A língua japonesa é escrita através de 3 variedades de símbolos gráficos (alfabeto japonês):
Hiragana ひらがな (alfabeto silábico/fonograma) – é uma variedade de escrita (kana) simplificada e derivada dos Kanjis (ideogramas). É muito empregado na grafia de quase todos elementos da língua japonesa.
É importante que se aprenda o hiragana e katana o quanto antes pois eles são a primeira etapa do ensino básico de japonês. Dominando esses 2 sistemas de escrita, você terá mais facilidade em entender o conteúdo.
Comece lendo da direita para esquerda na vertical
Katakana カタカナ(alfabeto silábico/fonograma) – é a variedade de kana utilizada para palavras de origem estrangeira, principalmente em inglês. E de onomatopéias, que imitam o som de alguma coisa.
O hiragana tem um aspecto mais arredondado e o katakana tem traços mais retos à primeira vista. Às vezes o katakana pode ser usado como uma forma de destacar uma palavra.
Em todo caso o hiragana é bem mais usado que esse katakana. Mas é essencial que de início se aprenda os dois, já que são infinitamente mais fáceis de memorizar do que os Kanjis.
Silabário Katakana
Tanto pode ser escrito como no português (da esquerda para direita) ou podemos escrever em pé (da direita para esquerda). Na internet é mais comum escreverem deitado mesmo, como fazemos no português.
Geralmente se começa de cima e da esquerda para direita. Claro que existem muitas exceções, mas para quem está começando isso já ajuda a ter uma boa noção.
Ideograma do dinheiro ou ouro
Kanji 漢字 (ideograma) – é a escrita de origem chinesa, que representa diretamente uma idéia. Estima-se que a introdução do Kanji no Japão
tenha-se iniciado por volta do séc. IV.
Os kanjis também são chamados de elementos pictográficos pois podem se basear na imitação de algo que existe na natureza.
Mesmo que alguém não consiga ler, associando com uma imagem, pode-se saber o que o desenho representa intuitivamente.
No processo de importação do Kanji da China pelos monges budistas, os seus significados e leituras foram adaptados às características culturais e fonéticas japonesas.
O número deles passa de 50 mil de acordo com os maiores dicionários chineses.
Mas o ministério da educação do Japão para facilitar listou 2.136 Kanjis (no ínicio eram 1.945), catalogados e ensinados nas escolas japonesas.
Portanto aprendendo os Jouyou Kanjis (常用漢字), uma pessoa está apta a ler jornais e revistas e se virar no cotidiano com esse número de kanjis
Os jovens japoneses passam anos de sua vida aprendendo os 2.136 símbolos japoneses, e suas variadas combinações, durante algo que seria equivalente ao nosso ensino médio brasileiro.
No entanto, muitos livros ou materiais de áreas específicas trazem mais ideogramas, assim podemos dizer que o número de ideogramas usados no idioma fica por volta de 6000.
Mas a real dificuldade não está na quantidade, e sim no fato de que cada símbolo pode ter várias leituras dependendo da combinação e da situação.
E devido a essa complexidade muitos estudantes estrangeiros acabam desistindo de aprender o idioma. O alfabeto japonês é algo que confunde no início por ser algo diferente, mas com o tempo e a metodologia eficiente o estudante pode assimilar muito rápido.
Ainda hoje se costuma medir o nível de um estudante pelo número de Kanjis que ele sabe. Isso não quer dizer muito, pois é como dizer que alguém sabe mais inglês se sabe mais gramática.
Atualmente o aprendizado de idiomas está tendo um enorme revolução. Com os recursos online, não só a maneira de aprender, mas a forma de ensinar também está em profunda mudança.
Mas isso seria um assunto muito longo e tema para um outro artigo. Aqui só quisemos abordar os pontos básicos da escrita japonesa e esperamos que lhe tenha sido útil.
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