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20/03/07 Comentarios

AEITA Rio Confirmados Presentes Apresentacao Comentarios Fotos Contas

Os comentários que se seguem foram extraídos de e-mails que circularam ou foram enviados sobre o Encontro. Caso queira publicar o seu é só enviar um e-mail para aeita.rio@gmail.com.

Contribuiram: Fernando, Ezequiel, Floriano, Teixeira, Arcifa e Perche. Este último nos mostra que essas palestras tem conteudo que extrapola o momento em que ocorreu.

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De: Perche (T81) 27/08/2007

Parabéns a AEITA Rio!

Saudações iteanas!

Acessei o site motivado pela referência à palestra do Fabiano Pegurier divulgada no Suplemento no.74.

Um site objetivo que me levou até a palestra em 3 clics, sem necessidade de idas e voltas.

Aproveitei e dei uma olhada em todas as palestras disponíveis. Todas de altíssimo nível.

Dei uma navegada no site e conclusão: excelente - coisa digna de iteano.

Parabéns pela clareza, objetividade e conteúdo.

Fica a sugestão para a AEITA em divulgar não apenas o site mas também as palestras, esta última do Luiz Fortes e de interesse geral e particular de toda a comunidade iteana. Algo do tipo "veja a apresentação em http://aeita.rio.googlepages.com/210807Apresentacao.pps".

Grato por permitir "participar" destas palestras de tão longe.

Abraço,

Perche (T81)

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De: Fernando Coelho de Souza (ELE 59)

Fiquei encantado com o papo do Fabiano. Parece que o pessoal do Ita consegue ser objetivo, organizado e com humor adequado.

Versou sobre: REFORMA POLÍTICA X DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO

Evolução dos sistemas políticos

Formação do sistema político brasileiro

Performance do sistema político brasileiro

Desenvolvimento sustentado

Reforma política

Ainda não tinha visto estes assuntos sobre a ótica que deu de forma objetiva, didática e com respostas de bom humor e sagazes. Ótima presença de espírito e um bocado de conhecimento.

Interessante a conclusão do primeiro tópico:

Entre estes dois extremos, existe enorme diversidade de sistemas eleitorais.

Nas democracias mais antigas, não se pode distinguir entre eles diferenças apreciáveis nos resultados políticos, sociais ou econômicos.

A cultura política de cada povo parece ser o principal fator determinante desses resultados.

Ou seja, o fator cultural é determinante em resultados. Cita que a Finlândia tem um sistema eleitoral muito semelhante ao brasileiro e lá funciona.

É fascinante a forma como mostra e dá exemplos práticos desta evolução e que a mudança de sistema político não é garantia de que vai funcionar ou melhorar.

A conclusão do segundo tópico machuca e prefiro reproduzir o que diz:

• O sistema político brasileiro atual é chamado de ‘presidencialismo de coalizão’, caracterizado por:

1) Um presidente forte em relação ao congresso porque é eleito por maioria e pode:

- virtualmente governar por MPs;

- entupir o congresso com projetos de leis e pedidos de urgência;

- propor orçamentos apenas autorizativos que pouco podem ser modificados;

- reter verbas orçamentárias para os estados e municípios; e

- nomear cerca de 20.000 funcionários federais.

2) Um congresso fragmentado, em que nenhum partido tem chegado a mais de 25% do plenário.

3) Um federalismo fraco, devido a:

- uma enorme abrangência da exclusividade legislativa da união; e

- um sistema de arrecadação tributária que deixa os estados e municípios na dependência do governo federal.

4) Um judiciário lento, privilegiado e descontrolado, que facilita a impunidade.

5) Uma Suprema Corte ineficaz como um dos três poderes constitucionais, por excesso de tarefas:

- julgar em última instância todos os processos que envolvem a União; e

- julgar todos os processos contra autoridades federais que têm foro privilegiado.

6) Um sistema eleitoral que:

- com seus grandes distritos eleitorais, encarece as eleições;

- com a lista aberta, deixa aos partidos pouco controle sobre as candidaturas partidárias; e

- permite fácil migração de um partido a outro.

É o que temos e não é o melhor ou, pelo menos, não estamos crescendo tanto quanto gostaríamos comparativamente a outros países.

Olha que espanto a conclusão do terceiro tópico:

• O executivo é raramente derrotado. A taxa de sucesso das iniciativas do presidente tem sido de mais de 70% para as leis ordinárias.

• Em suma, o ‘presidencialismo de coalizão’ brasileiro vem funcionando bastante bem, de forma muito semelhante aos governos parlamentaristas europeus.

• O presidente governa porque busca formar uma maioria substancial em seu apoio no congresso. Os partidos da coalizão o apóiam porque participam do ministério e das decisões do governo.

Ou seja, o sistema político brasileiro funciona e bem! Espanto meu.

O enrosco parece estar na constituição que é ruim, a despeito de algumas coisas certas.

No desenvolvimento sustentado finaliza dizendo que:

• Na década de 1990, a política antiinflacionária e a absorção de ‘esqueletos’ do passado elevou a dívida pública a níveis insustentáveis.

• Para que o estado recupere sua capacidade de investimento, é inevitável reduzir os gastos correntes e melhorar a gestão pública suficientemente para reduzir a dívida pública e assim baixar os juros.

• Aqui entra a necessidade de reformas políticas.

A última parte é o seu sonho.

O Carlos Henrique Moreira, de forma objetiva e realista, colocou que era sonho e longe da realidade o que o Fabiano propõe como reforma política. Afirma que a carga tributária e a reforma da previdência são os pontos chaves. Há debates e contra argumentos. Prefiro a posição do Fabiano, do sonho, ao invés da “objetividade” do Carlos Henrique. Fabiano concorda e aceita muitas das suas ponderações. Preferia o sonho.

Saímos lá por volta das 9 horas, alegres, sentindo que aprendera muito.

Compareceram alguns da velha guarda que não via há muito. Tivemos um convidado da COPPE e outro do IME.

O Fabiano visivelmente gostou de rever pessoal de sua época, os de 58 e 59 e o Elvé que creio ser da turma de 56 (Nota do editor... o Elvé é da T57) .

Alguns se comportaram de forma muito pouco cortes: batiam na minha barriga e comentavam que engordei! Mas que gente sem graça: a realidade conheço e transporto o tancão (barriga) em meus 95 quilos. No ITA pesava coisa de 70 quilos.

Debates outros apareceram, opiniões veementes. Diria que falavam da nota e a música fora exposta e não muito contestada.

O Bar Lagoa nos recepcionou bem: chopp e um kasler defumado fizeram minha barriga crescer mais ainda.

Compareçam, apóiem e divulguem.

A sala da FGV, ótima e tivemos acesso a ela graças ao empenho do Puppin, que lá trabalha (Nota do Editor.. A apresentação está no link "Apresentação" acima) .

A apresentação do Fabiano está disponível a quem quiser. Está com o Carlos Teixeira.

Quem não foi perdeu. Foi excepcional. Parabéns ao Carlos Roberto Teixeira e Floriano Salvaterra que carregam a AEITA Rio nos ombros.

Ao Fabiano o meu muito obrigado.

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De Ezequiel Dias (T64)...

Mais uma vez parabéns pela iniciativa.

Tivemos novamente uma palestra de excelente qualidade dada por um especialista com muito conteúdo e vivência, com uma platéia interessada, participativa e também com muita vivência.

Transmita ao Pegurier meus cumprimentos.

Um abraço, Ezequiel

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De Floriano (T93)...

Caro Pegurier,

Gostaria de externar meus agradecimentos pela fabulosa palestra ministrada na FGV.

Fica aqui a minha sincera admiração pelo seu trabalho realizado na consolidação de um histórico bem estruturado, com dados estatísticos, até os dias atuais do sistema político mundial e em especial do Brasileiro, bem como pela apresentação de sugestões de solução para os problemas identificados.

Finalmente, devo admitir que foram quebrados vários paradigas meus a respeito das funções e forças do Estado, do Congresso, dos Estados e dos Municípios.

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De Carlos Teixeira (T74)...

Estimado Pegurier,

Mais uma vez gostaria de agradecer-lhe por sua disposição em ter apresentado esses dois temas, sistema político & desevolvimento, tão chaves para nosso país.

Estarei publicando a apresentação no site da AEITA Rio, em seguida. Muito obrigado!

Eu, particularmente, gostei da forma com que apresentou indo da história aos diversos sistemas políticos e surpreendendo-me com o que se poderia esperar a partir de nosso atual sistema político contrastando-o com a realidade.

Desta parte fica para mim a conclusão que o sistema político pode melhorar, mas existem coisas que não mudarão sem uma profunda mudança cultural.

A propósito disto, o próximo Encontro será com a Selma Paschini, que trabalhou com o Musa (Rhodia).

Ela é VP de RH da Shell na América Latina e irá falar do processo de transformação cultural em uma empresa.

Quem sabe sai alguma dica para nós aplicarmos no escopo de país.

Com relação a fidelidade partidária, eu era um defensor natural, mas depois de conversar com um amigo do Fernando Coelho, o Sérgio Moura, acabei mudando de posição devido principalmente ao fato de que, no Brasl atual, os partidos não tem ideologias ou plataformas importantes para que o eleitor comum possa se identificar com elas, mas, creio, a maioria dos eleitores voltam em candidatos, pessoas e não nos partidos.

Na questão do desenvolvimento, vc ressaltou com muita propriedade a carga tributária x investimento na época do "milagre economico" (22-25% x 5-7% do PIB) e o que temos agora (39% x ~0 % do PIB).

Daí penso que a prioridade deveria se iniciar com o bom uso desses recursos (aumentando a eficiência e reduzindo a corrupção) seguido de uma natural e gradativa redução de impostos (incluindo aí uma reforma tributária que simplificasse este cipoal de leis tributárias). Neste caminho os juros e a dívida pública cairiam naturalmente.

Mas, essas são posições pessoais que não invalidam sua apreciação de forma nenhuma.

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De Arcifa (T90)...

Teixeira,Obrigado não só pela foto, mas como registrar minha amizade com essa grande mente que é o André Zabludowski (T69).

(Nota do Editor... A outra coisa boa nesses Encontros é conhecer iteanos de outras turmas não contemporâneas ).