Posicionamento radiográfico dos ossos metatársicos e falanges - CÃO

Ossos metatársicos e falanges

Os ossos metatarsos e falanges são avaliados por meio das projeções ortogonais dorsoplantar e mediolateral (AYERS, 2012; THRALL e ROBERTSON, 2015). As radiografias podem ser empregadas para a avaliação de fraturas, osteopatia hipertrófica, luxações e enfermidades infecciosas e neoplásicas nessa região (CRIVELLENTIN e BORIN-CRIVELLETIN, 2015; THRALL e ROBERTSON, 2015; THRALL, 2019). Além disso, as alterações radiográficas provocadas por artrite reumatoide geralmente estão presentes no metatarso e falanges (THRALL, 2019).


  • Projeção dorsoplantar dos ossos metatársicos e falanges

Segundo Ayers (2012), para realizar a projeção dorsopalmar, o paciente deve ser posicionado em decúbito ventral, com o membro pélvico de interesse estendido cranialmente e próximo ao corpo (figura 01a). Centraliza-se o feixe de raios-X nos ossos metatársicos e a colimação deve abranger a região distal da tíbia e fíbula até as extremidades das falanges (Figura 01b e 02).

Figura 01 - Projeção dorsoplantar dos ossos metatársicos e falanges. (A) posicionamento do paciente para realização da projeção dorsoplantar dos ossos metatársicos e falanges; (B) imagem radiográfica de uma projeção dorsoplantar dos ossos metatársicos e falanges. Fonte: O autor (2021).

Figura 02 - Imagem radiográfica da projeção dorso plantar dos ossos metatársicos e falanges. (1) articulação tarsocrural; (2) tálus; (3) articulação intertarsal proximal (talocalcâneo central); (4) osso metatársico II; (5) osso metatársico III; (6) articulação metatarsofalangeana do dígito II; (7) falange proximal do dígito II; (8) falange distal do dígito III; (9) processo ungueal da falange distal do dígito IV; (10) falange média do dígito IV; (11) osso metatársico IV; (12) osso metatársico V; (13) articulações tarsometatarsal; (14) calcâneo. Fonte: O autor (2021).

  • Projeção mediolateral dos ossos metatársicos e falanges

Para realizar a projeção mediolateral dos ossos metatársicos e falanges, deve-se posicionar o paciente de forma reclinada lateralmente. Move-se o membro pélvico não afetado lateralmente e para fora do feixe radiográfico. Os ossos metatársicos do membro de interesse são mantidos em uma posição natural flexionada. Pode-se colocar uma gaze ou uma pequena espuma de posicionamento fina abaixo do calcâneo para garantir que o membro fique paralelo à mesa de raios-X (AYERS, 2012; SIROIS et al., 2010).

Efetua-se a centralização do feixe radiográfico nos ossos metatársicos. Além disso, a colimação deve abranger a região distal de tíbia e fíbula até as pontas das falanges sejam visualizadas (Figura 03 e 04) (AYERS, 2012; MUHLBAUER e KNELLER, 2013; SIROIS et al., 2010).

Figura 03 - Projeção mediolateral dos ossos metatársicos e falanges. (A) posicionamento do paciente para realização da projeção mediolateral dos ossos metatársicos e falanges; (B) imagem radiográfica de uma projeção mediolateral dos ossos metatársicos e falanges. Fonte: O autor (2021).

Figura 04 - Imagem radiográfica da projeção mediolateral dos ossos metatársicos e falanges. (1) calcâneo; (2) articulação intertarsal proximal; (3) articulações tarsometatarsais; (4) ossos metatársicos sobrepostos; (5) falange proximal; (6) falange distal. Fonte: O autor (2021).