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Durante nosso confinamento neste período de pandemia, nós adultos conseguimos assimilar tudo que está acontecendo ao nosso redor. Nossa vida social se transportou para uma tela de celular e não temos mais contato físico com nosso ciclo social. Através da tecnologia encontramos soluções para resolvermos problemas de trabalho, estudo e até mesmo aliviar a saudade dos que não podemos estar perto. No universo das crianças isso tudo funciona de uma maneira completamente diferente. Nós nos adaptamos a uma nova realidade, as crianças se adaptam a partir da nossa adaptação. Nós temos responsabilidade de tornar a nova rotina delas a mais próxima possível do que era considerado normal dentro de sua consciência.

A ideia do ensaio intitulado como “Adaptação²” é mostrar a adaptação da minha sobrinha e também afilhada Joana de 4 anos ao atual cenário que vivemos, e também mostrar como, inconscientemente, fragmentos da nossa nova forma de viver já estão intrínsecas nas ações de seu cotidiano. O ciclo social de Joana gira em torno da sua escola, onde não a frequenta desde o início do isolamento social. Ela não tem mais contato com seus amigos em um período fundamental para o desenvolvimento da vida social de um indivíduo.

Neste ensaio adaptado a nossa realidade, trago um relato íntimo contando um pouco da nova rotina imposta por conta da pandemia do novo coronavírus, e também serve para levantar uma reflexão para observador comparar sua posição racional em meio à realidade e a inocência de uma criança que tem de se adaptar diante da nova adaptação do seu responsável.