* ERMIDA da NAZARÉ

Fundada em 1664, a pequena igreja da Nossa Senhora da Nazaré foi construída quase toda sobre as águas da baía. A sua fachada fica à frente da marginal de Luanda.

Esta igreja é um monumento nacional. O nome foi-lhe atribuído por lá dentro haver uma réplica da Nossa Senhora da Nazaré.

Este pequeno templo de Deus tem uma decoração repleta de azulejos que contam histórias e milagres dos anos passados. No seu interior, além da Nossa Senhora da Nazaré há igualmente uma imagem da Santa Efigénia da Etiópia, a única santa negra do mundo.

Igreja de Nossa Senhora da Nazaré é uma igreja do século XVII situada em Luanda, em Angola. Localiza-se junto à Baía de Luanda, em frente à Avenida Marginal.

Está consagrada como tradução duma epopeia realizada pelos nossos maiores e página gloriosa do passado. Foi a primeira relíquia classificada em Angola como monumento nacional, sendo a portaria referendada pelo Alto-Comissário , sr. Norton de Matos.

A arquitectura, muito portuguesa, é simples, de grossas paredes de alvenaria. Uma varanda e um alpendre correm paralelamente aos lados, sobre baixas arcarias de meia volta, com pequenos arcobotantes; um alçado , no ângulo direito da frontaria, é a sineira; faz parte da construção religiosa e dá-lhe uma frente larga.

  

A nave interior tem três altares, com os torcidos do estilo primitivo. O pavimento, de velhos tijolos da indústria angolana, foi recentemente substituído por ladrilhos da mesma indústria e de idêntico padrão.

A Imagem da padroeira é a própria da Ermida, segundo a tradição. O nicho de talha dourada que a cobria teve de ser abandonado, apesar da sua antiguidade, devido ao estado de deterioração em que se encontrava.

Azulejos e imagem de Cristo

A igreja foi, porém, dedicada à vitória na Batalha de Ambuíla, como indicam os azulejos historiados no interior, A cabeça do rei António I do Congo, morto na batalha, foi sepultada na igreja. Os azulejos brancos-azuis, que cobrem a capela-mor, o arco triunfal e a nave, contém ainda cenas da vida de Nossa Senhora e de Santa Ifigénia da Etiópia.

Foi classificada como Monumento Nacional em 1922.

Foi mandada construir em 1664 pelo governador André Vidal de Negreiros em cumprimento de um voto à Virgem, feito, possivelmente, durante um temporal ocorrido na sua viagem para Angola, mas foi dedicada à vitória na Batalha do Ambuíla, como atestam os painéis de azulejos do interior. De estilo barroco mas simultaneamente muito geometrizada, a igreja apresenta uma composição austera e robusta, com predominância das linhas horizontais. A fachada era possivelmente limitada por duas torres, que nunca foram construídas mas constavam do projeto inicial; termina num frontão triangular e óculo, sendo valorizada por varandas e alpendres laterais assentes sobre arcadas, situação que lhe confere a indicação de igreja de peregrinação. Conta apenas com uma pequena torre sineira, do lado da epístola, e está limitada por pilastras rematadas por pináculos. Tem pequenas dimensões, uma só nave, capela‐mor e nichos colaterais decorados com colunas de tipo salomónico. Localiza‐se na Marginal, mantém os traços originais da sua construção e foi classificada como Monumento Nacional através da portaria n.o 135, de 28.06.1932.

A graciosa Ermida é um acto de fé religiosa e patriótica ; é uma lição prática, evocação sugestiva da fé dos portugueses, dos seus sacrifícios e glórias, e ao mesmo tempo testemunho secular do cunho firme da colonização portuguesa que nela está impresso.

Foi classificada pelo Governo Geral, em 1922 (Portaria de 28 de Junho) MONUMENTO NACIONAL, "pelas recordações patrióticas que encerra... e pelos documentos de arte que contém e que são únicos, no género, em toda a Província", diz a portaria.

 

 "Exteriormente, a Ermida apresenta, à moda romântica, um maior desenvolvimento no sentido da largura". Cá fora, ergue-se o pequeno cruzeiro, à moda portuguesa.

História

André Vidal de Negreiros, artífice da libertação do Nordeste do Brasil do domínio holandês e governador de Angola, mandou construir a Igreja de Nossa Senhora da Nazaré em 1664, como indicado numa placa sobre o portal de entrada. A edificação da igreja foi uma forma de agradecer a Deus haver sobrevivido a um naufrágio numa viagem do Brasil para Angola, possivelmente a mesma que o levou para assumir as funções de governador naquele território.

Arquitetura

De maneira geral, a Igreja de Nossa Senhora da Nazaré conserva suas linhas originais. A fachada, de linhas simples, tem portal único de verga reta, com uma lápide comemorativa da fundação, e é encimada por um frontão triangular com óculo.De cada lado da igreja há alpendres com arcadas, o que indica uma antiga função como igreja de peregrinação. Do lado direito há uma pequena torre sineira.

A planta é de uma nave retangular. Está decorada com azulejos brancos e azuis na nave, arco triunfal e capela-mor, além de retábulos de colunas salomônicas.