Redescobrindo a Família Di Costanzo

Em 11/02/2022, exatamente quando estávamos arquitetando a escrita conjunta deste artigo, fomos surpreendidos por um e-mail da Assessoria Técnica - SFMSP, órgão da Prefeitura de São Paulo, que nos informava:  


"Em relação à concessão do Cemitério São Paulo: A concessão foi Declarada em Comisso e Extinta em 2002 pelo processo 3684/01. Os corpos lá sepultados foram exumados para o ossário geral. A concessão foi disponibilizada e concedida para novo concessionário em 03/02/2003."

Em resumo, na ocasião, pensamos: "o túmulo não existe mais e o terreno foi vendido a outra família, que o ocupa desde 2003. Os ossos de todos os membros da referida família Di Costanzo estão hoje no ossário geral do Cemitério São Paulo, a exemplo dos ossos da família Cappellano, que estão hoje no ossário geral do Cemitério do Araçá. Provavelmente jamais saberemos as datas precisas de nascimento e morte dos pais e irmãos de minha avó, bem como não saberemos nada à respeito do misterioso Raphael, que viveu quase toda a sua vida e morreu no Hospital Psiquiátrico, então chamado Manicômio do Juquery, em Franco da Rocha, já que um incêndio destruiu os arquivos da instituição em 2005."

Dois dias depois, porém, já refeitos da decepção em relação às informações recebidas, decidimos recorrer às fontes documentais ainda disponíveis, ou seja, pesquisas no Google e outros sites, arquivos de jornais em hemerotecas digitais e as fotografias dos antigos álbuns de nossa avó.

A pesquisa revelou-se de imediato bastante frutífera. Inicialmente deparamos com uma  completa novidade, que nos leva a reescrevermos a vinda dos Di Costanzo para o Brasil. 

Nos relatos de nossa avó, seu pai, Miguel (Michele) Di Costanzo teria vindo só ao Brasil, tendo sido a viagem parcialmente financiada pela futura esposa. 

Na realidade, acabamos descobrindo que o pai de Miguel Di Costanzo, Vincenzo Di Costanzo, não apenas esteve no Brasil, como também morreu aqui, na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, em 12 de junho de 1906.

No início do século XX, Miguel Agnello Di Costanzo, Maria Monti Di Costanzo e sua irmã Fortunata Monti estavam residindo na Rua Barão de Jundiaí, bem ao lado desta casa à esquerda, que tem uma menina na porta: 

Voltaram a São Paulo, capital, na década de 1910, já com os cinco filhos, quando foram residir no Brás. Em Jundiaí, deixaram alugadas 2 casas na Rua Barão de Jundiaí e 2 casas na Rua Rangel Pestana, fruto do desmembramento do terreno original, que ia de uma rua à outra.  No local, onde estavam as duas casas da Rua Barão de Jundiaí, existe hoje uma agência do banco Bradesco. 

Para que o leitor possa ter uma ideia aproximada da aparência destas casas, foi necessário fazer uma reconstituição, já que não havia fotos disponíveis que mostrassem toda a fachada. As casas da Rua Rangel Pestana, que chegaram ao início do século XXI, haviam sido construídas na última década do século XIX e, segundo nossa avó Gilda (Hermenegilda), eram “as primeiras casas bonitas de Jundiaí”. Também segundo ela, as primeiras a contarem com banheiros internos.

Em 1963, nossa avó, que havia comprado as partes dos irmãos (tio Vicente e tia Natina), reformou e foi viver no número 249 (esquerda). Manteve sempre a outra casa alugada: a “Eletro Rádio Universal” no piso térreo, a Clínica Dentária do Dr. Marcelo Pupo Vadalá nos cômodos da frente do piso superior e a família da Beatriz (criada por ela) e Pedro Cavallaro (que havia sido seu empregado no sítio) morando no restante da casa.

Localização das 4 casas, em relação a um mapa aéreo atual 

 Imagem colorida digitalmente - Miguel Di Costanzo com as filhas (Angélica Margarida, sentada à esquerda, Natina, sentada, logo à frente do pai, e Gilda, em pé à direita), já morando em São Paulo, por volta de 1916. 

O primeiro registro do bisavô Miguel Di Costanzo, ainda assinando “Michele”, é de 24 de janeiro de 1918, quando realizou a doação de algum dinheiro para a compra de aeroplanos destinados ao Aero Club brasileiro.

Cronologicamente, logo em seguida, o vemos adquirindo um terreno em 1921:

E também linha telefônica, igualmente em 1921:

Nesta época ainda residia no número 104 da Rua Piratininga, no Brás. Mais adiante, como veremos, a família estava morando na casa ao lado, no número 114.

Em seguida, há um salto no tempo, e o vemos tendo de cumprir exigências, já viúvo, em 5 de janeiro de 1939, para abrir uma firma em sociedade com seu filho, Vicente:

A exigência foi cumprida com agilidade e vemos, logo a seguir, em 19 de janeiro, a firma ser legalizada: 

Em fevereiro do mesmo ano (1939) uma publicação no Diário Oficial do Estado de São Paulo nos demonstra que além do bisavô, Miguel Di Costanzo, e do tio Vicente, nossa avó, Gilda (Hermenegilda) também era sócia da Serraria: 

Ressaltamos que "comanditária" é o sócio capitalista ou fornecedor de fundos, numa sociedade em comandita, que é a sociedade comercial em que há um ou mais associados, de responsabilidade solidária, e um ou mais sócios capitalistas, que não intervêm na gerência e cuja responsabilidade não excede o capital subscrito. 

Em relação à esposa, nossa bisavó, Maria Monti di Costanzo, a imprensa apenas noticia o seu falecimento, em 30 de novembro de 1935. Há menções ao passamento tanto no CORREIO PAULISTANO (notícia com alguns equívocos, como por exemplo que ela seria “viúva de Miguel Di Costanzo”, o qual, como sabemos, só veio a falecer em 1955) quanto no O ESTADO DE SÃO PAULO:

Conseguimos também o seu termo de sepultamento, graças ao site Family Search (https://www.familysearch.org/pt/  ) onde consta inclusive o nome de seus pais (Aniello Monti e Thereza Monti): 

Graças à pesquisa de nosso irmão, o engenheiro Luiz Henrique Cappellano, conseguimos até mesmo a documentação referente ao seu enterro:

Como vemos, na ocasião a família já residia no número 114 da Rua Piratininga:

Com certeza absoluta, tanto a casa preta quanto a casa azul eram uma só, o número 114. Observem o estilo/data da construção. Há um friso contínuo e idêntico nas duas casas e só há uma porta de entrada original para o piso superior. Notem também que o conjunto todo é da década de 1920, onde não faltam pilastras, mísulas e ornamentos sobre as janelas. 

Foi nesta casa que minha avó e as irmãs se casaram. Foi desta casa que saíram os enterros da bisavó e da tia Angélica. Foi neste porão que Raphael - o grande “enigma” da família Di Costanzo - ficou recluso.

Com base nesta notícia, que nos informa que Raphael estava com 34 anos em 1936, poderíamos concluir que ele nasceu em 1902, dois anos antes de nossa avó Gilda (Hemenegilda). No entanto, quando pudemos consultar seu Registro de Batismo (apresentado na Cronologia, datado de 29/10/1900), pudemos verificar que ele nasceu em 01/06/1900.

A questão da doença mental era então um tabu. Muitas famílias de fato "ocultavam" os doentes mentais, como se fossem "aberrações", "castigo de Deus" ou uma "vergonha". 

A  literatura nos traz vários casos como este. Da maneira como enxergo a situação, a ordem cronológica dos fatos foi mais ou menos esta: Raphael saiu do Juquery e foi instalado pela família no porão (até porque ele tinha problemas de locomoção e era um sobrado, onde eles viviam no primeiro andar), na sequência faleceram a bisavó Maria, em 30 de novembro de 1935 e a tia Angélica, em 18 de janeiro.

Mais uma vez, graças à diligente pesquisa de nosso irmão, o engenheiro Luiz Henrique Cappellano, tivemos acesso aos documentos referentes ao seu sepultamento (18/01/1936), exumação e reinhumação (28/06/1938). 

Os vizinhos, que já não se sentiam mais constrangidos, após a morte da bisavó, chamaram a polícia. Em 28 de janeiro de 1936 compareceu a polícia e a imprensa à casa na Rua Piratininga 114. O mais irônico de tudo é que, acabamos descobrindo que, anos depois, a casa da Rua Piratininga nº 114, acabou se tornando o SANATÓRIO SÃO LUCAS e, em 1957, quando promovia um ciclo de debates sobre o tema, o jornal O ESTADO DE SÃO PAULO, coloca a notícia exatamente sobre outra, do mesmo teor, em relação ao Hospital Psiquiátrico do Juqueri.

Em contato com os setores competentes, do referido Hospital, conseguimos levantar as seguintes informações: 

“Procedemos pesquisa em nossos arquivos, sendo localizado manuscrito em nome de RAPHAEL DI CONSTANZO, o qual foi internado neste Complexo Hospitalar do Juquery em 15/11/1920, não havendo registro de data de sua saída desta instituição.(grifo nosso)

No referido manuscrito consta como data da última avaliação médica em 1923.”(grifo nosso)

Em relação à tia Angélica Margarida, nascida em 23 de março de 1903 (segundo Registro de Batismo recém descoberto), uma das únicas menções em relação a ela é enquanto oradora, declamando um Soneto, com o título "13 de maio”, no Primeiro Grupo Escolar do Brás, quando estava no Terceiro Ano, em 14 de maio de 1914: 

Uma outra existência eclipsada foi a tia Fortunata Monti, irmã da bisavó Maria, que teria vindo com ela ao Brasil, tendo durante toda a vida cumprido o papel de "segunda esposa" para Miguel Di Costanzo e "segunda mãe" para seus filhos. Em relação a ela, existem apenas fotografias, quase nenhum documento e uma única menção na imprensa, na página 13 do Diário Oficial do Estado de São Paulo de 19/08/1938, solicitando esclarecimentos em relação aos seus bens.

Foi apenas muito recentemente que localizamos sua Certidão de Óbito. A dificuldade na localização estava no fato de que, como era hábito na época, o Cartório registrou os nomes, tanto dos pais da falecida quanto de meu pai, Walter, que foi o declarante, com erros grotescos de ortografia. Analisando o documento podemos, enfim, precisar que ela nasceu em 1870, em Casamicciola, Ilha de Íschia, e faleceu, na casa de minha avó Gilda (Hermenegilda), sua sobrinha, na Rua Domingos de Morais nº 2742, na Vila Mariana, São Paulo, capital, em 7 de fevereiro de 1954. Curiosamente, exatamente seis anos depois, em 7 de fevereiro de 1960, meus pais se casaram. 

Já passando para a tia Natina (também Fortunata), a veremos assinando uma subscrição em relação à criação exatamente deste primeiro Grupo Escolar do Brás em 1911. Como sabemos, ela era a filha mais velha, nascida em 12 de fevereiro de 1898, em Jundiaí-SP.

Logo em seguida, localizamos os Proclamas de seu casamento, em 30 novembro de 1917 (publicação em 1º de dezembro). Ela estava então com 19 anos.

A veremos envolvida com atividades benemerentes, que eram então a tônica da vida social de senhoras do seu segmento da sociedade:

Em seguida, na sequência, a veremos enterrando o marido e convidando para a missa de sétimo dia.

Como viúva rica, que ela era, também encontramos no DIÁRIO OFICIAL, a menção a várias demandas judiciais, sempre envolvendo questões financeiras. 

Também nossa avó, Gilda (Hermenegilda), ainda assinando o seu nome de casada com o primeiro marido, teve problemas com a receita em 1936, questão que se arrastou por 30 anos, havendo uma demanda sua em 1966.

Para mais informações sobre nossa avó, Gilda (Hermenegilda), leia: https://sites.google.com/site/lucappellano/-nunca-houve-uma-mulher-como-gilda?authuser=0

Já o tio Vicente, nascido em 27 de setembro de 1901, foi preparado pelo pai para sucedê-lo nos negócios e, neste sentido, foi extremamente bem sucedido.

Sua primeira menção na imprensa foi em relação às eleições de 1930.

Em 1939 ele solicitou e foi conferido alvará para portar arma de caça.

Podemos vê-lo, em 1946, como um dos principais sócios acionistas da Empresa Industrial Sacaria S.A. 

Nesta época, como vemos, ainda morava na Rua Leonardo Cavalcanti nª 16, onde foi residir logo que se casou com a tia Virgínia. 

Mais tarde, com sua opulência econômica, construiu um imenso casarão, que ainda existe, onde hoje funciona um Hotel,  na esquina das ruas Rangel Pestana e São Bento (Rua São Bento 417). 

Foi nesta casa que ele e a tia Virgínia Almeida Di Costanzo, natural da cidade de Assis-SP e nascida em 3 de outubro de 1901, criaram, além de seus dois filhos, o Dr. Miguel Di Costanzo e Neyde Di Costanzo, as cinco sobrinhas da tia Virgínia, que ficaram órfãs. Uma delas, apelidada “Menininha”, casou-se com o famoso fotógrafo Darcy Ravagge (filho do igualmente fotógrafo Luiz Ravagge), que era muito amigo de nossos pais, tendo realizado o registro fotográfico do casamento dos mesmos, em 7 de fevereiro de 1960.

Sr. Luiz Ravagge (esquerda), Walter Cappellano e Ignez, 1960 

Darcy Ravagge (direita) com a vovó Gilda (esquerda) 


Já viúva, a tia Virgínia mudou-se, com sua filha Neyde, para um sobrado bem mais modesto situado à Rua Professor Luiz Rosa nº 89, próximo onde hoje se localiza o Velório Municipal, sempre em Jundiaí-SP.

Voltando ao tio Vicente, logo a seguir o encontramos compondo o Conselho Fiscal das Cadeiras e Móveis Pelliciari S.A.

Com a falência do Banco Ítalo Belga, em 1955, mesmo ano em que Miguel Di Costanzo faleceu e nossos pais começaram a namorar, o tio Vicente ficou com algum dinheiro em haver. 

Algumas imagens: 

Angélica (esquerda) e Natina (direita) - sempre muito parecidas!                                    Natina com os filhos, Antonio e Reny (Maria Antonieta) 

                         Família da tia Natina                                                        Tia Virgínia, tio Vicente e filhos.                                         Tia Virgínia (esquerda) e vovó Gilda (direita) 

Entre 1950 e 1960 a principal residência da vovó Gilda (Hermenegilda) foi o Sítio Bela Vista, de Juca (José) Sciamarelli, em Jundiaí-SP                                                                 

Tio Vicente (esquerda), tia Virgínia e vovó Gilda (direita)

Walter (esquerda), Natina e Gilda (centro) e Ignez Cappellano (direita), 1963. 

A segunda geração nascida no Brasil, as “crianças” Miguel e Neyde, filhos dos tios Vicente e Virgínia, Antonio e Reny (Maria Antonieta), filhos dos tios Lulu (Luiz) e Natina (Fortunata), e Walter, filho da vovó Gilda (Hermenegilda) e Salvador Graciano:

As fotos das crianças - que são apenas amostragem de uma série bem maior - foram tomadas na casa da direita da Rua Rangel Pestana, em Jundiaí-SP. A porta principal de entrada é bastante característica e a sua posição confirma ser a casa da direita. Ao mesmo tempo, a "porta de correr de loja", que vemos na última fotografia, ainda existia no início do século XXI, quando as casas foram demolidas.

Sabemos que Antonio Cocozza, filho da tia Natina com "Lulu" Cocozza, se casou com Egista Basso (25 de fevereiro de 1923 – 7 de abril de 2001, filha de Constantino Tocci Basso e Nadina Theresa Angeli) e teve um filho chamado Luiz e uma filha, chamada Maria Stela (nascida em São Paulo em 5 de agosto de 1943), pois conseguimos ter acesso à Certidão de Casamento da mesma no site https://www.familysearch.org/pt/.

Sabemos também que a prima Reny era uma “alma livre”, como se dizia na época, além de bonita e glamourosa. Artista plástica (por muitos anos tive um anjo da guarda que ela mesma havia moldado em gesso e pintado para mim, quando nasci) e o que chamaríamos hoje de “empreendedora”. Fez com que a tia Natina a emancipasse legalmente, logo após a morte de seu pai, em 27/12/1945, algo incomum para a época. Se casou aos 21 anos (20/12/1947) com o contador Medardo Vetusto Maria Preti e teve dois filhos: Lúcia Maria Preti e Pedro Luiz Preti.

Com a maturidade, acabou perdendo as formas longilíneas e ficando tão gorda quanto a sua mãe e a sua tia.

Reny é a primeira (esquerda) da segunda fileira, com os óculos escuros. À sua direita, sua tia Gilda e sua mãe, Natina. Logo na sequência, uma amiga da família e Ignez Cappellano. 

Em relação à esta segunda geração nascida no Brasil, o destaque fica por conta do Dr. Miguel Di Costanzo, filho dos tios Vicente e Virgínia, nascido em Jundiaí, em 31 de dezembro de 1926, tendo se casado em 12 de janeiro de 1954 com a professora de piano Ilze Camillo 9nascida em 12/09/1927).

Obteve seu Registro Inicial como médico ainda em 1962, tendo sido revalidado em 1968:

De 1972 a 1975 foi sócio de um Laboratório denominado "Multilab": 

Também à partir de 1972 foi sócio do Laboratório “São Miguel”,  na cidade de Itu-SP:

Finalmente, em 1977, montou sua Clínica em Jundiaí-SP. Neste sentido, retomou a tradição da geração anterior.

O Dr. Miguel Di Costanzo, já aposentado, faleceu em 12 de junho de 2019.

A querida prima Neyde Di Costanzo, irmã do Dr. Miguel Di Costanzo, nasceu em Jundiaí em 30 de outubro de 1930 e faleceu na mesma cidade, em 1º de dezembro de 1999. 

Cultura e Cotidiano:

Miguel (Michele) Agnello (ou Aniello) Di Costanzo era um “homem do século”, como se diria na sua própria época. Típico cidadão da Belle Èpoque, era entusiasta do progresso, da ciência e das inovações técnicas.

Se possuía de fato automóvel, como afirmou inúmeras vezes minha avó, não podemos provar. O que está demonstrado aqui, pela documentação apresentada, é que realizou a doação de algum dinheiro para a compra de aeroplanos destinados ao Aero Club brasileiro em 1918 e que comprou uma linha telefônica em 1921.

Também não há mais como comprovar hoje, mas é bastante factível que houvesse sido um dos primeiros proprietários de Jundiaí a instalar eletricidade em sua residência, situada à Rua Barão de Jundiaí, tão logo o serviço foi disponibilizado (3 de novembro de 1905*).

Pouco afeito à “moral e aos bons costumes”, como sabemos, era dado ao carteado e às mulheres e, segundo minha avó, sempre dizia que le chiese sono per i poveri e gli ignoranti” (as igrejas são para os pobres e os ignorantes).

Já sua esposa, Maria Monti Di Costanzo, e sua cunhada, Fortunata Monti, como bem cabia às matronas napolitanas, eram almas devotas, tendo trazido ao Brasil um exemplar cada uma do Giardino Spirituale, editado em Nápoles, no ano de 1874, ricamente encadernado em couro trabalhado e páginas com as bordas douradas.

As filhas, Natina, Gilda e Angélica, eram tão pouco religiosas quanto o pai, sendo que minha avó, ao longo da vida, se tornou cada vez mais próxima à doutrina espírita.

O primeiro marido de minha avó, Salvador Graciano Cappellano, abraçou a doutrina espírita após a morte de sua primeira esposa, Miquelina Stamato Cappellano (10/01/1922) e nela permaneceu até à morte, como comprova o fato de não ter havido casamento na igreja, apenas civil na casa de meu bisavô, na Rua Piratininga 114, e o fato de meu pai, Walter, que nasceu em 1933, só ter sido batizado na Igreja Católica após a morte do pai, em 1935.

A tia Natina permaneceu nominalmente católica, mas, como muitas senhoras da sua época, um catolicismo de fachada.

O tio Vicente enveredou por um caminho completamente diferente, já que sua esposa, a tia Virgínia, era Protestante.

Uma particularidade desta família que vale a pena relatar é a celebração do Natal.

A única concessão à religiosidade da bisavó Maria era a presença de uma imagem do menino Jesus, debaixo da árvore de Natal, que era carregada em procissão pelos cômodos da casa, acompanhada de orações, antes da ceia.

Em relação ao cardápio, antes da ceia havia as chepolas, que são bolinhos napolitanos de alicce. Me lembro que a Beatriz (nascida 10/06/1924 e falecida em 21/10/1999, filha de Benedito da Silva e Anna Siqueira), que foi criada na casa de meus bisavós e que passou para a casa da minha avó quando esta ficou viúva (1935), dizia que a bisavó Maria fritava as chepolas usando dois pauzinhos e lhes dava o formato de uma rosca. Já minha avó, como me lembro bem, fritava usando uma escumadeira e não lhes conferia nenhuma forma especial. Tinham uma forma de “bolinho genérico”.


Na ceia, sem falta, haveria macarrão de natal (espaguete com nozes e uvas passas), polpettone, chicórias recheadas, lula e mais uma salada. De sobremesa, o sorvete veneziano, que era uma espécie de pavê, e os doces tradicionais: struffoli, doce de vinho e pasteizinhos de nozes e uvas-passas, que eram feitos alguns dias antes e deixados descansar mergulhados em mel.

Outra questão interessante é o nome "alternativo" da tia Natina, já que, como sabemos, foi registrada como Fortunata, mas batizada como Restituta.

Santa Restituta (Restituta da África ; santa bérbere, venerada tanto pela Igreja Latina quanto a Ortodoxa, morreu em 255 ou 304 dC, martirizada na época de Dioclesiano) foi a primeira padroeira de Nápoles, onde uma igreja em sua homenagem foi construída no século VI, sendo depois incorporada à Catedral da cidade, quando esta foi sobreposta a ela, já no século XIII. Ela é especialmente venerada na ilha de Ischia e em Lacco Ameno, onde é celebrada em uma festa de três dias, de 16 a 18 de maio.

Santa Restituta - fonte da imagem: http://www.chiesaischia.it/santa-restituta/ 

*Sobre a implantação da energia elétrica em Jundiaí leia: https://conteudo.solutudo.com.br/jundiai/historias-inspiradoras-jundiai/ha-115-anos-jundiai-era-uma-das-primeiras-cidades-do-estado-a-ter-iluminacao-eletrica-nas-ruas/

A primeira Gilda Sciamarelli:

Interessante fazermos menção ao fato que 45 anos antes de nossa avó Gilda tornar-se Sciamarelli, ainda em 17 de janeiro de 1905, nasceu em Jundiaí a primeira Gilda Sciamarelli, filha de Nicolau Sciamarelli (irmão de José Sciamarelli, o "Juca") e Rosina (ou Rosinha) Cyrillo. Foram padrinhos ninguém menos que Miguel Di Costanzo e Maria Monti, demonstrando os vínculos que sempre existiram entre as duas famílias.

Cronologia: 

1862 - nascimento de Maria Monti, em Casamicciola Terme, Ilha de Íschia, Golfo de Nápoles, Itália, filha de Raffaele Agnelo (ou Aniello) Monti e Thereza Angélica Gioffi Monti (foto abaixo);

1864 - nascimento de Miguel (Michele) Agnello Di Costanzo,  em Casamicciola Terme, Ilha de Íschia, Golfo de Nápoles, Itália, filho de Vincenzo Di Costanzo e Restituta Di Costanzo;

1870 - nascimento de Fortunata Monti, em Casamicciola Terme, Ilha de Íschia, Golfo de Nápoles, Itália, filha de Raffaele Agnelo (ou Aniello) Monti e Thereza Angélica Gioffi Monti, irmã de Maria Monti; 

22/04/1886 - nascimento de José Sciamarelli (nome original: Giuseppe Sciammarella) em Belvedere Marittimo, Cosenza, Calabria, Itália - documento original: ATTO DI LEVA DI SCIAMMARELLA GIUSEPPE/ UFFICIO LEVA Liste leva della classe1886 Registro numero 220/ RIFERIMENTI ATTO 128 Pagina 107 sezione b/ DATA DI NASCITA: 22/4/1886/ LUOGO DI NASCITA: BELVEDERE MARITTIMO/ MADRE Donato Maria Antonia/ PADRE Sciammarella Antonio ; 

16/09/1887 - nascimento de Luiz (Lulu) Cocozza, em São Paulo, capital, filho de Antonio Cocozza e Filomena Vecute; foi batizado em 16 de outubro de 1887, na Igreja de Nossa Senhora da Assunção, centro; 

Fonte da imagem/documento: https://www.familysearch.org/pt/

Entre 1888 (terremoto de Casamicciola, Íschia) e 1898/1899 (nascimento de Fortunata Di Costanzo) - emigração para o Brasil e casamento de Miguel (Michele) Agnello Di Costanzo com Maria Monti, em São Paulo, capital, ou em Jundiaí-SP;

1893 - nascimento de Cacilda Copelli, primeira esposa de José Sciamarelli, filha do Capitão da Guarda Nacional Francisco Copelli e de D. Concetta Copelli, em Jundiaí-SP;  

12/02/1898 - nascimento de Fortunata (Natina) Di Costanzo, em Jundiaí-SP (batizada como Restituta, em 21/04/1898);

Fonte da imagem/documento: https://www.familysearch.org/pt/

19/04/1898  (ou 17/04/1897, segundo Certidão de Casamento) - nascimento de Salvador Graciano Cappellano, em São Paulo, capital; 

01/06/1900 (segundo registro de batismo datado de 29/10/1900) - nascimento de Raphael Di Costanzo, sendo que os padrinhos foram o famoso empreendedor italiano Roque de Marco e sua esposa, Dona Theodora da Cruz de Marco; 

Fonte da imagem/documento: https://www.familysearch.org/pt/

27/09/1901 - nascimento de Vicente Di Costanzo, em Jundiaí-SP ;

03/10/1901 - Nascimento de Virgínia de Almeida, filha de João e Adelaide de Almeida, em Assis-SP; 

27/03/1903 - Nascimento de Angélica Margarida Di Costanzo, segundo seu Registro de Batismo (de 23/07/1903), em Jundiaí-SP;  

Fonte da imagem/documento: https://www.familysearch.org/pt/

10/02/1904 - chegada de José Sciamarelli ao Brasil;

23/12/1904 - nascimento de Hermenegilda (Gilda) Di Costanzo, em Jundiaí-SP;

17/01/1905 - nascimento da primeira Gilda Sciamarelli, em Jundiaí-SP;

12/06/1906 - morte de Vincenzo Di Costanzo, em São Paulo-SP;

05/11/1911 - Fortunata (Natina) assina subscrição em relação ao Primeiro Grupo Escolar do Brás;

14/05/1914 - Angélica Di Costanzo declama um Soneto, em Solenidade no Primeiro Grupo Escolar do Brás;

01/12/1917 - Publicação dos Proclamas do casamento de Fortunata (Natina) Di Costanzo com Luiz (Lulu) Cocozza;

Entre 1917 e 1926 - casamento de Vicente Di Costanzo com Virgínia Almeida (em São Paulo, capital, ou em Jundiaí-SP) e casamento de Angélica Di Costanzo com Joaquim Pinto, em São Paulo, capital;

Tia Virgínia, quando jovem

03/12/1918 - nascimento de Antonio Cocozza, filho de Natina e Lulu Cocozza;

03/02/1920 - Salvador Graciano Cappellano se forma Contador na renomada Escola de Comércio Álvares Penteado;

15/11/1920 - aos 20 anos de idade, Raphael Di Costanzo é internado no Complexo Hospitalar do Juquery;

03/09/1921 - Casamento de Salvador Graciano Cappellano e Miquelina Stamato, na casa do pai da noiva, o industrial Raphael Stamato, na Rua Galvão Bueno nº 94, bairro da Liberdade, São Paulo-SP;

06/10/1921 ou 08/10/1921 - nascimento de Medardo Venusto Maria Preti, em São Paulo - SP, filho de Pedro Preti e Luiza Lucante Preti; 

10/01/1922 - falecimento de Miquelina Stamato (nascida em São Carlos, 20 de março de 1890), primeira esposa de Salvador Graciano Cappellano, filha do industrial Raphael Stamato; 

1923 - data da última avaliação médica de Raphael Di Costanzo no Complexo Hospitalar do Juquery;

10/06/1924 – nascimento da Beatriz, filha de Benedito da Silva e Anna Siqueira, sendo que foi entregue à minha bisavó, Maria Monti Di Costanzo, logo após o nascimento; 

1924 a 1926 - Juca (José) Sciamarelli ocupa a Presidência da Associação Comercial e Empresarial de Jundiaí (vide a Galeria de Presidentes em:  https://www.acejundiai.com.br/galeria-dos-presidentes/  e a História da Entidade em: https://www.facesp.com.br/noticia/ace-jundiai-comemora-97-anos-de-estimulo-ao-empresario ); 

08/01/1926 - nascimento de Maria Antonieta (Reny) Cocozza, filha de Natina e Lulu Cocozza;

31/12/1926 - nascimento do Dr. Miguel Di Costanzo, filho de Vicente e Virgínia Di Costanzo, em Jundiaí-SP;

12/09/1927 - nascimento de Ilze Camillo, filha de Antonio e Acáccia Camillo, em Jundiaí-SP; 

Antes de 1928 - casamento de José Sciamarelli e Cacilda Copelli, filha do Capitão Francisco Copelli;

18/02/1928 - Juca (José) Sciamarelli é eleito Vice-Presidente da Casa de Saúde "Fratelanza Italiana";


16/02/1930 - casamento de Hermenegilda (Gilda) Di Costanzo com Salvador Graciano Cappellano;

30/10/1930 - nascimento de Neyde Di Costanzo, filha de Vicente e Virgínia Di Costanzo, em Jundiaí-SP;

09/01/1932 - filho natimorto de Juca (José) Sciamarelli e Cacilda Copelli;

11/01/1932 - morte de Cacilda Copelli, por complicações durante o trabalho de parto, na Maternidade da Bela Vista, em São Paulo-SP (de acordo com sua Certidão de Óbito); 

10/03/1933 - nascimento de Walter Carmine Cappellano, filho de Gilda e Salvador Graciano;

30/08/1935 - morte de Salvador Graciano Cappellano;

30/11/1935 - morte de Maria Monti Di Costanzo;

18/01/1936 - morte de Angélica Margarida Di Costanzo;

28/01/1936 - polícia e imprensa encontram Raphael Di Costanzo em cárcere privado, no porão da casa da Rua Piratininga 114, ele estava com 34 anos de idade;

22/05/1941 - casamento de Antonio Cocozza com Egista Basso (25/02/1923 - 07/04/2001) filha de Constantino Tocci Basso e Nadina Thereza Angeli; Antonio e Egista tiveram dois filhos: Luiz Cocozza e Maria Stela Cocozza;

07/03/1942 - nascimento de Luiz Cocozza, filho de Antonio Cocozza e Egista Basso; 

05/08/1943 - nascimento de Maria Stela Cocozza, filha de Antonio Cocozza e  Egista Basso;

22/11/1945 - morte de Luiz (Lulu) Cocozza;

27/12/1945 - Emancipação de Maria Antonieta Rinie Cocozza (nome conforme o documento); 

10/12/1947 - casamento de Maria Antonieta (Reny) Cocozza e Medardo Venusto Maria Preti, nascido em 6 de outubro de 1921, filho de Pedro Preti e Luiza Lucante Preti, vindos de Pavia, Itália; Reny e Medardo Venusto tiveram dois filhos: Lúcia Maria Preti e Pedro Luiz Preti;

27/09/1950 - casamento de Hermenegilda (Gilda) Di Costanzo com José (Juca) Sciamarelli;

12/01/1954 - casamento do Dr. Miguel Di Costanzo com Ilze Camillo, nascida também em Jundiaí-SP, em 12 de setembro de 1927, filha de Antonio Camilo e Accacia Simões Camillo, em Jundiaí - SP; tiveram 4 filhos: Silvana, Miguel, Sandra e Solange;

07/02/1954 - morte da tia Fortunata Monti;

1955 - morte de Miguel Di Costanzo;

07/02/1960 - casamento de Walter Carmine Cappellano com Ignez Apparecida Picchi, nascida em Jundiaí - SP, em 16/10/1936, filha de Hugo Picchi e Ignez Taddei Picchi, na então Matriz de Nossa Senhora do Desterro, em Jundiaí-SP; Walter e Ignez tiveram 5 filhos: Luiz Carlos, Ana Luiza e Ana Cristina (gêmeas), Ana Flávia e Luiz Henrique;

05/061961 - morte de José (Juca) Sciamarelli; 

08/08/1962 - nascimento de Ana Rosa Cavallaro, a "Pituca", filha de Beatriz e Pedro Cavallaro (nascido em Itatiba-SP em 22/03/1931, filho de Henrique Cavallaro e Rosa Martins Cavallaro, ex-empregado de minha avó e de José Sciamarelli, no Sítio Bela Vista), que minha avó Gilda (Hermenegilda) criou como se fosse sua neta, tendo inclusive residido muito tempo em sua casa, e que a chamava de avó; 

15/08/1964 - morte de Vicente Di Costanzo, sendo que, ao analisarmos sua Certidão de óbito, descobrimos que o nome completo de seu pai era Miguel Agnello Di Costanzo;

Fonte da imagem/documento: https://www.familysearch.org/pt/

23/09/1976 - morte de Fortunata (Natina) Di Costanzo;

29/01/1983 - morte de Antonio Cocozza, filho de Natina e Lulu;

30/03/1991 - morte de Maria Antonieta (Reny) Cocozza Preti, também filha de Natina e Lulu;

07/08/1991 - morte de Medardo Venusto Maria Preti, esposo de Reny, em São Paulo-SP, sendo que estão ambos enterrados no túmulo da família Cocozza no Cemitério da Consolação; 

08/02/1992 - casamento de Ana Rosa Cavallaro, a "Pituca", que minha avó Gilda (Hermenegilda) criou como neta, com Aparecido Pereira, em Jundiaí-SP. O casal teve um filho: Pedro Paulo;

07/08/1992 - morte de Walter Carmine Cappellano, filho de Gilda e Salvador Graciano;

01/11/1998 - morte de Hermenegilda (Gilda) Di Costanzo Sciamarelli;

21/10/1999 - morte da Beatriz; 

01/12/1999 - morte de Neyde Di Costanzo;

2002 - perda do túmulo no Cemitério São Paulo [“A concessão foi Declarada em Comisso e Extinta em 2002 pelo processo 3684/01. Os corpos lá sepultados foram exumados para o ossário geral. A concessão foi disponibilizada e concedida para novo concessionário em 03/02/2003.”] e consequente perda das informações precisas de datas de nascimento/morte dos que anteriormente se encontravam lá sepultados.

12/06/2019 - morte do Dr. Miguel Di Costanzo, filho da tia Virgínia e do tio Vicente, em Jundiaí-SP.

Obs.: Luiz Cocozza, Fortunata e seus filhos não estavam neste túmulo perdido no Cemitério São Paulo, mas sim no Cemitério da Consolação. Hermenegilda (Gilda) e seu filho Walter estão sepultados no Cemitério Nossa Senhora do Desterro, em Jundiaí-SP, túmulo de José (Juca) Sciamarelli, sua primeira esposa, Cacilda Copelli Sciamarelli e filho do casal, sendo que ambos morreram durante o parto.

Sites:

https://www.familysearch.org/pt/

http://memoria.bn.br/hdb/periodico.aspx

http://www.imprensaoficial.com.br/#13/02/2022

https://acervo.estadao.com.br/


Contato via e-mail:


Paulo Rogério Bruno - Assessoria Técnica - SFMSP (prbruno@prefeitura.sp.gov.br)

Paulo César - Núcleo de Acervo Textual Público - Arquivo Público do Estado de São Paulo (publicos@arquivoestado.sp.gov.br)

Simone Aparecida Rodrigues - Diretor Técnico de Saúde - Complexo Hospitalar do Juquery - Serviço de Arquivo Medico e Estatistico (chj-same@saude.sp.gov.br)

Pesquisa de Campo por Ana Luiza Cappellano, nos álbuns de fotografias de nossa avó Gilda (Hermenegilda) em Jundiaí-SP, em 13 de fevereiro de 2022 , e por Luiz Henrique Cappellano, nos documentos, em 18/03/2023. 

Programa Google Earth

Fontes Primárias (documentos):

Cemitério São Paulo – enterro de Maria Di Costanzo

Cemitério São Paulo – Angélica Pinto – documentos referentes ao seu sepultamento (18/01/1936), exumação e reinhumação (28/06/1938)

Certidão de Casamento de Maria Stela Cocozza Felipe e Weber Marques Felipe

Certidão de Nascimento de Antonio Cocozza

Certidão de Nascimento de Maria Antonieta Rinie Cocozza

Certidão de Óbito de Fortunata Monti

Certidão de Óbito de Maria De Costanzo

Certidão de Óbito de Vicente Di Costanzo

Registro de Batismo de Angélica Margarida Di Costanzo

Registro de Batismo de Hermenegilda Di Costanzo

Registro de Batismo de Luiz Cocozza

Registro de Batismo de Raphael Di Costanzo

Registro de Batismo de Restituta Di Costanzo

Termo de emancipação de Maria Antonieta Rinie Cocozza

Outros, utilizados durante as pesquisas

Certidão de Casamento de Hermenegilda Di Costanzo e José Sciamarelli

Certidão de Casamento de Hermenegilda Di Costanzo e Salvador Graciano Cappellano

Certidão de Casamento de Ignez Apparecida Picchi e Walter Carmine Cappellano

Certidão de óbito de José Sciamarelli

Certidão de óbito de Walter Carmine Cappellano

Fontes Secundárias (Jornais):

Hemeroteca Digital – BNDigital – Fundação Biblioteca Nacional – http://bndigital.bn.gov.br/hemeroteca-digital/

CORREIO PAULISTANO, São Paulo, 14 de junho de 1906, p. 3

                                                         , 14 de maio de 1914, p. 2

                                                         , 24 de janeiro de 1918, p. 4

                                                         , 1º de dezembro de 1917, p. 13

                                                         , 6 de outubro de 1921, p. 8

                                                         , 1 de dezembro de 1921

                                                         , 18 de fevereiro de 1928, p. 9

                                                         , 23 de janeiro de 1930

                                                         , 1º de dezembro de 1935, p. 4

                                                         , 19 de janeiro de 1936, p. 4

                                                         , 29 de janeiro de 1936, p. 1

                                                         , 5 de janeiro de 1939, p. 9

                                                         , 19 de janeiro de 1939, p. 15

                                                         , 10 de novembro de 1940, p. 3

                                                        , 23 de novembro de 1945, p. 6, p. 11

                                                         , 27 de novembro de 1945, p. 11

Acervo O ESTADO DE SÃO PAULO (https://www.estadao.com.br/acervo/)                                                                      

DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO, 19 de agosto de 1938, p. 13

                                                                           , 2 de julho de 1936

                                                                           , 8 de fevereiro de 1939

                                                                           , 11 de fevereiro de 1939

                                                                           , 25 de setembro de 1946

                                                                          , 13 de abril de 1951

                                                                           , 19 de junho de 1955

                                                                           , 27 de março de 1962

                                                                           , 6 de dezembro de 1966, p.48

                                                                           , 18 de abril de 1968

                                                                          , 14 de abril de 1972

                                                                           , 16 de agosto de 1972

                                                                           , 6 de março de 1975

                                                                           , 16 de agosto de 1975

                                                                           , 7 de maio de 1977

Busca “Poder Judiciário” – vários

O ESTADO DE SÃO PAULO, 5 de novembro de 1911, p. 5

                                            , 1º de dezembro de 1935, p. 8

                                            , 27 de janeiro de 1957, p. 8

                                            , 6 de junho de 1961, p. 23

Crédito das Imagens (na ordem em que aparecem no texto):

Árvore genealógica - https://www.familysearch.org/pt/

Recorte do Correio Paulistano - Hemeroteca Digital Brasileira (Biblioteca Nacional)

Rua Barão de Jundiaí no início do séc. XX – domínio público, colorido digitalmente 

Reconstituição das casas de Miguel Di Costanzo – obras do autor 

Localização das casas de Miguel Di Costanzo – Google Earth 

Família Di Costanzo – acervo pessoal, colorido digitalmente 

3 recortes da imprensa (jornais) - Hemeroteca Digital Brasileira (Biblioteca Nacional)

Casa Rua Piratininga, Brás, São Paulo, nº 104 – Google Earth 

3 recortes da imprensa (jornais) - Hemeroteca Digital Brasileira (Biblioteca Nacional)

Serraria de Miguel Di Costanzo – acervo pessoal 

2 recortes da imprensa (jornais) - Hemeroteca Digital Brasileira (Biblioteca Nacional)

Certidão de Óbito de Maria Monti Di Costanzo - https://www.familysearch.org/pt/

Documento do Cemitério São Paulo - acervo pessoal

Casa Rua Piratininga nº 114 - Google Earth

2 recortes da imprensa (jornais) - Hemeroteca Digital Brasileira (Biblioteca Nacional)

2 documentos do Cemitério São Paulo - acervo pessoal

2 recortes da imprensa (jornais) - Hemeroteca Digital Brasileira (Biblioteca Nacional)

Tia Fortunata, Antonio Cocozza (criança) e tia Natina – acervo  pessoal 

Festa de casamento de Gilda e Graciano – acervo pessoal 

São Vicente, janeiro de 1949 – acervo pessoal 

Recorte do Diário Oficial - Hemeroteca Digital Brasileira (Biblioteca Nacional)

Certidão de óbito de Fortunata Monti - https://www.familysearch.org/pt/

2 recortes da imprensa (jornais) - Hemeroteca Digital Brasileira (Biblioteca Nacional)

“Lulu” Cocozza e Natina – acervo pessoal 

11 recortes da imprensa (jornais) - Hemeroteca Digital Brasileira (Biblioteca Nacional)

Rua Leonardo Cavalcanti nº 16, Jundiaí-SP – Google Earth 

Rua São Bento 417, Jundiaí -SP, várias – Google Earth

Luiz Ravagge, Walter e Ignez Cappellano - acervo pessoal

Gilda Sciamarelli e Darcy Ravagge - acervo pessoal

Casa R. Prof. Luiz Rosa nº 89 - Google Earth

Angélica, Natina e filho - acervo pessoal

Natina com os filhos - acervo pessoal

Família da tia Natina - acervo pessoal

Angélica e seu marido (Virgínia e Vicente?) - acervo pessoal

Virgínia e Gilda - acervo pessoal

Gilda com Cíntia, sua afilhada - acervo pessoal

Vicente, Virgínia e Gilda - acervo pessoal

Walter, Natina, Gilda e Ignez - acervo pessoal

3 fotos das crianças Di Costanzo - acervo pessoal

Certidão de Casamento de Maria Stella Cocozza Felipe - https://www.familysearch.org/pt/

Reny e filho - acervo pessoal

Reny, Gilda, Natina e Ignez - acervo pessoal

4 recortes (imprensa) - Hemeroteca Digital Brasileira (Biblioteca Nacional)

Giardino Spirituale (2 imagens) - fotos do autor

Santa Restituta - fonte da imagem: http://www.chiesaischia.it/santa-restituta/ 

Registro de batismo de Gilda Sciamarelli - https://www.familysearch.org/pt/

Teresa Angélica Gioffi Monti - acervo pessoal

 4 recortes de registros de batismo (Luigi Cocozza, Restituta, Raphael e Angélica Margarida Di Costanzo)  - https://www.familysearch.org/pt/

Vicente Di Costanzo - acervo pessoal

Gilda criança - acervo pessoal

Tia Virgínia jovem - acervo pessoal

Walter e Beatriz - acervo pessoal

Recorte Correio Paulistano - Hemeroteca Digital Brasileira (Biblioteca Nacional)

Maria Monti Di Costanzo - acervo pessoal

Reny jovem - acervo pessoal

Casamento de Reny - acervo pessoal

Walter e Ignez Cappellano - acervo pessoal

Recorte O Estado de São Paulo - Hemeroteca Digital Brasileira (Biblioteca Nacional)

Certidão de óbito de Vicente Di Costanzo - https://www.familysearch.org/pt/