Dedico esta páginas de palavras ricas de sentimento, as pessoas que me apoiaram e me ergueram a mão quando eu mais precisava.
O suicídio pode advir de causas como depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, alcoolismo e abuso de drogas, que podem ter ou não relação com dificuldades financeiras e/ou emocionais.
O suicídio consiste na intenção de matar a si mesmo, sendo que perturbações mentais como a depressão, a ansiedade, a bipolaridade, a esquizofrenia, a síndrome do pânico ou o abuso de álcool e/ou drogas podem ser os principais fatores de risco. É estimado que 90% dos suicídios podem ser evitados, caso haja preparação na oferta de ajuda.
O grupo com maior risco de cometer suicídio no Brasil são homens com idade entre 15 e 34 anos de idade. Para cada homem que se suicida, há três mulheres que tentaram e não conseguiram. Esse panorama acontece devido ao fato dos homens utilizarem métodos mais diretos (como o uso de armas de fogo, por exemplo). Já as mulheres recorrem a métodos mais indolores, como a ingestão de remédios.
▪ Alarme
Ao contrário do que se fala, o suicida expressa, sim, sua vontade de morrer. Isso pode acontecer em conversas ou publicações em redes sociais. Este é um sinal e não deve ser tratado apenas como uma forma de chamar a atenção.
▪ Mudança
Devido a algum tipo de desequilíbrio químico no cérebro, o suicida muda de humor em questão de segundos.
▪ Depressão
A depressão está diretamente ligada ao suicídio. Inclusive, cerca de 15% dos pacientes severamente deprimidos conseguem tirar a própria vida.
▪ Abuso de drogas
Um potencial suicida recorre ao uso indiscriminado de álcool ou outras drogas psicoativas.
▪ Teatro
Pacientes em estado grave tendem a burlar os cuidados das clínicas em que estão sendo tratados. Assim, quando retornam para casa cometem suicídio. Por isso, melhoras repentinas devem ser encaradas com atenção.
Fala:
Se a pessoa fala:
Que se sente um fardo
Que se sente sufocada/presa
Que está passando por uma dor insuportável
Que não tem razão para viver - Em se matar
Humor Pessoas que estão considerando o suicídio geralmente apresentam um ou mais dos seguintes estados:
Depressão
Perda de interesse
Raiva
Irritabilidade
Humilhação
Comportamento
Fique alerta para ações como:
Aumento do uso de álcool ou drogas
Procura por uma forma de se matar, como buscas on-line para materiais e e instruções imprudentes
Abandono de atividades
Isolamento da família e dos amigos
Dormir muito ou muito pouco
Visitar ou ligar para conhecidos para se despedir
Doar bens valiosos
Agressões
▪ Doenças mentais
Doenças como transtorno de ansiedade, doença bipolar, esquizofrenia ou depressão são as causas mais comuns de suicídio.
▪ Trauma
Experiências traumáticas podem levar uma pessoa ao sentimento de desamparo, culpa ou vergonha. Os mais comuns são abusos físicos e/ou sexuais.
Traumas podem causar transtornos de estresse pós-traumático levando o indivíduo ao suicídio.
▪ Bullying
Muitas pessoas que passam por bullying durante o período de crescimento ou escolar podem sofrer efeitos profundos sobre as vítimas, levando-as à depressão, uma vez que se sentem sem valor e sem esperança de mudar a situação em que vivem.
▪ Transtornos de personalidade
O transtorno de personalidade pode gerar problemas em relacionamentos, manutenção de emprego estável e/ou dificuldade para lidar com a vida. Assim, para se livrar desses ciclos a pessoa pode tentar se suicidar com o intuito de fugir dessas circunstâncias.
▪ Desemprego
O desemprego pode levar a sensação de isolamento e vazio interior, o que pode gerar o sentimento de que a pessoa não possui um propósito de vida. Também, pode haver depressão devido à falta de renda.
▪ Isolamento social ou solidão
O isolamento social pode prejudicar a saúde mental, uma vez que socializar e interagir com outras pessoas é uma necessidade humana básica.
Tal quadro pode levar à depressão e, consequentemente, a pensamentos suicidas.
A solidão é um sentimento geral de tristeza que faz com que a pessoa se sinta desconectada dos outros e sozinha.
▪ Dor crônica
Uma dor diária que persiste por três a seis meses pode ser considerada uma dor crônica. Se ela prejudica a mobilidade, realização de tarefas e a saúde mental, por exemplo, pode haver uma tentativa de fuga desse desconforto diário levando ao suicídio.
A tentativa de suicídio é uma emergência psiquiátrica, ou seja, aponta risco significativo de morte ou injúria grave para o paciente.
Devem ser objetivos da avaliação do paciente:
1) Quais eram as intenções do paciente ao tentar se matar?
· O ato foi planejado ou impulsivo?
· O paciente tomou precauções para não ser encontrado após a tentativa?
· O paciente procurou ajuda após a tentativa?
· O método foi realmente perigoso?
· O paciente deixou alguma mensagem para as outras pessoas?
2) O paciente continua com ideação suicida após a tentativa?
3) Quais são os problemas atuais do paciente que poderiam ter desencadeado a tentativa?
4) Existe algum diagnóstico psiquiátrico associado?
5) Quais são os recursos do paciente?
Investigação do risco de suicídio
Após ouvir o paciente e entender suas motivações é necessário executar a escuta clínica com julgamento clínico. Depois, deve-se fazer o manejo, lembrando que a abordagem verbal pode ser tão ou mais importante que a medicação. Em seguida, é preciso identificar e tratar transtornos psiquiátricos presentes.
O passo seguinte é investigar se o paciente tem risco de se suicidar. Tal investigação deve ser feita com cautela e de forma gradual. Assim, o profissional deve dividi-la em perguntas que serão dirigidas a todos os pacientes e perguntas que serão feitas a apenas para aqueles indivíduos que responderam às três perguntas iniciais que sugerem, pelas respostas, um risco de suicídio.
Logo, são seis perguntas fundamentais em cada consulta, sendo três delas para todos os pacientes:
1. Você tem planos para o futuro? (a resposta do paciente com risco de suicídio é não)
2. A vida vale a pena ser vivida? (a resposta do paciente com risco de suicídio novamente é não)
3. Se a morte viesse, ela seria bem-vinda? (a resposta será sim para aqueles que querem morrer)
Se o paciente respondeu às perguntas acima de modo indicativo ao suicídio, o profissional de saúde deverá fazer estas perguntas:
4. Você está pensando em se machucar/se ferir/fazer mal a você/em morrer?
5. Você tem algum plano específico para morrer/se matar/tirar sua vida?
6. Você fez alguma tentativa de suicídio recentemente?
Em seguida, questões adicionais poderão ser feitas a fim de avaliar a frequência e severidade da ideação, possibilidade real de suicídio, se há algum plano suicida e se há meios praticá-lo, conforme as sugestões a seguir:
- Há meios acessíveis para cometer suicídio? (armas, andar onde mora, remédios ou inseticidas)
- Qual a letalidade do plano e a concepção da letalidade pelo paciente?
- Qual a probabilidade de resgate/como foi o resgate?
- Alguma preparação foi feita? (carta, testamento ou acúmulo de comprimidos)
- Quão próximo o paciente esteve de completar o suicídio? O paciente praticou anteriormente o ato suicida ou já tentou?
- O paciente tem habilidade de controlar seus impulsos?
- Há fatores estressantes recentes que tenham piorado as habilidades de lidar com as dificuldades ou de participar no plano de tratamento?
- Há fatores protetores? Quais os motivos para o paciente se manter vivo? Qual a visão do paciente sobre o futuro?
Se há risco iminente, deve haver hospitalização ou algum outro tipo de proteção.
Indicação de tratamento medicamentoso de urgência:
Quando o paciente está ansioso ou insone: benzodiazepínico.
Diazepam 5 a 10 mg , de 1 a 3 vezes ao dia (via oral)
Clonazepam, 0.5 a 2 mg. de 1 a 3 vezes ao dia (via oral)
Sedação em Emergência
Principais objetivos:
Reduzir a resistência à ventilação mecânica
Tratamento de distúrbios psiquiátricos ou síndromes de abstinência de substâncias psicoativas
Redução da ansiedade
Indução do coma para reduzir necessidades metabólicas
Vale dizer que os antidepressivos não trazem benefícios imediatos.
Quando se fala em prevenção no setor da saúde há uma referência que preconiza continuidade nos cuidados e abordagem dos indivíduos.
Prevenção Universal
É aquela voltada para a população em geral e, assim, não há prévia análise do grau de risco individual. Toda a população é considerada como tendo o mesmo nível de risco de cometer suicídio podendo se beneficiar de maneira igual dos programas de prevenção.
Prevenção Seletiva
É voltada para subgrupos ou segmentos da população geral com características específicas identificadas como de risco para a tentativa de suicídio. O risco é avaliado em função dos fatores que o grupo apresenta em relação a possíveis tentativas e, assim, não há avaliação do grau de risco individual. Os programas deste tipo são de média ou longa duração.
Prevenção Indicada
É voltada para pessoas que apresentam comportamentos de risco, ou seja, que possuem tentativas registradas de suicídio ou comportamentos graves. Neste caso há uma avaliação do nível de risco individual. Os programas deste tipo de prevenção são de longa duração.
Os transtornos mentais possuem a seguinte ordem decrescente de risco relacionada à possibilidade de suicídio:
- Depressão (todas as formas);
- Transtorno de personalidade (antissocial e borderline com traços de impulsividade, agressividade e frequentes alterações do humor);
- Alcoolismo (e/ou abuso de substância em adolescentes);
- Esquizofrenia;
- Transtorno mental orgânico.
Depressão
Se sentir deprimido, triste, solitário e instável é considerado normal, porém quando esses sentimentos são persistentes e interferem no cotidiano da pessoa, pode-se dizer que há um transtorno depressivo.
São sintomas da depressão:
▪ Sentimento de tristeza durante a maior parte do dia, todos os dias;
▪ Perda de interesse em atividades rotineiras;
▪ Perda de peso ou ganho de peso;
▪ Dormir em excesso ou muito pouco e/ou acordar muito cedo;
▪ Sentimento de cansaço e fraqueza o tempo todo;
▪ Sentimento de que é inútil, de culpa e falta de esperança;
▪ Irritação contínua;
▪ Dificuldade de concentração, de tomar decisões ou de se lembrar das coisas;
▪ Pensamentos frequentes de morte e suicídio.
Motivos pelos quais a depressão é ignorada:
▪ Há constrangimento em assumir que se está deprimido, pois a pessoa pode ver os sintomas como um "sinal de fraqueza";
▪ A familiaridade com os sentimentos comuns à depressão impede com que as pessoas a reconheçam;
▪ É mais difícil diagnosticar a depressão quando a pessoa apresenta uma doença física;
▪ Pacientes com depressão podem apresentar-se com uma ampla variedade de dores e queixas vagas.
ALGUMAS DAS CAUSAS E SINAIS DADEPRESÃO
CAUSAS: SINAIS:
Problemas de saúde Pensamentos ruins persistentes
Questão familiares e financeiros Falta de interesse e de prazer nas suas atividades
Eventos estressantes/traumas Alteração de peso não intencional
Fatores físicos Dormir muito ou dificuldade para dormir
uso de álcool e drogas Dificuldade de concentração/pensamentos suicidas
Alcoolismo
Aproximadamente 1/3 dos casos de suicídio estão ligados à dependência alcoólica. Inclusive, muitas pessoas se matam sob a influência do álcool.
As características de quem comete suicídio possuindo relação com o alcoolismo são as seguintes:
▪ Início do consumo de álcool em idade bastante jovem;
▪ Vem consumindo álcool por um longo período;
▪ Bebe em grandes quantidades;
▪ Tem uma saúde física precária;
▪ Sente-se deprimida;
▪ Tem vida pessoal perturbada e caótica;
▪ Sofreu uma grande perda interpessoal recente;
▪ Possui um desempenho limitado no trabalho.
Esquizofrenia
Cerca de 10% dos esquizofrênicos cometem suicídio. A doença é caracterizada por distúrbios na fala, pensamento, audição ou visão, higiene pessoal e comportamento social.
As chances de suicídio entre esquizofrênicos aumentam se eles:
▪ São jovens, solteiros e homens desempregados;
▪ Estão nos estágios iniciais da doença;
▪ Encontram-se deprimidos;
▪ São propensos a recaídas frequentes;
▪ São altamente instruídos;
▪ São paranoicos (cismados).
Dessa forma, pacientes com esquizofrenia são mais propensos à tentativa de suicídio nos seguintes períodos:
▪ No início da doença, quando estão confusos e/ou perplexos;
▪ No início da recuperação, quando externamente seus sintomas estão melhores mas internamente eles sentem-se vulneráveis;
▪ No início de uma recaída, quando achavam que tinham superado o problema, mas os sintomas retornaram;
▪ Logo que recebem alta hospitalar.
Doenças físicas também podem ter relação com as tentativas de suicídio.
Doenças Neurológicas
▪ Epilepsia
O comportamento suicida em pacientes com epilepsia pode se agravar diante da impulsividade crescente, agressividade e incapacidade física crônica, assim como o alcoolismo e o abuso de drogas também podem contribuir.
O estado mental de pessoas que intencionam tirar a própria vida possui três características: a ambivalência, a impulsividade e a rigidez.
Ambivalência
Grande parte das pessoas já tiveram sentimentos confusos em relação ao suicídio.
Há uma concomitância entre o desejo de morrer e o de viver na mente dos suicidas, uma vez que há urgência tanto em sair da dor de viver quanto do desejo de viver. Ou seja, nem todas os suicidas querem de fato morrer. Por isso, o apoio emocional é crucial para evitar que a pessoa conclua a tentativa.
Impulsividade
O suicídio pode ser caracterizado como um ato impulsivo, logo esse impulso é transitório, podendo durar alguns minutos ou algumas horas.
O que desencadeia o impulso são os fatos negativos do cotidiano.
Ao conseguir acalmar essa crise e ganhar tempo, o profissional pode reduzir o desejo do suicida de executar o ato.
Rigidez
Os pensamentos, sentimentos e ações dos suicidas são constritos. Ou seja, eles pensam nisso o tempo todo sendo incapazes de enxergar outras maneiras de sair do problema. Elas pensam rígida e drasticamente.
O contato inicial com quem está pensando em se matar é muito importante. São os três primeiros passos cruciais:
1) O profissional deve encontrar um lugar adequado para se ter uma conversa tranquila e com privacidade razoável.
2) Em seguida, o profissional deve separar o tempo que for necessário.
3) O terceiro passo é a escuta efetiva.
Essa comunicação tem por objetivo preencher uma lacuna criada na mente do suicida, a qual contém desconfiança, desespero e perda de esperança.
Como deve ser a comunicação
• Ouvir atentamente, mantendo a calma.
• Ter empatia pelos sentimentos da pessoa.
• Dar mensagens não-verbais de aceitação e respeito.
• Expressar respeito pelas opiniões e valores da pessoa.
• Conversar honestamente e com autenticidade.
• Mostrar sua preocupação, cuidado e afeição.
• Focalizar nos sentimentos da pessoa.
Como não deve ser a comunicação
• Interromper de forma frequente.
• Demonstrar choque ou muita emoção.
• Dizer que você está ocupado.
• Tratar o paciente de maneira que o coloca numa posição de inferioridade.
• Fazer comentários invasivos e pouco claros.
• Fazer perguntas indiscretas.
Sinais
É possível identificar que uma pessoa pretende se suicidar a partir de sinais presentes em sua história de vida e no comportamento. São eles:
1. Comportamento retraído e inabilidade para se relacionar com a família e
amigos
2. Doença psiquiátrica
3. Alcoolismo
4. Ansiedade ou pânico
5. Mudança na personalidade, irritabilidade, pessimismo, depressão ou apatia
6. Mudança no hábito alimentar e de sono
7. Tentativa de suicídio anterior
8. Odiar-se, sentimento de culpa, de se sentir sem valor ou com vergonha
9. Uma perda recente importante, como morte, divórcio, separação, entre outras
10. Histórico familiar de suicídio
11. Desejo súbito de concluir os afazeres pessoais, organizar documentos, escrever um testamento, entre outros
12. Sentimentos de solidão, impotência e desesperança
13. Cartas de despedida
14. Doença física
15. Menção repetida de morte ou suicídio
Se a equipe de saúde detectar um desses sinais, os seguintes aspectos deverão ser avaliados:
- Estado mental atual e pensamentos sobre morte e suicídio;
- Plano suicida atual (o quanto a pessoa está preparada e quão cedo o ato está para ser realizado;
- Sistema de apoio social da pessoa (família, amigos, entre outros).
Por mais estranho que possa parecer, a melhor maneira de descobrir se a pessoa intenciona se suicidar é perguntando para ela se isso passa pela sua cabeça.
Isso pode ser feito de forma gradual, como:
Você se sente triste?
Você sente que ninguém se preocupa com você?
Você sente que a vida não vale mais a pena ser vivida?
Você sente como se estivesse cometendo suicídio?
Pergunte quando:
A pessoa tiver o sentimento de estar sendo compreendida;
A pessoa estiver confortável falando sobre seus sentimentos;
A pessoa estiver falando sobre sentimentos negativos de solidão, desamparo, entre outros.
O que perguntar?
1. Descobrir se a pessoa tem um plano definido para cometer suicídio:
• Você fez algum plano para acabar com sua vida?
• Você tem uma ideia de como você vai fazê-lo?
2. Descobrir se a pessoa tem os meios para se matar:
• Você tem pílulas, uma arma, inseticida ou outros meios?
• Os meios estão facilmente disponíveis para você?
3. Descobrir se a pessoa fixou uma data:
• Você decidiu quando você planeja acabar com sua vida?
• Quando você está planejando fazê-lo?
Como lidar em cada caso:
▪ Baixo risco
É quando o paciente teve alguns pensamentos suicidas como “Eu não consigo continuar” e “Eu gostaria de estar morto”, mas não fez nenhum plano.
Tomadas de ações necessárias:
• Oferecer apoio emocional.
• Trabalhar sobre os sentimentos do paciente. Quanto mais abertamente a pessoa fala sobre perda, isolamento e desvalorização, menos turbulentas suas emoções se tornam. Quando a turbulência emocional cede, a pessoa pode se tornar reflexiva. Este processo de reflexão é crucial, pois somente o indivíduo pode revogar a decisão de morrer e tomar a decisão de viver.
• Focalize na força positiva da pessoa, fazendo-a falar como problemas anteriores foram resolvidos sem recorrer ao suicídio.
• Encaminhe a pessoa para um profissional de saúde mental ou a um médico.
• Encontre-a em intervalos regulares e mantenha contato externo.
▪ Médio risco
O paciente já apresenta pensamentos e planos, porém estes não são imediatos.
Tomadas de ações necessárias:
• Ofereça apoio emocional, trabalhe com os sentimentos suicidas da pessoa e focalize em forças positivas.
• O profissional da saúde deve focalizar na ambivalência sentida pela pessoa suicida, entre viver e morrer, até que gradualmente o desejo de viver se fortaleça.
• O profissional da saúde deve tentar explorar as várias alternativas ao suicídio, até aquelas que podem não ser soluções ideais, na esperança de que a pessoa vá considerar ao menos uma delas.
• Faça um contrato por um período específico. Extraia uma promessa do indivíduo suicida de que ele ou ela não vai cometer suicídio sem antes se comunicar com a equipe de saúde.
• Encaminhe a pessoa a um psiquiatra ou médico e marque uma consulta o mais breve possível.
• Entre em contato com a família, amigos e colegas e reforce sua rede de apoio.
▪ Alto risco
O paciente tem um plano definido, assim como os meios. Planeja realizá-lo imediatamente.
Tomadas de ações necessárias:
• Nunca deixar a pessoa sozinha.
• Falar gentilmente com a pessoa e remover as pílulas, facas, armas, inseticidas, entre outros meios do alcance dela.
• Fazer um contrato como especificado acima.
• Entrar em contato com um profissional da saúde mental ou médico imediatamente e providenciar uma ambulância e hospitalização.
• Informar a família e reafirmar seu apoio.
Quando encaminhar a pessoa com risco de suicídio?
• Quando o paciente apresentar doença psiquiátrica;
• Quando houver histórico de tentativa de suicídio;
• Quando houver histórico familiar de suicídio, alcoolismo ou doença mental;
• Quando o paciente apresentar doença física;
• Quando o paciente não tiver nenhum apoio social.
Como deve ser esse encaminhamento?
• O profissional de saúde deverá separar tempo suficiente para explicar ao paciente a razão do encaminhamento.
• Uma consulta deverá ser marcada.
• O profissional de saúde deverá esclarecer que o encaminhamento não significa que ele está lavando as mãos em relação ao problema.
• O profissional de saúde deverá ver a pessoa após a consulta.
• O profissional de saúde deverá manter contato periódico.
Fontes de apoio do paciente
• Família;
• Amigos;
• Colegas;
• Clérigo;
• Centros de crise;
• Profissionais de saúde.
No Brasil, o serviço gratuito de apoio às pessoas que intencionam cometer suicídio é o Centro de Valorização da Vida (CVV).
Tal serviço garante sigilo e anonimato para as pessoas que procuram atendimento. Este pode ser feito das seguintes formas:
▪ Ligação gratuita
Os voluntários do CVV atendem pelos números 188 ou 141 (nos estados Bahia, Maranhão, Pará e Paraná).
▪ Internet
Há duas formas de atendimento pela Internet. A primeira é o chat, que se encontra no site https://www.cvv.org.br/. Ele funciona todos os dias, nos seguintes horários: aos domingos, das 17h às 1h; às segundas-feiras, das 9h às 0h; às terças, quartas e quintas-feiras, das 9h às 1h; às sextas-feiras, das 15h às 1h; e aos sábados, das 16h às 23h.
A outra opção é enviar uma mensagem ao CVV através do link https://www.cvv.org.br/e-mail/, que será respondida por e-mail pelos voluntários.
▪ Atendimento presencial
O CVV tem postos de atendimento que funcionam em horário comercial. Através do link https://www.cvv.org.br/postos-de-atendimento/ é possível buscar os endereços e telefones dos locais por estado e cidade.