Tratamento das doenças inflamatórias intestinais (DII) durante o surto de COVID-19


No comentário publicado recentemente na Nature Reviews Gastroenterology & Hepatology os autores relataram que ainda não conseguiram observar uma relação clara entre as doenças inflamatórias intestinais (DII), como a Doença de Crohn e a Doença Colite Ulcerativa, e as implicações relacionadas ao COVID-19. As regras para pacientes com DII seguem as mesmas que foram divulgadas para toda a população no intuito de minimizar o risco de infecção, isto é, lavar frequentemente as mãos com sabão e água, cobrir a boca e o nariz com um lenço de papel ou sua manga (não com as mãos) ao tossir ou espirrar, evitar contato próximo com qualquer pessoa com gripe e / ou sintomas respiratórios e ficar em casa de preferência isolado, se possível. Entretanto, foi observado que além dessas medidas é necessário um cuidado extra, pois alguns relatórios atuais afirmam que os pacientes podem ter RNA viral presente nas fezes, ou seja, foram encontrados vírus vivos nas fezes coletadas. Portanto, deve-se ter cuidado ao usar banheiros públicos, dadas as implicações para a via potencial de transmissão fecal/oral. Portanto, fica claro que todo cuidado é pouco e devemos alterar nossos hábitos para diminuir as chances de exposição ao vírus. Os tratamentos para pacientes com DII devem seguir normalmente, pois não existe posicionamento oficial em relação a uma pausa nas terapias imunossupressoras, características nesse cenário de tratamento das DII.


Referência:

Danese, S., Cecconi, M. & Spinelli, A. Management of IBD during the COVID-19 outbreak: resetting clinical priorities. Nat Rev Gastroenterol Hepatol (2020). https://doi.org/10.1038/s41575-020-0294-8

https://www.nature.com/articles/s41575-020-0294-8


Prof. Jadson Pereira Alves

Graduado em Educação Física - ULBRA.

Mestre e Doutor em Ciências da Saúde - UFCSPA;

Professor na Universidade Lasalle.