Posicionamento radiográfico dos ossos metacárpicos e falanges - CÃO

Ossos metacárpicos e falanges

Os ossos metacárpicos e falanges podem ser avaliados por meio das projeções dorsopalmar e mediolateral (COUSON e LEWIS, 2008). Assim como na região do carpo, radiografias dos metacárpicos e falanges são necessárias para avaliação de lesões traumáticas e edema ou claudicação (MAURAGIS e BARRY, 2012b).


  • Projeção dorsopalmar dos ossos metacárpicos e falanges

A radiografia dorsopalmar (Figura 02) faz parte da avaliação padrão dos ossos metacárpicos e falanges, para realizá-la o feixe radiográfico deve ser colimado do terço distal do rádio e ulna ao final dos dedos distalmente (SIROIS et al., 2010). Os ossos metacárpicos são o centro de direcionamento do feixe de raios-X (AYERS, 2012).

Segundo Ayers (2012), para realizar a projeção dorsopalmar dos ossos metacárpicos e falanges (figuras 01) deve-se colocar o animal em decúbito esternal, com o membro de interesse totalmente estendido. Ademais, eleva-se e afasta-se a cabeça do paciente em direção oposta ao lado de interesse e o tórax deve permanecer em pé.

Figura 01 - Projeção dorsopalmar dos ossos metacárpicos e falanges. (A) posicionamento do paciente para realização da projeção dorsopalmar dos ossos metacárpicos e falanges; (B) imagem radiográfica de uma projeção dorsoplamar dos ossos metacárpicos e falanges. Fonte: O autor (2021).

Figura 02 - Imagem radiográfica da projeção dorsopalmar dos ossos metacárpicos e falanges. (1) epífise distal (processo estilóide) da ulna; (2) epífise distal do rádio; (3) osso metacárpico I; (4) falange proximal do dígito I; (5) falange distal do dígito I; (6) osso metacárpico II; (7) falange proximal do dígito II; (8) falange média do dígito II; (9) crista ungueal da falange distal do dígito II; (10) osso metacárpico III; (11) falange proximal do digito III; (12) falange média do dígito III; (13) processo ungueal da falange distal do dígito III; (14) osso metacárpico IV; (15) falange proximal do dígito IV; (16) falange média do dígito IV; (17) articulação metacarpofalangeana do dígito V; (18) articulação interfalangeana proximal do dígito V; (19) articulação interfalangeana distal do dígito V. Fonte: O autor (2021).

  • Projeção mediolateral dos ossos metacárpicos e falangens

Nas radiografias mediolaterais dos ossos metacárpicos e falanges (figura 03a), coloca-se o paciente em decúbito lateral, com o membro torácico afetado para baixo. Flexiona-se levemente o cúbito, estendendo rádio e ulna cranialmente. Traciona-se o membro contralateral caudalmente e para fora do campo de visão. A colimação deve abranger a articulação do carpo e extremidade dos dedos e o feixe radiográfico centralizado entre os ossos metacárpicos e falanges (Figura 03b e 04) (AYERS, 2012; MUHLBAUER e KNELLER, 2013).

Figura 03 - Projeção mediolateral dos ossos metacárpicos e falanges. (A) posicionamento do paciente para realização da projeção mediolateral dos ossos metacárpicos e falanges; (B) imagem radiográfica de uma projeção mediolateral dos ossos metacárpicos e falanges. Fonte: O autor (2021).

Figura 04 - Imagem radiográfica de uma projeção mediolateral dos ossos metacárpicos e falanges. (1) epífise distal (processo estilóide) da ulna; (2) osso carpo acessório; (3) osso carpo ulnar; (4) coxim cárpico; (5) osso sesamóide proximal do dígito I; (6) falange distal do dígito I; (7) osso sesamóide dorsal; (8) articulação antebraquiocarpal; (9) epífise distal do rádio. Fonte: O autor (2021).