"Conjunto de atividade que proporciona a obtenção de informações fundamentais para o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança que possam ocorrer nos fatores que determinam e condicionam o processo saúde-doença, em nível individual ou coletivo, com o objetivo de se recomendar e adotar de forma oportuna as medidas de prevenção e controle dos agravos".
Associada por muito tempo às doenças transmissíveis;
1940: o termo vigilância era empregado com a finalidade de observação sistemática de contatos doentes;
1950: acompanhamento de eventos adversos à saúde, com o propósito de aprimorar as medidas de controle, configurando a noção de vigilância epidemiológica;
Reconhecida como função essencial e estratégica, após diversos debates;
1968: implantação do Centro de Investigações Epidemiológicas (CIE);
1970: criação do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE), impulsionada pela OMS e OPAS;
Melhoria no desempenho do Programa Ampliado de Imunização -> marco de dissociação da Vigilância Epidemiológica em relação à Vigilância Sanitária;
1990: Implantação do Centro Nacional de Epidemiologia (Cenepi) vinculado à Fundação Nacional de Saúde (Funasa);
Após a Lei Orgânica 8.080/90 com a definição; promoção da expansão do conceito de vigilância às doenças não transmissíveis e aos outros agravos, deixando de ser restrito às doenças transmissíveis;
1990: Fortalecimento de sistemas municipais de vigilância epidemiológica - Norma Operacional Básica do Sistema Único de Saúde (NOB-SUS 96);
1999: Publicação da Portaria Ministral nº 1399 que ocorreu a regulamentação quanto às competências da União, dos estados e municípios - descentralização de suas ações para estados e municípios;
Teto de Financiamento (Financeiro) de Epidemiologia e Controle de Doenças (TFECD), mecanismo de transferência fundo a fundo de recursos financeiros do governo federal para estados e municípios;
A descentralização das atividades de controle de doenças para os municípios representou enorme expansão e capilarização das ações.
Coleta de dados (investigação epidemiológica)
Processamento dos dados coletados
Análise e interpretação dos dados coletados
Recomendação das medidas de controle apropriadas
Promoção das ações de controle indicadas
Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas
Divulgação de informações permanentes
Fornecer orientação técnica permanente para os profissionais de saúde que têm responsabilidade de decidir sobre a execução de ações de controle de doenças e agravos tornando disponíveis, para esse fim, informações atualizadas sobre a ocorrência dessas doenças e agravos, bem como dos fatores que a condicionam, em uma área geográfica de população definida.
Demográficos
Ambientais
Socioeconômicos
Mortalidade
Têm sido a principal fonte de dados da Vigilância Epidemiológica e, a partir da qual, desencadeia-se o processo de informação-decisão-ação.
OPORTUNO: detecta o problema no momento em que foi criado;
ACEITÁVEL: por todas as pessoas que participam;
REPRESENTATIVO: da área em estudo;
ESPECÍFICO: excluindo os falsos-positivos;
SIMPLES: fácil de entender;
FLEXÍVEL: adapta-se facilmente às mudanças;
CAPAZ DE PREVENIR: detectando e prevenindo a ocorrência de epidemias;
DE ALTA RESOLUTIVIDADE: baseado em informação adequada, deve dar respostas aos problemas levantados, contribuindo para seu equacionamento.