A adubação verde consiste na utilização de plantas que podem ser utilizadas em consórcio, incorporadas ou não ao solo, com o objetivo de melhorar as propriedades químicas, físicas e biológicas do solo. Na horticultura, algumas práticas são necessárias para que sejam obtidas grandes produções, entre essas práticas se destacam a utilização de extensas quantidades de produtos químicos como os fertilizantes minerais, inseticidas, fungicidas e herbicidas. Porém, com o uso inadequado e excessivo desses produtos existe a possibilidade de contaminação do meio ambiente, do homem e principalmente dos alimentos. A busca dos consumidores por alimentos saudáveis e com menores quantidades de agrotóxicos, vem criando uma demanda por novos métodos produtivos, que sejam menos agressivos ao meio ambiente e a sociedade. A utilização da adubação verde para a produção de olerícolas e frutas é uma excelente opção para um manejo sustentável de sistemas agrícolas, visto a redução expressiva da quantidade de produtos químicos que sua utilização oferece. O presente trabalho tem como objetivo identificar, através da meta-análise, as principais plantas de adubação verde utilizadas na horticultura brasileira e os benefícios que trazem para os sistemas de cultivo, com ênfase nas áreas de fruticultura e olericultura. O trabalho será realizado através da meta-análise e espera-se encontrar resultados que possam descrever as principais plantas utilizadas na adubação verde e as culturas que são beneficiadas por elas na Horticultura.

Como resultados, obtivemos que a adubação verde (AV) aumentou a produção em sistema orgânico e em plantios que usavam adubação orgânica e mista (orgânica + mineral). Também, promoveu aumento de produção para as culturas de alface e brócolis. As plantas de AV da família Fabaceae e o consórcio Fabaceae + Poaceae promoveram incremento na produção e as espécies que apresentaram melhores resultados foram a crotalária juncea e as mucunas (anã, cinza e preta), além do coquetel vegetal. Entre os sistemas de manejo das plantas de AV, os que apresentaram resultados positivos foram o acamamento e os triturados. A utilização de até 5 ton/ha de matéria seca produzidas pelas plantas de AV se mostrou mais eficiente e aquelas que promoveram reciclagem menor que 150 kg/ha mostraram melhores resultados na produção das olerícolas. Não houve trabalhos suficientes para realizar meta-análise sobre o emprego AV na fruticultura. A AV se mostrou uma prática eficiente para aumento produtivo de espécies olerícolas, além trazer benefícios adicionais ao sistema, pela constante adição de matéria orgânica e reciclagem de nutrientes.

Editorial: Vamos falar de pesquisa?