É esta questão que estudaremos nestas próximas aulas.
Vamos abordar esse tema de uma perspectiva histórica, estudando nesta aula a primeira teoria realmente consistente que procura responder a esta questão.
Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.) foi um dos mais importantes filósofos gregos e o principal representante da terceira fase da história da filosofia grega “a fase sistemática”.
Escreveu uma série de obras que falavam sobre política, ética, moral, física e outros campos de conhecimento. Foi aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande (356 a.C-323 a.C.).
O vídeo abaixo fala um pouco sobre sua vida e sua importância:
Assista ao vídeo abaixo:
Para Aristóteles, a força estava vinculada à existência da velocidade.
Era impossível, segundo ele, a existência de um movimento em que não houvesse a atuação contínua de uma força.
Segundo Aristóteles os movimentos podem ser:
1 - naturais, quando o corpo busca seu lugar natural no universo (ou seja, quando um objeto retirado de seu lugar natural Terra, água, ar ou fogo, buscar retornar a ele) ( esta hipótese foi utilizada por Aristóteles para a explicação da queda dos corpos)
2 - violentos, quando os corpos são afastados de seu local de origem mediante a aplicação de uma força.
Em sua obra intitulada Mecânica, Aristóteles afirmou que um corpo em movimento só chegaria à imobilidade se a força que atua sobre ele deixasse de agir. Portanto, podemos entender que, de acordo com essa visão, só existe velocidade se existir uma força.
Em resumo, os princípios fundamentais que Aristóteles propõe para explicar os movimentos são:
Lugares naturais: cada elemento preferia estar em um lugar diferente e específico no espaço, em relação ao centro da Terra, que também é o centro do universo.
Gravidade: para alcançar este lugar específico, os objetos sofreriam a ação de uma força para baixo ou para cima.
Movimento retilíneo: é o movimento em resposta a esta força: em linha reta a uma velocidade constante.
O éter preenchendo o espaço: todos os pontos do espaço são preenchidos pela matéria (o éter).
Um universo infinito: não poderia existir uma fronteira no espaço.
Quintessência: objetos muito acima da superfície da Terra não são constituídos por matéria originalmente terrestre.
Cosmo incorruptível e eterno: o Sol e os planetas são esferas perfeitas que não se alteram.
Movimento circular: os planetas descrevem um movimento circular perfeito.
Estas são apenas algumas ideias, existem outras que não abordamos nesta aula.
Esta teoria para o movimento foi aceita até o século XVI, ou seja mais de 2000 anos!
Porém como veremos nas próximas aulas, a teoria de Aristóteles para o movimento das coisas foi refutada por teorias posteriores.
Agora é com você.
Reveja os vídeos se for necessário e faça a atividade:
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