“Foto que se Ouve”, de Jônatas (RS)

Há fotos que se prestarmos atenção, podemos ouvi-las!

Em uma orquestra, em um silêncio total, conseguimos escutar o movimento que o maestro faz com sua varinha, apontando que o Oboé pode tocar a nota Lá (que é a nota que afina o restante da orquestra), em seguida, ouvimos o restante da orquestra tocando em harmonia a nota Lá.

Após isso, o maestro se vira novamente, avisando para a plateia qual obra musical será tocada. Ele se vira novamente e o grande espetáculo começa. Músicos e Musicistas tocando em uma grande harmonia musical, que emociona a plateia, gerando uma emoção tão forte que com o tocar de um solo de flauta, faz até o homem mais bruto chorar.

Com o passar das obras, vemos cada instrumento tendo um destaque especial, em alguns vemos as flautas tendo o brilho de tocar uma alta aguda e ser o destaque dentre os outros, como em outras obras vemos os violoncelos ressoar as mais belas notas, tendo uma mistura de grave e agudo, deixando o público perplexo com tanta emoção e intensidade.

Finalizado as obras, o público pede BIS, e os músicos que anos se dedicaram para esse momento, sentem-se gratos, pelo esforço incansável.

A última nota é soada, os músicos param por poucos segundos, o maestro se vira, e o público explode em aplausos ensurdecedores, expressando sua gratidão pelo espetáculo memorável.

JÔNATAS

Meu nome é Jônatas, sou fotógrafo de Caxias do Sul, e estou constantemente fotografando o que eu sempre sonhava quando menor... Quando eu era criança, eu via nas orquestras, os fotógrafos fotografando o espetáculo, e eu sempre pensava "um dia serei eu no lugar deles".

Como eu também sou músico, eu sempre pensava isso, ou vou estar me apresentando, ou vou estar atrás das câmeras, capturando os mais belos momentos do espetáculo. E eu consegui. Me voluntariei para tirar fotos de uma orquestra, com medo pois não sabia se conseguiria, mas foi a melhor decisão que eu fiz. Eles aceitaram, e foi incrível.

E foi aí que eu percebi, que meu lugar era atrás das câmeras, pois atrás dela eu poderia fragmentar em uma foto todos os instrumentos, e não apenas um instrumento! Então aquela dúvida de criança de onde eu estaria, no palco ou nas câmeras, não havia mais, pois eu sabia que tinha encontrado o meu lugar.

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