O conceito de escola inclusiva está atrelado diretamente a uma “educação do século XXI”, onde as condições materiais estão voltadas para a formação mais solidária e mais tolerante, promovendo a capacitação dos discentes para lidar com as questões diárias, como as incertezas da vida moderna. Para tal feito, é imprescindível a participação de toda comunidade escolar integrada ao processo de educação, assim como satisfazer as necessidades estruturais e teóricas para o processo de “educação do século XXI”. Admita-se também os pressupostos humanistas, em que todos os indivíduos são capazes de aprender dentro de suas potencialidades e que o processo educativo deve conduzir e garantir esses pressupostos com a finalidade de que cada discente atinja sua potencialidade máxima. Não obstante, Paulo Freire já trazia a tona que “o Homem, como ser inconcluso, consciente da sua inconclusão, está em permanente movimento de busca do Ser Mais”. Dessa forma, uma educação inclusiva deve se ater às questões inerentes à natureza humana, descartando a curta visão que o Ser Humano seria uma Tábula Rasa - ou simplesmente um “local” que se deposita informações e essas são arquivadas -, respeitando assim a sua constituição como um Ser em franca transformação. Ressalta-se nesse tema, as políticas de ações afirmativas, que buscam colocar de forma equânime o acesso e permanência à educação dos diferentes grupos sociais, por tempos excluídos do processo de educação. Além disso, essa política de inclusão deve se ater também às “necessidades educacionais especiais” de nossos discentes, sejam elas de ordem física, visual, auditiva ou intelectual como um processo de prática social que visa reparar uma dinâmica social excludente e secularmente esquecida pela ordem socioeconômica, cultural e política.