"Do luto à luta"
Revi o filme e pensei...
Do luto à luta: do sentimento de amargura, de desgosto (acepções para a palavra luto no Dicionário Houaiss da língua portuguesa) ao esforço para superar, para vencer obstáculos, dificuldades (também no Houaiss).
O título do filme, parte da fala de uma das mães, além de poético – joga com o sentido e com a sonoridade das palavras – revela um processo que envolve dor e superação!
Dor, por ter frustrada uma idealização: o filho perfeito; ou, talvez, por antever, intuitivamente, os possíveis sofrimentos que a sociedade vai impor àquela criança – exclusão, preconceito...
Superação, porque a proteção, o cuidado, a responsabilidade pela formação, o amor pel@ filh@ falam mais alto.
Essas atitudes, a princípio contraditórias, permeiam os depoimentos dos pais e das mães das crianças com Síndrome de Down no filme de Evaldo Mocarzel.
O cineasta, pai de uma menina com Síndrome de Down – Joana, que também participa do filme (e fez a novela Páginas da Vida, da Rede Globo), nos mostra algumas famílias dizendo suas vivências de rejeição, de amor incondicional, de descobertas de possibilidades diferentes de vida.
@s jovens com essa característica genética nos obrigam a rever nossos preconceitos, nossas relações com o mundo, ao mesmo tempo que revelam seus sentimentos, desejos, pensamentos, suas dificuldades e habilidades.
Há muita música, dança, esportes, tecnologias... inclusive, o que acho genial, pois um recurso de metalinguagem, um casal com Síndrome de Down realiza o sonho de dirigir um filme...
Da obra, fica a lição: é urgente que a sociedade deixe de lado seus preconceitos e acolha a tod@s... Na diversidade, a vida fica mais saborosa... mais justa!
Se puderem assistam, é muito bom!!!
Se não, no cinema, há disponível no You Tube, em oito partes de, mais ou menos, dez minutos cada uma.
Aqui a parte de um:
Suely Aymone