¬ Como reajo ao convite do Salmo para louvar a Deus e a sua lealdade infalível? É um desafio, uma alegria?

¬ Que luz lança sobre a minha vida a história contada pelo Salmo, sobre o mundo de hoje, sobre a vida da Igreja?

¬ Qual é a pedra angular da minha vida?

¬ Peçamos por aqueles que começam a conhecer a Cristo: Que o Senhor os confirme no seu caminho. Oremos ao Senhor.

Coro - Oremos ao Senhor

¬ Pelas crianças, por aqueles que as acolhem e as despertam para a fé, oremos ao Senhor.

Coro - Oremos ao Senhor

¬ Pelos doentes e por aqueles que terminam as suas vidas no isolamento: Que o Senhor lhes dê a força de que precisam. Oremos ao Senhor.

Coro - Oremos ao Senhor

¬ Peçamos por aqueles que estão condenados à prisão ou ao exílio: Que o Senhor sustente a sua esperança. Oremos ao Senhor.

Coro - Oremos ao Senhor

¬ Para que o fogo do teu Espírito renove o nosso entusiasmo e nos torne acolhedores para com aqueles que não te conhecem. Senhor, ouve a nossa oração.

Coro - Oremos ao Senhor

¬ Pedimos-te, Senhor, pela tua Igreja, para que ela se renove na mesa da tua Palavra e da tua Eucaristia.

Coro - Oremos ao Senhor

¬ ESPAÇO PARA A TUA PRECE PESSOAL EM SILÊNCIO..

Coro - Oremos ao Senhor

Pai Nosso que estais no céu,

santificado seja o vosso nome,

vem a nós o vosso reino,

seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu.

O pão nosso de cada dia nos daí hoje,

perdoai-nos as nossas ofensas,

assim como nós perdoamos

a quem nos tem ofendido,

não nos deixei cair em tentação

mas livrai-nos do mal.

«Louvai o Senhor, porque Ele é bom», dizem as primeiras palavras do Salmo 118, «o seu amor é eterno». O salmista continua: Que o digam os israelitas, os crentes no Senhor «O seu amor é eterno.». Que também a casa de Arão, aqueles que presidiram a liturgia no templo na época, louvem o Senhor. E aqueles que temem a Deus, que se aproximaram do povo de Deus, também eles louvem a Deus com aclamação. À medida que aprofundamos esta oração rica e envolvente, há uma imagem que se começa a formar na nossa mente: uma grande multidão reunida para orar no templo, para celebrar e renovar a sua ligação com Deus.

Deus tem sido bom, profundamente bom, diz o salmista. O amor inabalável de Deus, hesed em hebraico, significa a lealdade e a devoção inabaláveis de Deus, que provou ser maior do que aquilo que nos ameaçava. «Na minha angústia clamei ao Senhor e o Senhor escutou-me e pôs-me a salvo.

«Cercaram-me como um enxame de vespas; a sua fúria crepitava como um fogo entre espinhos, mas eu derrotei-os pelo poder do Senhor. Empurraram-me com violência para eu cair, mas o Senhor veio em meu auxílio.» Os sentimentos expressos são tão diretos, tão coloridos que o leitor certamente precisará de tempo para assimilá-los. Qual é a experiência descrita no salmo? Relaciona-se com a nossa vida? Se sim, como?

À medida que o salmo se continua a desenrolar, intensifica-se a linguagem, como se os acontecimentos narrados estivessem bem vivos, levando o salmista para longe como uma onda que rompe. Os termos usados sugerem uma batalha. Deus é meu defensor, «está comigo». Deus é refúgio, melhor do que os mortais, melhor do que príncipes, os protetores habituais de um povo no mundo antigo. A partir do versículo 10, a perspetiva, ainda que pessoal, (o salmista fala na primeira pessoa), torna-se explicitamente coletiva. São «muitos os povos» que agora cercam o salmista. «Rodearam-me por todos os lados», ele torna-se num povo cercado por inimigos beligerantes, por um enxame de abelhas, e ardendo como fogo. Quem está em perigo é a nação, sem apoio e a sós. Uma espécie de pânico apodera-se do salmista, que acaba por entrar na briga. Por três vezes, ele repele os agressores. Finalmente, a tensão diminui. «O Senhor dá-me forças, ele é o meu salvador!», diz o salmista. A ajuda de Deus provou ser decisiva. A exuberância e a sensação de alívio assemelham-se a outros cânticos de vitória na Bíblia (por exemplo: Êxodo 15,2 e seguintes), mas no versículo 18 a alegria é acompanhada por uma importante compreensão. De certa forma, observa o salmista, somos responsáveis pela nossa situação, porque nos tínhamos esquecido de Deus e dos seus caminhos. Mas Deus não se esqueceu.

No versículo 19 existe uma mudança. A narrativa da luta dá lugar à celebração sem reservas. Começa uma procissão litúrgica: «Abram-me as portas do templo, que eu quero entrar para dar graças ao Senhor!»

Outra constatação vem nas últimas linhas do salmo. Ao passar pelas portas, contemplando as maravilhas do templo e sua arquitetura, o salmista parece ainda ponderar sobre o que aconteceu e no que faz agora o povo. O que torna isso possível? Deus certamente. Mas também uma experiência muito particular. O salmista parece notar as pedras e faz uma comparação surpreendente entre a situação de seu povo e de como as pedras do templo se mantêm unidas. O espaço amplo e belo da nossa vida é como o do templo, não se sustenta pela sua grandeza, mas por uma única pedra, que passa facilmente despercebida e é negligenciada: a pedra angular. É ela quem mantém todo o edifício no lugar. Qual é esta pedra angular? É a experiência daquele que estava sozinho, para todos os efeitos, abandonado e esquecido, mas a quem Deus viu, amou e salvou.

Quando os primeiros cristãos releram o Salmo 118, ficaram impressionados e viram na imagem da pedra rejeitada pelos construtores, um reflexo de Cristo e de todos os que nele confiam (ver Lucas 20,17; Atos 4,11; 1 P 2,7). Enquanto a lemos hoje, rezemos para que esta oração continue a falar connosco.

Deus nosso Pai, tu nunca deixas de procurar quem se afastou de ti.

E, pelo perdão, colocas no nosso dedo o anel do filho pródigo, o anel de festa.