170505parte1
17/05/05 parte 1
1. A relevância de TI para o desenvolvimento sustentado
Para qualquer país ingressar na Sociedade do Conhecimento, é necessário antes de tudo que sua sociedade tenha consciência das mudanças, das oportunidades e dos desafios dessa nova Era.
Infelizmente ainda há muitos que acreditam ser a Sociedade do Conhecimento um tema para cientistas e futurólogos, quando na verdade é uma questão estratégica, vital, capaz de moldar para melhor ou pior o futuro do Brasil, pois é capilar e abrangente, influenciando pesadamente tanto o econômico quanto o social. Além disso, é inexorável como critério de prosperidade no mundo de hoje e de amanhã: fazer o Brasil realmente ingressar ou não na Era do Conhecimento é fazer com que sua Sociedade tenha esperança de ser mais próspera, igualitária e soberana quanto aos seus anseios – ou resignar-se à mediocridade sem soberania nem capacidade de escolher seu destino.
Não há nessas afirmações Messianismo ou Catastrofismo: há realidade. Quando combinamos as possibilidades da digitalização dos registros com a universalização do acesso, quando vivemos a banalização da “cobertura ao-vivo e a-cores”, quando chegam a nanotecnologia e os circuitos hiper-miniaturizados, é impossível negar os efeitos econômicos e sociais dessas tecnologias digitais convergentes, hoje grupadas sob a sigla TIC - Tecnologia da Informação e Telecomunicações (ou ITCs em inglês).
O ciclo analógico / digital / virtual / móvel / pessoal caminha inexoravelmente para transformar a sociedade como a conhecemos hoje.
Não há cadeias produtivas que não dependam pesadamente da Tecnologia da Informação, e em algumas é até impossível viver sem ela. Enumerar exemplos seria infindável, mas só para citar alguns aqui no Brasil:
• Agronegócio (bois com “chips” de rastreamento)
• Indústria Automotiva (redes de distribuidores totalmente “paperless”)
• Varejo em geral (cadeias de suprimento e distribuição)
• Finanças (da sofisticação nas aplicações via Internet às transferências instantâneas)
Para não omitir o óbvio, TI hoje é também indispensável para os Governos, e o E-Government, mesmo que ainda incipiente e irregular, está presente em todas as agendas, desde as eleições eletrônicas até o imposto de renda pessoal.