Posicionamento radiográfico do rádio e ulna - CÃO

Rádio e ulna

O rádio e ulna são avaliados através de radiografias nas projeções craniocaudal e mediolateral (COUSON e LEWIS, 2008). Devido ao rádio e ulna possuírem a característica de serem ossos longos e com baixa cobertura muscular, tornam-se uns dos ossos mais acometidos por fraturas, sendo esta uma das principais indicações para a avaliação radiográfica desta região (DYCE, 2010; LIBARDONI et al., 2014; THRALL, 2019).


  • Projeção craniocaudal do rádio e ulna

Na projeção craniocaudal de rádio e ulna (Figuras 01 e 02), a colimação deve abranger as articulações do cúbito e carpo. O ponto central do feixe radiográfico deve ser direcionado para o eixo médio do rádio e ulna (AYERS, 2012; SIROIS et al., 2010).

O paciente deve adotar um posicionamento em decúbito esternal, sendo os membros torácicos estendidos cranialmente de forma individual. A cabeça deve ser tracionada lateralmente e para o lado oposto do membro afetado. Movimentam-se caudalmente os membros pélvicos para ajudar no alinhamento da coluna vertebral (AYERS, 2012; SIROIS et al., 2010).

Figura 01 - Projeção craniocaudal do rádio e ulna. (A) posicionamento do paciente para realização da projeção craniocaudal do rádio e ulna; (B) imagem radiográfica de uma radiografia craniocaudal do rádio e ulna. Fonte: O autor (2021).

Figura 02 - Imagem radiográfica da projeção craniocaudal do rádio e ulna. (1) articulação do cúbito; (2) diáfise do rádio; (3) diáfise da ulna; (4) epífise distal do rádio; (5) osso intermédio radial do carpo; (6) epífise distal (processo estiloide) da ulna. Fonte: O autor (2021).

  • Projeção mediolateral do rádio e ulna

Na projeção mediolateral do rádio e ulna (figura 04), a colimação deve englobar as articulações do cúbito e carpo. Além disso, centraliza-se o feixe radiográfico no eixo médio do rádio e ulna (AYERS, 2012; SIROIS et al., 2010).

Para realizar essa incidência radiográfica, o paciente deve ser colocado em decúbito lateral, com o membro torácico afetado voltado para baixo e membro oposto estendido caudodorsalmente, para fora do campo de visão (Figura 03) (AYERS, 2012 e SIROIS, 2012).

Figura 03 - Projeção mediolateral do rádio e ulna. (A) posicionamento do paciente para realização da projeção mediolateral do rádio e ulna; (B) imagem radiográfica de uma projeção mediolateral do rádio e ulna. Fonte: O autor (2021).

Figura 04 - Imagem radiográfica da projeção mediolateral do rádio e ulna. (1) tuberosidade do olécrano da ulna; (2) processo ancôneo; (3) epicôndilo medial do úmero; (4) articulação radioulnar proximal; (5) diáfise da ulna; (6) diáfise do rádio; (7) epífise distal de ulna; (8) epífise distal de rádio; (9) osso carpo acessório. Fonte: O autor (2021).