Roteiro de inclusão

Curso de Especialização Tecnologias em Educação

Turma: RS07

Grupo E: Olhares além da SD

Integrantes:

Disciplina: Inclusão e Tecnologias Assistivas

Seminário Virtual: Momento 4 – Roteiro de Inclusão

Mediadora: Fernanda Serpa Cardoso

Roteiro de Inclusão

Depois de nossa pesquisa em artigos, sites, blogs, listas de discussão, entrevista com professores, ficou claro que não basta uma turma inclusiva para receber um aluno com deficiência, é urgente e necessário termos escolas inclusivas.

Um dos pontos que nos chamou a atenção é a luta dos pais e das mães para assegurar aos filhos e às filhas com SD o direito de aprender e ensinar num ambiente em que haja acolhimento, criatividade, estímulos, provocações, amorosidade... Uma das mães, Ana Paula Sena, autora do blog Barriga Inclusiva, revela o desejo de ter para a filha uma escola que adotasse o “princípio da barriga inclusiva”: “a barriga não enxerga o filho deficiente diferentemente do outro (ela teve uma gestação de     gêmeas – uma sem SD, outra com SD). Ela nutre e protege todos os seus filhos. É com este mundo que eu sonho para as minhas filhas, como uma grande barriga de mãe, numa gestação múltipla de amor e respeito à diversidade.”

Então, o primeiro passo de nosso roteiro de inclusão (nossa “barriga inclusiva”!) diz respeito ao projeto político pedagógico das escolas e aos espaços de formação continuada de todos os envolvidos no processo educativo – gestores, professores, funcionários, alunos, famílias...

Na pauta dos encontros de formação, segundo Maria Mantoan, em entrevista à Revista Nova Escola, devem estar questões como repetência, indisciplina, participação (ausência) da família de alunos sem SD, da família de alunos com SD, planejamento de atividades para que todos aprendam, valorização da cultura, das histórias de cada aluno e da turma. E uma reflexão fundamental: “Os alunos precisam de liberdade para aprender do seu modo, de acordo com as suas condições. E isso vale para os estudantes com deficiência ou não”.

Tentamos esboçar, a seguir,  o trajeto de uma criança com Síndrome de Down, do gênero feminino, aos dez anos, e que vai ingressar na terceira série do ensino fundamental em uma escola inclusiva: em que o conceito de inclusão está contemplado no Projeto Político Pedagógico, nas práticas cotidianas e no atendimento especializado oferecido, paralelamente, às aulas, a fim de possibilitar a integração dentro e fora da escola.

Maria, nossa personagem que está chegando, apresenta algumas dificuldades e algumas habilidades. Adotaremos as orientações colhidas no folheto Incluindo Alunos com Síndrome de Down no Ensino Fundamental, disponível no site Agência Inclusive, em que o objetivo é trazer “informações sobre o perfil de aprendizado típico de uma criança com Síndrome de Down”:

Sabendo dos limites e das habilidades, e refazendo o estudo sobre as inteligências múltiplas, relacionando-o à educação inclusiva (como quer Romeu Kazumi Sassakis), acreditamos que  “buscar o potencial nas identidades individuais significa descobrir talentos em todas as pessoas individualmente, partindo-se do pressuposto de que ninguém é tão severamente prejudicado que não possua uma habilidade”, por isso fazemos algumas propostas:

Para finalizar,  usamos palavras de Ana Paula Sena, autora do blog Barriga Inclusiva, “

Não podemos nos preparar para a inclusão, não há tempo pra isso. Trata-se de abrir os braços e receber a diversidade humana como a nossa maior dádiva, tirando as pedras do caminho para que outros também possam aproveitá-lo. A primeira pedra que deve ser removida é aquela colocada sobre os nossos valores. Quando falamos de preconceito, costumamos atribuí-lo ao outro, mas infelizmente ele faz parte da nossa herança cultural. Desconfiamos, simplesmente, daquilo que não conhecemos. Somos preguiçosos, e preferimos o conhecimento comum estereotipado à experiência única da convivência com o outro.”

A escola inclusiva traz vantagens a todos: faz os alunos com e sem deficiência  avançarem dentro de seus limites; se sentirem partes importantes do grupo; nos torna mais humanos!

 

Referências bibliográficas:

1.       ALMEIDA, Patrícia (tradução). Incluindo Alunos com Síndrome de Down no Ensino Fundamental. Disponível em: http://www.uniblog.com.br/agenciainclusive/315707/incluindo-alunos-com-sindrome-de-down-no-ensino-fundamental.html. Acesso em: 14/12/09.

2.    Blog Barriga Inclusiva: http://barrigainclusiva.wordpress.com/

3.    Cada um aprende de um jeito. Revista Nova Escola, n. 182, mai. 2005. Disponível em:  http://revistaescola.abril.com.br/inclusao/educacao-especial/cada-aprende-jeito-424484.shtml. Acesso em: 14/12/09.

4.       MANTOAN, Maria Teresa Égler. Inclusão promove a justiça. Revista Nova Escola, n. 182, mai. 2005. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/inclusao/inclusao-no-brasil/maria-teresa-egler-mantoan-424431.shtml. Acesso em: 14/12/09.

5.    Olhares além da SD (site do Grupo E). Disponível em: http://sites.google.com/site/olharesalemdasd/. Acesso em: 14/12/09.

6.    SASSAKIS, Romeu Kazumi. Educação inclusiva e inteligências múltiplas. Disponível em: http://inclusaobrasil.blogspot.com/2009/02/educacao-inclusiva-e-inteligencias.html. Acesso em: 14/12/09.

7.    SENA, Ana Paula. Por que “barriga inclusiva”. Disponível em: http://barrigainclusiva.wordpress.com/2009/08/16/por-que-%E2%80%9Cbarriga-inclusiva%E2%80%9D/. Acesso em: 14/12/09.