Após a abertura da cerimónia por Simões Pinto, anterior governador, usou da palavra o Presidente da Câmara de S. João da Madeira, Jorge Sequeira, que enalteceu o papel dos rotários na vida social da cidade e referiu o currículo profissional e pessoal de Deolinda Nunes, cujo mandato coincidirá com a celebração do centenário do concelho.

No seu discurso de tomada de posse, a Governadora Deolinda Nunes apresentou as áreas essenciais do seu Plano de Ação que se orientará pela mensagem presidencial do ano rotário “Unidos para fazer o bem”, mostrando-se confiante no apoio e no empenho dos clubes do Distrito. Esse empenho terá que se revelar na vertente local, mas também no suporte da Rotary Foundation, que desenvolve projetos humanitários por todos o mundo, e da Fundação Rotária Portuguesa, cuja ação se orienta sobretudo para a concessão de Bolsas de estudo. “O nosso Distrito está em crescendo, é um distrito vibrante. Quanto mais unidos estivermos, melhores resultados conseguiremos.”

No final da sessão, Deolinda Nunes agradeceu a presença e entusiasmo com que todos participaram na transmissão de mandatos, desejando um novo ano rotário de sucesso para os clubes e para as comunidades em que estão integrados.

De recordar que, durante os 62 anos do Rotary Club de S. João da Madeira, celebrados no passado dia 8 de abril, Deolinda Nunes será o quarto elemento do clube a assumir tais funções: precederam-na Argel de Melo, Marcelino Chaves e Fernando Laranjeira.

Uma vez que se falava de situações que justificam a intervenção de equipas e técnicos especializados em cuidados paliativos, o debate foi circulando entre o foco nos doentes e os problemas enfrentados pelos cuidadores, pelas famílias e pelo universo das suas relações. Da mesma forma, terão que ser consideradas as intervenções aos níveis físico, psicológico e social, como salientou a psicóloga Ana Oliveira, sempre na perspetiva de “manter a identidade da pessoa”. A Dr.ª Cristina Teixeira Pinto, enquanto coordenadora da equipa de Cuidados Paliativos da ULS Entre Douro e Vouga, insistiu na necessidade de colocar “o foco na vida e na qualidade de vida dos doentes” e apelou à partilha de experiências. Alguns dos participantes na tertúlia não hesitaram em rever situações que os atingiram e a forma como as encararam, o que enriqueceu o debate e abriu frentes de diálogo mais diversificadas. Em relação aos cuidadores, a Drª Cristina insistiu na necessidade de “fazer balanços e criar pontes, de forma a combater a angústia e a dar-lhes tranquilidade”, porque “ajudar não é criar dúvida” e quem está de fora deve apoiar e apostar no que é positivo, sem especulações. A importância desse ambiente favorável e o respeito pela identidade do doente, como elementos importantes no processo, foram também defendidos pela psicóloga Ana Oliveira.

Antes do encerramento do debate, a Dr.ª Cristina lamentou que a nossa região não esteja provida dos meios humanos necessários para um acompanhamento cabal dos casos que surgem, “mesmo assim, estamos sempre disponíveis para dar a nossa ajuda, as solicitações podem ser feitas pelos canais habituais do SNS”.

Ficou também o apelo para que a sociedade crie “grupos de suporte”, nomeadamente em S. João da Madeira, onde há tantas associações que podem colaborar no apoio a doentes e cuidadores.

A tertúlia terminou com o agradecimento do presidente do Rotary Clube, Andrew Gay a todos os presentes, em particular às duas dinamizadoras da sessão, salientando o grande interesse dos temas debatidos. O clube rotário tem já agendadas outras sessões dedicadas a temas da saúde, numa tradição que se tem mantido ao longo dos sessenta e dois anos da sua existência.

Após a abertura da Assembleia por Simões Pinto, atual governador, e por Andrew Gay, presidente do clube, usou da palavra o Presidente da Câmara de S. João da Madeira, Jorge Sequeira, que enalteceu o papel dos rotários na vida social da cidade – Universidade Sénior, bolsas de estudo, projetos humanitários, atividades culturais - e pôs em relevo a feliz coincidência dos 100 anos do município com o mandato de Deolinda Nunes.

A Governadora eleita apresentou as áreas essenciais do seu Plano de Ação que se orientará pela mensagem presidencial do ano rotário “Unidos para fazer o bem”, mostrando-se confiante no apoio e no empenho dos clubes do Distrito. Na sua intervenção, Ingrid Steinhoff, coordenadora de Rotary para Espanha e Portugal, insistiria na ideia de que qualquer plano de ação dos clubes rotários deve ter em conta “aquilo que as comunidades pedem”.

Durante o resto da manhã foram desenvolvidos painéis temáticos em que intervieram cerca de 15 oradores, cada um deles abordando temas específicos. O mesmo aconteceu durante a tarde, mas desta vez em grupos de trabalho debatendo temas como “projetos humanitários”, “imagem pública”,” programas pró-Juventude” e temas relativos ao funcionamento dos clubes.

No final do dia, Deolinda Nunes agradeceu a presença e entusiasmo com que todos participaram nesta assembleia, desejando que o novo ano rotário de sucesso para os clubes e para as comunidades em que estão integrados.

A cerimónia da tarde iniciou-se com a apresentação da biografia do homenageado, feita pela responsável pelo protocolo rotário, companheira Inês Reis. O presidente do clube, companheiro Fernando Laranjeira, lembrou que a entrega do Diploma de Mérito Profissional era a forma material de deixar aquele momento “na memória do Agente Rodrigues”.

Seguiu-se a intervenção do homenageado, que fez um balanço no Programa Escola Segura e do Programa em S. João da Madeira, em particular do seu percurso, afirmando: “a Escola Segura somos todos nós, o seu sucesso passa pelas escolas, pelos pais, pela Câmara, pela Junta de freguesia…”. Lembrou ainda algumas pessoas cuja ação foi determinante para o sucesso obtido: o Subintendente Carlos Duarte, os agentes Dias e Celestino, o comissário Hugo Rocha e, de um modo geral, todos os colegas da esquadra. Fez ainda uma referência à família, algumas vezes sacrificada pela necessidade de resposta a situações urgentes: “também nisso tive sorte, ter a família que tenho.” Falou ainda da sua experiência da missão aos Jogos Olímpicos e Para-olímpicos e a alguns momentos muito difíceis no desempenho de ações particularmente dolorosas na defesa dos interesses das crianças. “Os valores vêm de casa e são aperfeiçoados na escola, mas os Agrupamento de Escolas têm facilitado o nosso trabalho, porque nos permitem resolver os problemas à nascença”. E, para mostrar a sua gratidão pela homenagem e por todo esse espírito de colaboração, terminou com entusiásticos “Viva S. João da Madeira! Viva o Programa Escola Segura! Vivam as escolas! Vivam os nossos alunos!”

A palavra às escolas

Nos momentos seguintes subiram ao palco os representantes dos três agrupamentos de escolas. Primeiro o AE Dr. Serafim Leite, com a sua Diretora, Drª Helena Resende, e um grupo de alunos que leram um conjunto de simpáticos poemas; depois, os representantes do AE João da Silva Correia, com a Diretora Ana Magda Jorge introduzindo um vídeo com participações de todas as escolas do agrupamento, repetindo em coro a frase “Tonecas, amigo, a escola está contigo!”. A terceira entidade a intervir foi o diretor do Centro de Educação Integral (CEI), Dr. Joaquim Valente, com dois alunos que apresentaram um vídeo de reconhecimento pelo trabalho pedagógico do agente Rodrigues. A diretora da escola anfitriã, Drª Ana Paula Azevedo, acompanhada por um grupo de alunos, dirigiu um “enorme obrigado” ao agente Rodrigues por toda a ação que tem vindo a desenvolver. Seguiu-se um vídeo bem disposto do grupo de teatro “A bem dizer”, de que faz parte o agente Rodrigues, homenagem concluída com a oferta da almejada garrafa de vinho da adega “A bem dizer”.

Entidades oficiais

A chefe Diana Figueiredo, da esquadra de S. João da Madeira, realçou que o agente Rodrigues é “um elemento excecional, pelo seu grande coração e pelo seu poder de comunicação”. O orador seguinte foi Rodolfo Andrade, presidente da Junta de Freguesia, afirmando que “as palavras das crianças são genuínas e verdadeiras” e que elas sã as que melhor caraterizam o agente Rodrigues como um ser excecional. Seguidamente ofereceu-lhe um diploma com um Voto de Louvor, aprovado pela Junta de Freguesia.

O último orador das entidades locais foi o presidente da Câmara, Jorge Sequeira. “Se alguém tinha dúvidas acerca da justeza desta homenagem promovida pelo Rotary Club elas ficaram completamente desfeitas. A intervenção do agente Rodrigues resume-se a três ideias: Justiça, Humanidade e Definição do papel da polícia. É alguém excecional, que só congrega juízos positivos. Como sinal da nossa gratidão, ser-lhe-á atribuída proximamente a Medalha de Mérito Municipal”.

As intervenções dos rotários

Seguiram-se duas intervenções do protocolo rotário. Primeiro, falou o presidente do Clube, companheiro Fernando Laranjeira, que começou por saudar o Subintendente Carlos Duarte que, em tempos sofreu um grave acidente na defesa da segurança dos sanjoanenses. Seguidamente, justificou a escolha do agente Rodrigues para aquele reconhecimento, enunciando as qualidades que oradores anteriores já tinham mencionado: disponibilidade, sentido pedagógico, responsabilidade, dinamismo…. “Só fez o que fez, por ser quem é: um ser humano excecional”. O último orador foi o companheiro Henrique Santos, assistente do Governador, que enquadrou a cerimónia na prática e nos princípios do movimento rotário: valorização de toda a profissão útil e da ética profissional e nos negócios, reconhecimento das qualidades de elementos das comunidades, neste caso a enorme empatia que se gera à volta do agente Rodrigues, uma pessoa que nos faz pensar que há “Magia em Rotary”.

Intervenções dos participantes e do agente Rodrigues

A primeira a fazê-lo foi a encenadora do Grupo de teatro “A bem dizer”, constituído por professores do Agrupamento Oliveira Júnior de que também faz parte o agente Rodrigues. Cristina Marques destacou o empenho, a irrequietude e a vivacidade do ator e a sua capacidade de aproximação à juventude.

Falou seguidamente o Subintendente Carlos Duarte, antigo comandante da esquadra de S. João da Madeira e que esteve também na génese do Programa Escola Segura. Destacou algumas realizações desse tempo – o cordão humano com 9.000 crianças, a escola rodoviária – concluindo “não há nenhum elemento em S. João da Madeira que não conheça o agente Rodrigues, um homem simples, firme e eficaz”.

A diretora da Universidade Sénior, Susana Silva, entregou, a título pessoal, ao homenageado duas mensagens dos seus netos, que iniciaram há pouco o seu percurso escolar, mas são já grandes admiradores do agente Tonecas.

Pedro Paiva, à frente de uma delegação do grupo “Pupilos do Zé Tó”, destacou o papel do agente Rodrigues, o “Zé Tó” que deu nome ao grupo, e tem sido o seu grande dinamizador.  “Aqui somos todos iguais e corremos para nos divertir. O Zé Tó veio de longe, passou por S. João da Madeira, aqui permaneceu e foi aqui que encontrou o sentido da sua vida. Num mundo cada vez mais individualizado, ele consegue congregar e conciliar. O seu nome vai muito para além de S. João da Madeira”. A acompanhar estas palavras, uma delegação de “pupilos” entregou ao Zé Tó um quadro em que surge a sua fotografia suportando o nome do grupo. Mas a maior prenda será a oficialização dos “Pupilos” enquanto associação desportiva.

A vereadora Irene Guimarães, em representação do presidente da Câmara, enquadrou a ação do agente Rodrigues naquilo que ela designou por “aprendizagem por modelagem”, ou seja, pelo exemplo, bem patente na sua dedicação ao diálogo com os jovens. A finalizar, evocou um episódio dos seus tempos de diretora de agrupamento em que o agente Rodrigues lhe apareceu com um “chupa-chupa” milagroso a desanuviar um momento de maiores dificuldades. “É esta a sua forma de atuar, o chupa-chupa está aqui”. O momento arrancou gargalhadas e aplausos nos presentes, porque a entrega do chupa-chupa é uma das típicas formas de abordagem dos jovens pelo conhecido agente “Tonecas”.

O orador seguinte foi o homenageado que confessou “foi um dia emotivo, foi difícil, tive que verter algumas lágrimas para dentro da alma. Não estava à espera que fosse como foi. Obrigado ao Rotary Club, aos “Pupilos”, aos meus colegas da PSP e a quantos me quiseram acompanhar neste dia.”

Intervenções rotárias

Seguiram-se as intervenções de membros do Rotary. Primeiro, Fernando Laranjeira, presidente do clube que se dirigiu assim ao agente Rodrigues: “Agradeço que tenha aceitado este desafio, porque nos deu a oportunidade de manifestar o nosso tributo por alguém que tem dado muito à nossa terra”. Seguidamente, chamou o pintor rotário Jorge Miguel que entregou ao homenageado um retrato de sua autoria.

A fechar o período das intervenções, Henrique Santos, assistente do Governador de Distrito, que enquadrou a cerimónia na prática do movimento rotário: o reconhecimento do mérito de toda ocupação útil e a difusão das normas de ética profissional e a melhoria da comunidade pela valorização da conduta exemplar dos seus membros, situação em que encaixa na perfeição a ação do agente Rodrigues. Parabéns ao Rotary Club de S. João da Madeira por esta escolha.

O jantar terminou num ambiente de boa disposição e convívio entre os vários intervenientes da noite, agora num estilo mais informal e descontraído.

Conforme lembrou a mentora do projeto, companheira Susana Silva, diretora da Universidade Sénior, o projeto iniciou-se em 2011, quando era ela a presidente do Rotary Club. “Na altura éramos dezasseis voluntários e, com pequenas alterações, temos conseguido manter o projeto de pé. Nunca imaginei que durasse tanto e resistisse a situações tão adversas, como foram as da pandemia. Mas é bom sinal, quer dizer que continua a haver muita gente disposta a ajudar quem precisa.”

Conforme consta do texto justificativo inicial, “o projeto destina-se ao apoio a idosos e pessoas que vivem sós e que não conseguem assegurar a refeição da noite… Além da Universidade Sénior do Rotary Club de S. João da Madeira, local onde são confecionadas as sopas, tem-se destacado o apoio da Junta de Freguesia de S. João da Madeira, que forneceu as marmitas e tem disponibilizado apoio monetário para alimentos.” O número de sopas distribuídas é variável: neste momento estão a ser distribuídas 29 sopas, sempre acompanhadas de um pão e de uma peça de fruta. A seleção das pessoas a apoiar é feita em coordenação com a Rede Social concelhia. Além da entrega dos alimentos, há sempre uma palavra de apoio e de conforto, o que, em muitos casos, tem um importante valor afetivo.

Atualmente, a equipa da “Sopa solidária” é formada por um grupo de cinco cozinheiras e um cozinheiro, por cinco grupos de distribuição, cada um deles formado por dois elementos, e ainda por uma equipa de angariação de produtos alimentares. A sopa começa, normalmente, a ser confecionada por volta das 14 horas; pelas 16h saem as equipas de distribuição, uma por cada dia da semana. De registar que os voluntários levam os seus próprios veículos e custeiam também as despesas de combustível. Saliente-se, ainda, a colaboração de alunos da Universidade Sénior e de outros voluntários na oferta de produtos alimentares.

Este convívio de voluntários, nesta época natalícia, foi um sinal de esperança: enquanto houver pessoas que necessitam de apoio, também haverá quem se dispõe a partilhar o seu tempo e a sua vida para os ajudar.

C.P.

Na Câmara Municipal

A visita iniciou-se com uma passagem pela Câmara Municipal para um encontro com o presidente da Câmara Jorge Sequeira e a vereadora Paula Gaio. O presidente da Câmara caraterizou globalmente a ação da Câmara e fez um breve historial das relações com o clube, nomeadamente quando foi necessário permutar a cedência do palacete dos Condes pelas antigas instalações da ACAIS, onde atualmente se encontra instalada a Universidade Sénior do clube. “Todos ficaram a ganhar com essa permuta: a cidade ganhou um hotel e a Universidade Sénior do Rotary ganhou umas excelentes instalações.” O presidente passou em revista a ação do município em várias áreas, com especial relevo para a política de habitação e a ação social (apoio a idosos, bolsas de estudo, mobilidade, saúde…), no que foi complementado pela vereadora Paula gaio, que especificou alguns projetos da área social. O presidente do clube, Fernando Laranjeira, agradeceu a simpatia da receção e realçou a boa relação que tem existido entre ambas as entidades, lembrando que a próxima governadora rotária será sanjoanense, a companheira Deolinda Nunes, o que permitirá trazer a S. João da Madeira muitas realizações do Rotary. Também o governador Simões Pinto agradeceu a hospitalidade da Câmara e mostrou satisfação por verificar a sintonia existente entre as duas entidades, selada, no final, por uma simbólica troca de lembranças. O presidente da Câmara ofereceu ao Governador e a sua esposa um exemplar da obra “O Regional – 100 anos de História”, da autoria de Daniel Neto, enquanto testemunho representativo da evolução de S. João da Madeira. O governador, por sua vez, retribuiu com a oferta da flâmula deste ano rotário, onde se pode ler a mensagem “A magia de Rotary”.

Na Universidade Sénior de Rotary

O segundo momento da visita ocorreu na Universidade Sénior do clube. Depois de uma breve visita às instalações, nomeadamente à cozinha, base do projeto Sopa Solidária, o governador foi prendado com danças da turma de folclore, a quem se dirigiria, no final, agradecendo e incentivando a atividade de todos aqueles que frequentam e se dedicam à vida da instituição, na defesa do princípio do envelhecimento ativo. Seguiu-se a habitual reunião entre o governador e os membros do clube, para uma profícua abordagem das várias vertentes da vida do clube e dos seus projetos. A abertura do jantar festivo esteve também a cargo de uma turma da Universidade Sénior, neste caso a Tuna, que interpretou brilhantemente três composições musicais, a última das quais o “Hino da Universidade”.

Convívio – mensagens e troca de lembranças

Durante a noite de convívio, os participantes tiveram a oportunidade de ouvir vários intervenientes. A vereadora Paula Gaio considerando que “somos um concelho pequeno, mas pujante em termos económicos e com múltiplos projetos nas áreas social, cultural e desportiva” referindo, nomeadamente, os aspetos em que a ação dos rotários mais se cruza com a do município: envelhecimento ativo, apoio a elementos carenciados da população, com a Sopa solidária, e atividades culturais.

O presidente Fernando Laranjeira deu as boas vindas ao governador e salientou o facto de estarem ali mais de cem companheiros, provindos de vinte clubes do distrito, para “celebrar o seu compromisso com Rotary e reforçar o companheirismo e a amizade que nos une”. No intervalo das intervenções, realizaram-se algumas trocas de lembranças: chapéus sanjoanenses e um retrato para o governador e sua esposa e, em troca, Fernando Laranjeira recebeu um azulejo evocando a natureza da Ria de Aveiro.

Após a saudação de Joaquim Branco, do Rotary Clube do Porto, padrinho do clube sanjoanense, usou da palavra o Governador António Simões Pinto. Ao longo da sua intervenção, Simões Pinto foi focando várias temáticas: o papel da Universidade Sénior do clube; a importância da Fundação Rotária Portuguesa, que “tem permitido a muitos jovens a realização de estudos superiores”; as grandes causas da Rotary Foundation, combate à Polio e promoção da Paz. Na sua perspetiva “o mundo está a precisar de obras e os rotários estão dispostos a enfrentar o desafio com a alegria e a satisfação da sua atitude positiva. A presença de mais de uma centena de convivas e representantes de vinte clubes rotários justificou plenamente uma afirmação do governador Simões Pinto, “estamos aqui porque olhamos para este clube com respeito e admiração”.

C.P.

Com o aumento das exigências da vida moderna, como o teletrabalho prolongado, o sedentarismo crescente e o stress diário, o número de pessoas que sofre com essa dor tem aumentado consideravelmente. Longas horas em frente ao computador, o uso contínuo de dispositivos móveis e a falta de atividade física contribuem diretamente para o agravamento desse quadro.

A perspetiva do orador foi sempre a de colocar o foco na educação sobre as causas e consequências da cervicalgia, procurando apontar estratégias práticas e eficazes para prevenir e tratar essa condição. Apaixonado por desmistificar a saúde e ensinar de forma simples e acessível, o Dr. Daniel Valpaços procurou caraterizar alguns mitos sobre a postura, insistindo na ideia de que “o tempo em que estamos numa posição é que é problemático”. Conclusão óbvia: “A melhor postura é o movimento”. E para que o público pudesse passar da teoria à prática, apontou o caminho: “cinco exercícios para prevenir as dores cervicais.”

O ciclo de conversas continuará do dia 19 de novembro, novamente às 21.30, nos Paços da Cultura versando o tema das “dores no joelho”.

A sessão do dia 16 foi dedicada ao tema “Dores da anca” e, na linha das sessões anteriores, foram abordadas várias vertentes, sempre na perspetiva de esclarecer os mitos que envolvem as doenças das articulações, em particular desta zona do nosso corpo. Começando por uma perspetiva pedagógica, para a qual se serviu de modelos de partes do esqueleto humano, a conversa evoluiu para a caraterização dos vários tipos de dor que afetam a zona da anca, suas causas e sintomatologia. Naturalmente, o orador chegou depois à problemática das terapias, dando explicações muito precisas, nomeadamente sobre as próteses, mas insistindo veementemente na necessidade do exercício, a melhor de todas as terapias, pela sua eficácia preventiva. Para ilustrar essa insistência, o diapositivo que fechou a sessão era bem claro “Exercícios, Exercícios, Exercícios – Para prevenir a Anca!”

No sentido de proporcionar um acesso mais fácil a estas sessões, por parte da população sanjoanense, a presidente em exercício, Celeste Silva, informou que o Rotary Clube decidiu transferi-las para os Paços da Cultura com o seguinte calendário e temas: 17/09 – “Cervicalgia - como lidar”; 19/11 – “Compreender a dor no joelho”; 21/01/2025 – “Dor nos Pés - Joanetes e Fascite em discussão”. Todas as sessões decorrerão às 21.30 e a entrada é livre.

O presidente Fernando Laranjeira aproveitou para enaltecer o trabalho da diretora da Universidade, companheira Susana Silva, e dar os parabéns a todos os alunos e elementos da sua equipa. Lembrou, também, que a Universidade Sénior foi fundada durante a sua presidência de 2004/05, perfazendo os vinte anos durante o presente ano rotário. Anunciou, ainda, que, devido a impedimentos pessoais, a anterior presidente do Rotary Club, Celeste Silva, substitui-lo-á durante algum tempo no exercício do cargo.

Como o convívio coincidiu com o jogo Portugal-França, os mais aficionados tiveram oportunidade de acompanhar o jogo e vibrar com as jogadas mais emocionantes. Infelizmente, a noite não terminou da forma mais feliz para os portugueses. Para a próxima correrá melhor!

No final, realizou-se o sorteio de um cabaz, que saiu, merecidamente, a um dos nossos folcloristas. Depois, houve um leilão, com ofertas trazidas por muitos dos presentes, cuja receita reverterá para o financiamento de projetos sociais da Universidade Sénior e do Rotary Club.

Terminando o excelente convívio, regressamos todos a casa com a convicção de que o próximo ano rotário e letivo será um ano de grandes sucessos e realizações da Universidade e do Rotary Club de S. João da Madeira.

Boas férias a todos!

De referir que é a terceira vez na história do clube que Fernando Laranjeira assume a sua presidência: as anteriores foram em 2005/06 e 2010/11. Foi precisamente na sua presidência, em 2005, que ocorreu a fundação da Universidade Sénior do Rotary, que perfaz, assim, em 2025 os vinte anos de existência. Neste entretempo, Fernando Laranjeira desempenhou, ainda, o cargo de Governador do Distrito Rotário 1970 (norte e centro de Portugal), no ano de 2014/15.

A cerimónia iniciou-se com a entrada de um novo membro no clube, neste caso Salomé Laranjeira, engenheira mecânica, já com um largo currículo de colaboração com o movimento rotário, nomeadamente na participação de convenções internacionais, como salientaria o presidente eleito na apresentação do seu currículo.

Seguiu-se a cerimónia protocolar da passagem de testemunho entre a presidente cessante e o novo presidente, com Fernando Laranjeira a envergar o colar dos presidentes.

 Celeste Silva, presidente cessante, não ocultou alguma nostalgia por ver terminado o seu mandato, mas considerou que “um ano pode ser pouco para se fazer muito, mas passo a pasta com muita alegria e satisfação, pois estou grata por ter tido esta oportunidade e por me sentir próxima e acarinhada por muitos e, principalmente, porque sei que consegui chegar aqui com este sentimento de dever cumprido Agora, estou a passar o testemunho e a responsabilidade para um gigante em Rotary, uma referência, um homem que tem um percurso enorme”.

Por sua vez, Fernando Laranjeira começou por definir o espírito do movimento, “um rotário é um ser em prontidão, sempre pronto para servir”. “O nosso clube, pelas pessoas que o compõem e pela sua história, é um clube de gente extraordinária. Agradeço a vossa presença e a de todos os amigos que aqui se juntaram hoje a nós, alguns deles vindos de tão longe, para partilharem connosco este momento tão importante na vida do nosso clube. Obrigado a todos.”

Vários oradores quiseram deixar o seu testemunho de apreço ao novo presidente. De entre os representantes de vinte e dois clubes presentes, usaram da palavra Emílio Sanhudo, do clube rotário de Marco de Canavezes, de que Fernando Laranjeira foi fundador, Tiago Ribeiro, de Mirandela e Marta Sousa, de Vila Real, que destacaram a importância do apoio que Fernando Laranjeira lhes tem dedicado e a intensa relação de amizade que se estabeleceu com os seus clubes. Foi igualmente lida uma mensagem de apreço e amizade vinda de António Vaz, do Rotary Club de Coimbra.

 O Governador de distrito, Duarte Besteiro, encerrou a sessão, elogiando a forma como a presidente cessante se empenhou no cumprimento do seu mandato e finalizou a sua intervenção desejando felicidades a Fernando Laranjeira que caraterizou como “um ser humano de grande dimensão, sempre disponível e discreto na sua ação. Vai ser um ano fantástico. Podes contar sempre comigo.”