gaúcha, que não dispõe de janelas. Toda a iluminação foi controlada e se originou de duas tochas de luz contínua. Uma tocha com Fresnel, modelo 50-02, da Dexel Lighting, e outra com Softbox, modelo 2002+, da Mako Store. A captura das imagens ocorreu por meio de uma câmera Canon, modelo 6D Mark 2, munida com uma objetiva de 24-105mm f/4. Os processos de pós-produção ocorreram nos softwares Lightroom e Photoshop, ambos da Adobe Inc. Ao todo, foram quase 1 mil fotografias capturadas em cinco ensaios feitos no estúdio da FSG. Destas, foram escolhidas 150 fotografias que passaram por processo de pós-produção. Esta exposição conta com 30 imagens, em tons monocromáticos e em cores.