Das Bandeiras à Esquina

O povo mineiro, em toda sua existência, territorial e temporal, sempre foi meigo, doce, leve como criança. Mas ao longo da história, Minas foi atravessada por tantas questões, que boa parte dessa doçura ficou manchada de sangue.

Comemorar os trezentos anos e olhar para o triângulo, não é apenas apresentar um pouco mais de Minas, mas sim relembrar o que perdemos e tentar curar as dores e mazelas do tempo.


“Não existe conquista sem guerra”. Uma frase tão forte, que busca descrever a realidade da época. Porém, nem a frase nem a realidade, justificam mortes, escravidão e abusos causados pelos bandeirantes.


O Clube da Esquina, grupo musical de Minas Gerais sempre trouxe em suas músicas a importância da conscientização de como todos devemos ser quem somos e como é importante a valorização de nossas verdadeiras raízes, algo que pode ser perdido com o tempo.


A tirada arisca da liberdade e raízes de nossos antepassados continuam influenciando nossa cultura até os dias de hoje, algo que, muitas vezes, foi consequência da grande violência e da abominação ao que é diferente.


Não podemos e nem devemos apagá-los de nossa extensa história. Tiveram certo mérito por desbravar regiões até então desconhecidas, entretanto, nunca poderemos esquecer a marca de sangue deixada por eles em nossos povos.


Seriam os bandeirantes heróis da conquista ou “diabos velhos” que assombraram nossa história?