“Verbo principal sempre no final da oração.”
– Esta é a regra máxima da sintaxe do idioma japonês.
Costuma-se dizer que o sistema de sentenças no japonês é o S-O-V (sujeito-objeto-verbo). Isso em parte é verdade, mas analisando mais detalhadamente percebemos que não é bem assim.
Para facilitar a distinção, entre a maneira de montarmos frases em diferentes idiomas, podemos usar os termos S-V-O e S-O-V.
Muitos blogs e sites sobre o ensino de japonês, destacam isso somente para chamar a atenção dos leitores.
Na verdade, no idioma japonês, o sujeito e o objeto têm uma colocação mais livre dentro de uma oração. Os mesmos vêm marcados por joshi (partículas) que, anexadas à palavra, indicam sua função sintática.
Exemplo:
私は彼に手紙を書いた。
watashi wa kare ni tegami wo kaita.
watashi = eu (sujeito)
kare = ele (objeto indireto)
tegami = carta (objeto direto)
kaita = escrevi (verbo)
wa ni o = partículas
kare ni watashi wa tegami o kaita.
tegami o watashi wa kare ni kaita.
kare ni tegami o watashi wa kaita.
Tradução:
Eu escrevi uma carta para ele.
Como podemos ver, a ordem dos termos não altera, em essência, o significado e uma oração, desde que as respectivas partículas estejam anexadas e o verbo seja mantido no final.
Porém, quando tratarem-se de termos complementares de orações, como adjuntos, o quadro se mostra diferente.
Visto que na língua japonesa, o modificador sempre vem antes do modificado, não podemos trocar a ordem dos elementos em casos de combinações do tipo “adjetivo + substantivo“.
Exemplo:
赤い車(あかいくるま)
akai kuruma
carro vermelho
E NÃO 車赤い(くるまあかい)kuruma akaivermelho carro ???
Existem também as partículas como no, cuja inversão dos termos acaba invertendo o significado, como em:
工場の時計 こうばのとけい
kouba no tokei ⇒ relógio da fábrica
時計の工場 とけいのこうば
tokei no kouba ⇒ fábrica de relógios
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