Uso de Equipamentos de Proteção Individual pela Comunidade


A pandemia do Coronavírus (COVID-19) iniciou-se no ano de 2019, e, desde então, vem agravando-se cada dia mais. Diante dessa situação, adotaram-se algumas medidas não farmacológicas, no intuito de “achatar a curva epidêmica”, tais como fechamento das escolas, fechamento parcial de restaurantes e lojas do comércio, redução nos horários de transporte de ônibus municipal e proibição de grandes reuniões coletivas.

Deste modo, somente os supermercados e farmácias continuaram com atendimento normal mas atentos aos cuidados necessários. Porém, o fechamento do comércio gerou grande impacto na população, a qual solicitou reabertura do mesmo, visto que as pessoas dependem dos seus negócios para sobreviver.

O modo de transmissão do vírus acontece rapidamente, através de gotículas de saliva, espirros, tosse, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, e superfícies contaminadas, exemplo, tocar na superfície contaminada e depois t nos olhos, nariz ou boca. Dessa forma, pode-se adotar medidas para evitar o contato com gotículas respiratórias: higienizar frequentemente as mãos com água e sabão, usar álcool em gel, evitar contato próximo com pessoas doentes, ficar em casa quando estiver doente, cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar, com lenço de papel.

Além disso, destaca-se que é importante fazer o descarte correto dos materiais contaminados, os jogando no lixo, do mesmo modo, evitar tocar os olhos, nariz e boca frequentemente após encostar em superfícies e, ter cuidados em ambientes com aglomeração, proceder uso correto da máscara. Estas são consideradas medidas simples e fáceis de se dotar, entretanto, casos em que não é possível realizar o distanciamento social, as principais barreiras para evitar o contato com as gotículas respiratórias são máscaras e escudos.

Dada a escassez de materiais nos centros de saúde, recomenda-se, para o público em geral, o uso de máscara de tecido, com o intuito de controlar a fonte de transmissão do vírus. Estudos comprovam que, as máscaras caseiras são menos eficazes, quando comparadas às máscaras utilizadas pelos profissionais, entretanto, resultados de testes evidenciam que máscaras de tecido filtram partículas de aerossol do tamanho do vírus, portanto, são uma opção de proteção acessível para a comunidade. Os órgãos de saúde orientam como utilizar as máscaras caseiras, que devem ser lavadas com água e sabão, passa-las com ferro quente após a lavagem e especificam que o tempo de proteção é de até duas horas, após esse período, deve ser substituida.

Além das máscaras, existem os protetores faciais, conhecidos como escudos e, apresentam-se de várias formas. Esses dispositivos criam uma barreira plástica que cobre o rosto, porém, para uma proteção eficaz, o escudo precisa se estender abaixo do queixo até as orelhas, sem folga entre a testa e o capacete do escudo. Os protetores faciais não necessitam de materiais especiais para sua produção, podem ser construídos com materiais simples, encontrados em loja de artesanato ou ainda de material de escritório. Desta maneira, os escudos fornecem várias vantagens, impedem que o usuário toque seu rosto, reutilizáveis e de fácil higiene com álcool ou água e sabão.

A compreensão dessas considerações vai além e requer a colaboração e conscientização de toda a comunidade, com vistas a aderir as medidas de distanciamento social, uso de máscaras, lavagem das mãos com frequência e os cuidados em geral, todos para a criação de uma barreira de transmissão do vírus, com segurança. Em síntese, avalia-se que este é o momento de cada pessoa fazer a sua parte, ou seja, adotar e propagar à comunidade essas ações simples, porém efetivas na redução da contaminação do vírus e os danos dele decorrentes.

Artigo Comentado: Perencevich EN, Diekema DJ, Edmond MB. Movendo equipamentos de proteção individual para a comunidade: escudos e contenção de COVID-19 . JAMA. Publicado online em 29 de abril de 2020. doi: 10.1001 / jama.2020.7477

Bolsistas:

Ana Luiza Pess de Campos

Milena Bernandi De Freitas

Suelen Karine Artmann.

Professora:

Dra Eniva Miladi Fernandes Stummm