Família Cappellano - um "mistério" em vias de ser desvendado...

Agradecimentos:

Agradeço a duas pessoas, sem a colaboração das quais este texto jamais poderia ter sido escrito (no caso do Luiz Henrique), ou terminado (no caso do Paulo Matheus):


   Meu irmão, o engenheiro Luiz Henrique Cappellano


           O fotógrafo Paulo Matheus (http://paulomatheus.com.br/)


Agradeço muito especialmente a Regina Helena Scavone Posvolsky (rhscavone@gmail.com), que também se utiliza da plataforma Family Search (https://www.familysearch.org/pt/) pelas valiosas contribuições em relação à família Spera 


Introdução:

Enquanto historiador, que teve em sua formação (IFCH - UNICAMP, 1984-1987) uma ênfase muito grande na micro história e na história regional, uma das minhas grandes frustrações era saber qualitativamente e quantitativamente muito pouco a respeito do sobrenome que carrego.


Meu avô Cappellano, Salvador Graciano, faleceu quando meu pai estava com apenas dois anos e meio. Na sequência, minha avó Gilda (Hermenegilda) voltou a namorar e acabou se casando com um ex-namorado da juventude e, desta maneira, se afastou da família do seu primeiro marido.


O resultado desta situação é que crescemos sabendo muito a respeito da ancestralidade materna mas relativamente pouco da paterna.


Família Cappellano:


Desde a infância/adolescência pesquisando a história da família sempre me deparava com vários hiatos, com relatos bastante lacunares por parte de minha avó, quer sejam acobertamentos e silêncios voluntários, como em relação a “Lina” (Miquelina) Stamato Cappellano, primeira esposa de meu avô, ou involuntários, como no caso da tia “Carmen”.


Recentemente, alguns silêncios começaram a ser quebrados revisitando velhas fontes com um novo olhar.


Um dos maiores hiatos era a tia Carmen, em vida a irmã mais próxima ao meu avô. 


Jamais consegui qualquer retorno, por mais vago que fosse, digitando “Carmen Cappellano” no Google e nem tampouco encontrava menção a ela cruzando informações que eu já pesquisara, em fontes documentais primárias e secundárias. É como se ela jamais houvesse existido!


Sabia por minha avó que o sobrenome do marido era Ratton, que ela trabalhava no Mappin e que se casara quase aos 40 anos, sendo este o motivo de não ter tido filhos.


Mesmo que sua data de nascimento esteja hoje parcialmente  ilegível na lápide (provavelmente 12/04/1904), sua Certidão de Casamento, descoberta depois, aponta a data de nascimento como sendo 13/04/1904, logo, ela na realidade se casou próximo dos 30 anos de idade, e não 40. De qualquer maneira, tarde para os padrões da época. 

Crédito da imagem: Paulo Matheus (http://paulomatheus.com.br/

A questão da idade de Carmen/Carmela Cappellano pode nos parecer irrelevante na atualidade, mas, com toda certeza, devia ter algum peso ou importância na época tanto que, pesquisando mais documentos em profundidade, chegamos a algumas constatações bastante interessantes.

Em primeiro lugar que ou de fato Carmela era bem mais velha do que se pensava, tendo nascido em 7 de maio de 1899 - e, desta maneira, sendo 11 meses mais velha que seu marido - conforme a primeira Certidão de Nascimento localizada em seu nome, e batizada em 7 de janeiro de 1900, segundo Registro de batismo encontrado, ou houve uma primeira Carmela, que poderia ter falecido ainda criança, sendo a que se casou em 11 de setembro de 1931 a segunda Carmela Cappellano, filha de Carmino Cappellano e Maria Spera Cappellano.

https://www.familysearch.org/pt/ 

Levando em conta a grande proximidade e intimidade que existia entre Salvador Graciano, nascido em 1897, e Carmela, o mais provável é que, dentre tantos irmãos, fossem aqueles com faixa etária mais compatível, logo, ela provavelmente nasceu mesmo em 1899 e não em 1904.

Como indício comprobatório de que Carmela desejou não apenas tornar-se mais nova do que o marido mas, de uma tacada só, aliviar 5 anos da própria idade, pedimos uma leitura atenta da sua segunda Certidão de Nascimento, estranhamente emitida em 7 de agosto de 1931 (um mês apenas, portanto, antes do seu casamento) onde ficam evidentes a rasura (1931 se transforma em 1904) e o fato de ser ela mesma a declarante de seu nascimento (vide grifos).

https://www.familysearch.org/pt/ 

Ao observar as fotografias, vejo também que, mesmo sendo costureira ou vendedora, organizara para si mesma um “casamento de princesa”.


Seu casamento aconteceu na Igreja de Santa Cruz, na Vila Mariana, em 1931. 

Graças à pesquisa do meu irmão Luiz Henrique Cappellano, junto aos álbuns de fotografias de minha avó, em 29/01/2022, podemos agora afirmar, sem sombra de dúvida, que o marido da tia Carmen se chamava Carlos e que se casaram em 11 de setembro de 1931. 

Mais tarde, em tendo acesso à Certidão de Casamento, pudemos constatar que todas as nossas deduções, baseadas em evidências e hipóteses de trabalho, estavam corretas. 

Fonte da imagem/documento: https://www.familysearch.org/pt/

Carlos Ratton, natural do Rio de Janeiro-RJ, nasceu em 15 de abril de 1900, filho de Ignácio Ratton e Emília Martins Ratton. Ele era comerciário e, através do CORREIO PAULISTANO, acabamos por descobrir que era também sindicalista. 

Em 12 de outubro de 1957, na cidade de São Paulo, conforme registrado pelo Cartório de Registro Civil da Bela Vista, ele se casou novamente, com Alice Costa,  nascida em 1905 ou 1915 (ilegível), filha de José Joaquim da  Costa e Elenor Espíndola da Costa.

Comparando esta foto (acima) com a fotografia do passaporte, que com certeza é de Carmino Cappellano, sabemos que o senhor à esquerda é o pai da noiva, meu bisavô. Por conseguinte, a senhora à direita é sua esposa, a mãe da noiva, Maria Spera Cappellano. A similaridade dos rostos entre pai, mãe e filha deixa ainda mais claros os laços de parentesco. 

Também é bastante significativo que a referida fotografia esteja no álbum de casamento e lua-de-mel de minha avó (que se casou em 16 de fevereiro de 1930), já que ela e seu marido foram os padrinhos. 


Se fossem os pais do noivo, da família Ratton, seria pouco provável a foto estar em poder de minha avó Gilda, em seu álbum de casamento.


Primeiro mistério desvendado: a aparência dos bisavós Cappellano!


Partindo destas constatações iniciais e, principalmente, porque já sabemos com certeza qual era a aparência de Carmen Cappellano, pudemos facilmente localizá-la em inúmeras fotografias antigas, em vários álbuns de minha avó. Fotografias estas, com toda certeza, herdadas de seu primeiro marido, que era um excelente fotógrafo.

O fato de Carmen estar à esquerda (como veremos, usando exatamente o mesmo vestido que ela usou em várias outras fotografias) e a moça da direita, tomando refrigerante no gargalo da garrafa, provavelmente ser minha avó Gilda (o braço característico, formato do corpo, do nariz e do rosto e, principalmente porque ela usa o brinco pingente de pérola que usou a vida toda) sugere que este piquenique ocorreu durante os anos em que Gilda e Graciano namoraram (1925-1930). A datação corresponde perfeitamente ao corte/estilo dos vestidos.

Três fotos, sendo a primeira e a segunda da minha avó sozinha e a terceira com a tia Carmen e uma amiga, no mesmo dia, provam que era ela mesma a moça que estava bebendo refrigerante no gargalo da garrafa: 

Observação: nesta foto, que com certeza é do dia do piquenique, vovó está sem o brinco e tem um pacote ou caixa nas mãos. Será que ela ganhou seus brincos pingentes de pérolas neste dia? 

Aqui estão Carmen, usando o mesmo vestido (esquerda) e uma amiga. 

Bem como aqui (esquerda).

Aos poucos a imagem borrada foi se tornando mais e mais nítida. Carmen Cappellano foi voltando a existir!



Havia questões em que os relatos da minha avó, sobre eventos ocorridos mais de meio século antes da época em que ela os estava relatando (o que, certamente, pode ter obscurecido a memória) começaram a parecer divergentes da realidade. 

A solução começou a ser dada muito recentemente, apenas em 8 de dezembro de 2021, graças à diligente pesquisa de meu irmão Luiz Henrique Cappellano, que me enviou via WhatsApp fotos, diretamente do Cemitério do Araçá em São Paulo, capital,  do túmulo (abandonado e já interditado) onde estão meus bisavós Carmino Cappellano e Maria Spera Cappellano, meu avô Salvador Graciano Cappellano, seus irmãos Antonio (falecido aos 19 anos), Carmen e  Eduardo Prado Souza. 

Fonte da imagem: Google Earth

Foi apenas a partir desta data, graças às fotos enviadas por meu irmão Luiz Henrique, que descobri que o verdadeiro nome da tia Carmen era Carmela!


À partir desta descoberta, várias portas foram abertas, pois digitando no Google “Carmela Cappellano Ratton” a pesquisa retorna uma única mas muito significativa informação, que é o cancelamento de seu título eleitoral, em virtude de óbito, em 7 de julho de 1955.

Cruzando esta informação oficial com sua lápide - muito embora esta já não esteja mais muito nítida - sabemos com certeza que ela faleceu em 11 de maio de 1952, tendo, portanto, permanecido casada por 21 anos aproximadamente. 


Os relatos de minha avó faziam parecer que ela havia morrido pouco tempo depois de casada.

Crédito da imagem: Paulo Matheus (http://paulomatheus.com.br/

O fato de nem Eduardo nem a bisavó Maria Spera Cappellano (de quem conhecemos com precisão a data do óbito) terem lápide ou anotação no túmulo parece indicar que devem ter sido os últimos a ser enterrados ali, já na época em que a administração tumular passara à minha avó Gilda, devido à morte dos demais membros próximos/conhecidos da família Cappellano.


A maneira como o túmulo foi abandonado por ela, que apenas guardou os documentos referentes ao mesmo, combinaria perfeitamente com o fato das lápides/anotações dos últimos ocupantes não terem sido providenciadas.


Não acredito que seja displicência da parte dela, simplesmente coerente com o seu padrão de comportamento, que eu conhecia muito bem. Ela não era afeita - como minha avó materna por exemplo - a visitas a cemitérios, lavagens de túmulos, velas  e flores. Se ocupava demais com a vida para se preocupar com a morte!


Ainda partindo da recente redescoberta do túmulo da família Cappellano uma nova questão emergiu.


Américo ou Antônio? Um enigma para quem gosta de história de detetives...


 Antônio Cappellano, falecido em 1929

Duas fontes legítimas e autênticas: um registro de batismo daquele que seria nosso tio avô Américo Cappellano e que teria nascido em 10 de maio de 1910 e a lápide de Antônio Cappellano, que teria nascido em 13 de setembro de 1910. Detalhe: sabemos que o túmulo foi mandado construir em 1929 exatamente para o Antônio, filho de Carmino Cappellano, no nome de quem está o recibo. Como sabemos que a gestação humana não se completa em quatro meses, seria impossível dois filhos nascendo num mesmo ano em um intervalo tão pequeno...


A Certidão de Nascimento e o Registro de Batismo de Antônio Cappellano esclarecem a questão, pois, segundo ambos os documentos, ele nasceu em 12 de setembro de 1907. Não sabemos exatamente por que os pais teriam mentido (ou se equivocado) em relação à data de nascimento do filho, quando providenciaram a lápide. 


Uma explicação plausível seria a possibilidade de Carmino Cappellano e Maria Spera serem analfabetos, não podendo, portanto, ler documentos e só contando com a própria memória para se lembrarem de detalhes, como datas de nascimento de seus 16 filhos, a maioria deles já falecidos em 1929. 


Segundo dados oficiais do próprio governo italiano, facilmente verificáveis na internet, em 1860 cerca de 80% dos italianos eram analfabetos, tendo esta porcentagem sido reduzida a 74% em 1871 e a 38% em 1914, época em que o casal Cappellano já residia em São Paulo e que a maioria dos seus filhos já havia nascido.

Fonte da imagem/documento: https://www.familysearch.org/pt/

https://www.familysearch.org/pt/ 

Crédito da imagem: Paulo Matheus (http://paulomatheus.com.br/

Meu bisavô, Carmino Cappellano, nascido em Potenza, Basilicata, Itália em 20 de dezembro de 1864 e falecido em São Paulo-SP em 28 de junho de 1932, provavelmente foi sapateiro.


Digo "provavelmente" porque quando minha bisavó, Maria Spera Cappellano, faleceu e sua casa foi desmontada, meu pai, Walter Carmine Cappellano, encontrou um baú com os instrumentos característicos deste ofício. Como não era de jogar nada fora, guardou vários destes instrumentos, inclusive um martelo e uma bigorna bem específicos, que eu conheci.


Esta profissão, bem como a de alfaiate, era bastante comum entre os Cappellano em sua província natal. 

Seus pais foram Graziano Cappellano e Carmella Picerno, casados antes de 1865 em Potenza (fonte: https://www.familysearch.org/tree/person/details/G3K7-ZCF).


Quando faleceu, o enterro foi pago por seu filho, meu avô.

Em relação a  Maria Spera Cappellano, que faleceu em época mais recente, sabemos com precisão até o nome de seus pais, graças à Certidão de Óbito.

Graças ao seu Registro de Estrangeiro, sabemos também que foi doméstica e onde ela residia. 

Fonte da imagem/documento: https://www.familysearch.org/pt/

Julgamos oportuna uma breve explicação neste momento: nos documentos desta época “Doméstica” (como está no seu registro de estrangeiros) se refere à empregada que atua em casas de família e “Prendas Domésticas” (como está em sua Certidão de Óbito) se refere às donas de casa e era como normalmente se qualificavam as senhoras da sociedade. O fato da bisavó Maria Spera Cappellano ter passado de uma condição a outra demonstra que, na velhice, ela já não mais trabalhava fora. 

Graças ao site https://www.familysearch.org/ foi possível conseguir mais inúmeras informações importantes, como por exemplo, que ela nasceu em 1880 e casou-se em São Paulo em 16 de maio de 1895, na Igreja de Nossa Senhora da Assunção, antiga Sé de São Paulo, aos 16 anos.

Fonte da imagem/documento: https://www.familysearch.org/pt/

Também através deste site, que consegue cruzar informações de várias coleções de arquivos (até mesmo o Arquivo Público do Estado de São Paulo) conseguimos estabelecer nomes e algumas datas de nascimento e/ou óbito de alguns dos 16 filhos do casal:


Salvador Graciano Cappellano, meu avô - 19 de abril de 1898 (ou 17/04/1897, segundo Certidão de Casamento e Registro de Batismo) - 30 de agosto de 1935 (o que o coloca como tendo falecido com 37, ou mesmo 38, e não com 36 anos de idade, como aponta seu atestado de óbito); 


Lavieri Cappellano - nascido em 15 de abril de 1902 e batizado em 8 de setembro de 1905, na Penha, em São Paulo, tendo como padrinhos Salvatore Adriano e Maria Sanrina;


Adelino Cappellano - nascido em 22 de maio de 1904 [data que nos traz um novo problema, pois, segundo a lápide, a tia Carmen teria nascido em 12 de abril de 1904, apenas 40 dias antes, o que nos faz ter mais um argumento em favor de que ela teria nascido de fato em 7 de maio de 1899, como aponta seu primeiro registro] , na Penha, em São Paulo  e igualmente batizado em 8 de setembro de 1905, na Penha, em São Paulo, tendo como padrinhos Salvatore Adriano e Maria Sanrina;

Fonte da imagem/documento: https://www.familysearch.org/pt/

Américo Cappellano e Antonio Cappellano - caso já tratado acima;


Carmela Cappellano Ratton - caso já tratado acima;


Catharina Cappellano - nascida em 10 de agosto de 1909 e batizada no dia seguinte, dia 11 de agosto;

Fonte da imagem/documento: https://www.familysearch.org/pt/

Donato Cappellano - nascido em 19 de setembro de 1915 e batizado em 26 de setembro do mesmo ano;

Fonte da imagem/documento: https://www.familysearch.org/pt/

De Vera Cappellano chegamos ao seu registro de nascimento, datado de 18 de janeiro de 1919, no cartório da Bela Vista e ao seu registro de batismo, com o nome de Diva (eis porque estamos optando por grafar Vera Diva Cappellano) em 4 de novembro do mesmo ano, tendo como padrinhos seus irmãos Carmen (já não mais Carmela) e Antônio.

https://www.familysearch.org/pt/ 

Se levarmos em conta que o “nosso” Antônio Cappellano contaria apenas 12 anos (recém completos, em setembro) na ocasião, não julgamos descabida a hipótese do padrinho ser Antonio Cappellano, nascido em 1869 (portanto, com 50 anos na ocasião), filho de Vincenzo Cappellano e Felicia Demeo, sobre quem discorreremos mais, a seguir. 

Também a madrinha, Carmen, pode se referir não à “nossa” Carmela, mas sim a Carmem Cappellano (1901-1949), filha de Carlos Cappellano e Maria Garafalo, casal sobre o qual falaremos mais, logo adiante. 

Em relação a Luiza Cappellano, falecida e enterrada em 10 de maio de 1925, exumada e transferida em 1944 (tendo, portanto, sua existência comprovada graças ao documento do Cemitério do Araçá), segundo informações da administração do Cemitério, nem o túmulo existe mais! 


Devido a uma série de evidências - mas que ainda não encontraram sustentação na documentação localizada até o momento - estamos trabalhando com a hipótese de que ela seja a quinta filha, nascida provavelmente por volta de 19 de agosto de 1903. Se a data de nascimento for comprovada, ela foi uma dentre os apenas quatro filhos que chegaram à idade adulta (Salvador Graciano, Carmela, Antônio e ela, Luiza), tendo falecido aos 22 anos.

Se prestarmos atenção às fotografias apresentadas do dia do piquenique (que são datadas por volta de 1925) veremos que na primeira, “Carmen” (Carmela, à esquerda) e uma outra jovem (direita) estão nitidamente amparando uma terceira jovem, que está andando com dificuldade (centro) entre elas. Seus sapatos são mais baixos e mais fechados do que os sapatos das outras duas.

Numa segunda foto, nossa avó Gilda está em pé (esquerda), esta mesma jovem sentada (centro) e “Carmen” (Carmela) em pé à direita. Os rostos de “Carmen” (Carmela) e desta jovem têm basicamente o mesmo formato e elas se parecem entre si (traços muito semelhantes), embora esta que está sentada esteja nitidamente mais envelhecida (doente?). Seria ela Luiza Cappellano? 

Em 1901 e depois novamente em 16 de novembro de 1906, o casal Carmino Cappellano e Maria Spera Cappellano registrou um filho, ou uma filha, cujo documento não conseguimos acessar e, portanto, até o momento não temos maiores informações. Também não conseguimos acessar a Certidão de Nascimento de um terceiro filho não identificado, do sexo masculino, nascido em 29 de janeiro de 1911.  

Fonte das imagens (print-screens):https://www.familysearch.org/pt/ 

Como podem constatar, passado tanto tempo, dos 16 filhos do casal, conseguimos mapear 13 (ou 14, se contarmos Carmela duas vezes), sendo que 3 destes mapeados, sem maiores informações até o momento (apenas data completa de nascimento de dois deles, ano de nascimento dos três e o sexo de um deles). 


Dos 15 filhos originalmente mapeados (16, o número total, se contarmos Carmela duas vezes) acabamos descartando dois deles, Armando e Alberto (Albertino), pois, aprofundando as pesquisas, descobrimos que, apesar de serem absolutamente contemporâneos aos demais, são filhos do Capitão Vito (Víttor, Víctor ou ainda Vittorino) Cappellano, casado com Agnella (Anna, Anella ou mais frequentemente Angela) Cyrillo Cappellano, tendo o casal tido numerosos filhos e filhas: Henrique, nascido em 1871, Luiza, nascida em 1874, Albertino, nascido em 1878, Emílio (1879-1943, casado com Assunta/Assumpta Albano, que foram pais de um filho, do sexo masculino, nascido em 1895, de Vita, nascida em 1899, de Conceição, nascida em 1900, de Orcília, nascida em 1903, de Maria, nascida em 1905 e Mario, nascido em 1915), José (1880-1931, casado em 14 de julho de 1913, na antiga Sé de São Paulo, com Annunciata Troiano, nascida em 1892), Adelina, nascida em 1887, Orlandina, nascida em Montevidéu, capital do Uruguai, em 1889, Giannina Zelda, nascida em 1890, Basílio, nascido em 1892, Américo, nascido em 1894, Dario, nascido em 1895,  Clélia em 1898, Guilherme (falecido em 1933) e Uliana, em relação aos quais não conseguimos datas precisas.


Foi apenas em março de 2023 que, em meio a pesquisas na hemeroteca digital brasileira, acabamos descobrindo a razão de não termos encontrado documentos de alguns filhos do casal (Orlandina, Guilherme e Uliana), possivelmente nascidos entre 1881 e 1887. Provavelmente, durante parte deste período de 6 anos, a família esteve residindo em Montevidéu, capital do Uruguai, tendo regressado esporadicamente para lá, como provam os Proclamas, em relação ao casamento de sua filha Orlandina, nascida por volta de 1889 naquele país. Este é o motivo de não encontrarmos mais documentação destes seus filhos, pesquisando as coleções de documentos brasileiras.


Como subproduto desta descoberta interessante, acabamos também sabendo o endereço em que residiam em São Paulo.

Também nos jornais da época encontramos a verdadeira comoção gerada pela morte da Sra. D. Anna Cyrillo Cappellano, em 26 de fevereiro de 1913. Pelo seu obituário acabamos por levantar pelo menos o nome de seus 13 filhos (no nosso levantamento são 14), bem como profissão e cônjuge de vários deles. 

Pesquisando uma publicação do Diário Oficial do Estado de São Paulo, datada de 27 de dezembro de 1912, acabamos por descobrir que Vittor Cappellano era filho de Luiz (certamente Luigi) Cappellano sendo, portanto, irmão de Carlos Cappellano e Henrique Cappellano, que serão apresentados oportunamente. 

O tenente Alberto (Albertino) Cappellano - como vimos, filho de Vittor Cappellano e Angela Cyrillo -  casou-se com Albertina de Magalhães Cappellano e, dentre outros filhos (como Elza, Ernesto, nascido em 1905, Selita, nascida em 1906, Iracema, nascida em 1909, Isabel), foram pais de Moacyr Magalhães Cappellano, nascido em São Paulo em 1913. Este, por sua vez, se casou com Iselda Pavan Cappellano, natural de Tambaú-SP, nascida em 1928, filha de Alberto Pavan e Maria Luiza Christina Arrighi Pavan. 


Moacyr e D. Iselda foram pais de Antonio Marcos Pavan Cappellano (nascido em 1948), do Coronel Reformado Paulo Roberto Pavan Cappellano (nascido em 1950), do também Coronel Reformado Jorge Luiz Pavan Cappellano (nascido em 1952) e de Regina Coeli Cappellano (nascida em 1954, minha vizinha). O Coronel Reformado Jorge Luiz Pavan Cappellano, além de militar, é também historiador, tendo escrito o memorial da EsPCEx - Escola Preparatória de Cadetes do Exército de Campinas, sua cidade natal, instituição na qual ele atua como chefe da seção de patrimônio histórico e cultural.

Os Cappellano Braga descendem de Luiza Cappellano Braga, nascida em São Paulo em 1874, também filha dos já citados Victor (Vito) Cappellano e Anella Cyrillo Cappellano,  que se casou com Antônio Carlos Da Silva Braga Sobrinho.

Os Cappellano Waach (ou Waack, ou ainda Wack) descendem do casal Luiz Antonio Waach, nascido em Campinas em 1893, e Adelina Cappellano, nascida em São Paulo em 6 de dezembro de 1887, filha de Víctor Cappellano e Angela Cyrillo Cappellano.

Os Framke Cappellano, por sua vez, descendem do casal Margaret Framke Cappellano, filha do Dr. Rudolf Framke e D. Lydia H. M. Framke e Octavio Cappellano, nascido em 1926, em São Paulo, filho de Josephina Lavelli e Américo Cappellano (não se trata de nosso tio-avô de mesmo nome) nascido em 1894 e falecido em 1930, também filho de Vito (Victor) Cappellano e Angela Cyrillo Cappellano.

Também filho do Capitão Vito (Víttor, Víctor ou ainda Vittorino) Cappellano, casado com Agnella (Anella ou mais frequentemente Angela) Cyrillo Cappellano, destacamos Henrique Cappellano, nascido em 1871, em sua época o 1º Tabelião, que manteve por décadas o seu Cartório na Rua Direita nº 4  e que se casou com D. Genoveva Rolim Cappellano, nascida em 1873, na Sé de São Paulo, Nossa Senhora da Assunção, em 8 de dezembro de 1899, sendo pais de Henrique, que nasceu em 1901, Jo Veriano (?), nascido em 1902, Benedito André, em 1903, Antonio, 1904-1990, Maria Aparecida, nascida em 1905 . 

Expoentes da família Cappellano, genericamente falando, já estavam presentes e integrados à cidade de São Paulo com certeza pelo menos desde o último quartel do século XIX, como prova processo de naturalização de Carlos Cappellano, datado de 1888, ainda na época do Império.

Em relação a Carlos Cappellano sabemos que era filho de Luigi (Luiz ou Luizi) Cappellano e Carmina Dimeo, se casou com Maria Garafallo, filha de Leonardo Garafallo e Victoria Lentini, na Sé de São Paulo, Nossa Senhora da Assunção, em 8 de fevereiro de 1890. Além de ser irmão de Vittor Cappellano, como vimos, ele também tinha um irmão que se chamava Henrique.


Pesquisando mais na imprensa acabamos por descobrir até mesmo o endereço da residência do casal (Rua Onze de Agosto nº 78), que possuíam jazigos nos Cemitérios da Consolação e do Araçá e que, tal como nossos bisavós Carmino Cappellano e Maria Spera, não estavam imunes à “maldição dos Cappellano”, ou seja, o falecimento precoce de seus  filhos.

Carlos Cappellano e Maria Garofalo foram pais de Luiz Leonardo, nascido em 1891, Ulysses, nascido em 1892, Carmine Pascoalina, nascida em 1895, Brazelino (1897-1916), Carmem (1901-1949)  e Henrique Sobrinho (1906-1929). 


Carmine Pascoalina Cappellano, nascida em nove de abril de 1895 teve como padrinhos Henrique Cappellano (não sabemos se refere-se ao seu tio, irmão de Carlos, ou ao filho do Capitão Vito e D. Angela Cyrillo Cappellano) e Uliana (aqui grafado Ulhena) Cappellano, filha do Capitão Vito Cappellano e D. Angela Cyrillo Cappellano. Como vemos, o apadrinhamento reforçava os laços de parentesco entre os dois grupos familiares.

https://www.familysearch.org/pt/ 

Se nos detivermos nos nomes que todos estes documentos nos apresentam, veremos o quanto são semelhantes (Alberto, Albertino, Adelina e Adelino, dois Américos, dois Antônios, Affonso e Alfonso, Armando, Carmen, Carmina, Carmino, Carmine, Carlos, três Carmelas, quatro Henriques, Luiz e duas Luizas, Vito, Vittor e Victor, por exemplo), muito próximos uns dos outros no tempo e no espaço (Liberdade, Vila Mariana, Bela Vista, região central da cidade de São Paulo), o que poderia apontar para uma origem comum de todos estes núcleos familiares que possuem sobrenome idêntico, de mesma grafia, e que são todos oriundos da mesma localidade: Tito, comuna italiana da província de Potenza, região da Basilicata, no sul da Itália, que conta hoje com apenas  6.378 habitantes e tem uma densidade populacional de 91 hab/km². Para os padrões brasileiros, consideraríamos como sendo um pequeno Distrito de Potenza, já que distante apenas 12,9 km da capital da província/região. 

Fonte da imagem: wikipedia

Fonte das imagens: Google Earth


Há um laço de parentesco duplo na cidade, pois Luigi (ou Luizi) Cappellano era casado com Carmina Dimeo e Vincenzo Cappellano (nascido em 1846) , casado com Felicia Dimeo (ou Demeo, nascida em 1848). Provavelmente dois irmãos (ou primos) casados com duas irmãs (ou primas). A maioria dos descendentes de ambos os casais veio para o Brasil. Mais especificamente para a região central da cidade de São Paulo. Já no país, na cidade de São Paulo, os nomes em comum de vários dos filhos e netos, e o apadrinhamento recíproco de expoentes dos dois núcleos familiares nos batizados, demonstram perfeitamente que eram parentes bem próximos.


Não seria completamente descabida a hipótese de ter havido uma grande confusão nos Cartórios brasileiros em relação aos nomes dos pais dos imigrantes e, desta forma Luigi/Luizi/ Luiz e Vicenzo Cappellano serem a mesma pessoa (Luigi Vincenzo Cappellano), bem como Carmina e Felícia Dimeo (Carmina Felícia Dimeo). 


Na linha de raciocínio que estamos desenvolvendo, porém, a existência de Carlos Cappellano, filho de Luiz, seu processo de naturalização em 1888, seu casamento na então Sé de São Paulo (documentos tanto civis quanto religiosos onde consta filiação) e, principalmente, a filiação do Capitão Vito (Vitto, Victor ou ainda Vittorino) Cappellano, apontada no Diário Oficial do Estado de São Paulo, na Revisão Geral de Eleitores de 1912, enfraquecem esta possibilidade.


Vincenzo e Felícia foram pais de: 1. Affonso Vito (1866-1951) casado com Virgínia Salvatore (1869-1950), que foram pais de Vicentina (nascida em 1888, casada com Melchior Marotta, que foram pais de Vicentina, nascida em 1908 e Brasilina, nascida em 1918), Gianfiore (1890-1950, casado com Linda Gambaret, nascida em 1890, e que foram pais de Rodrinite Affonso, 1914-1967, Virgínia, nascida em 1914, Felícia, 1926-2007, Pedro Homero, nascido em 1930, Décio, nascido em 1933, João, Olga e Oswaldo), Armando (1891-1942, casado com Vitória Vancini, ou Baucini, nascida em 1891, e que foram pais de Desdêmona, nascida em 1916, Affonso, 1918-1996, irmão gêmeo de Armando, 1918-1996, Fausto, nascido em 1919, e Álvaro, 1926-1997), Hermínia (nascida em 1895 e que teve como padrinho Emílio Cappellano, filho do capitão Vito e Angela Cyrillo), Felicia (nascida em 1905, casada com Leonardo Lotufo, nascido em 1893) e o irmão gêmeo Dante Affonso (também nascido em 1905, casado com Antonieta Médici, 1910-1991, e que foram pais de Gianfiore Armando, nascido em 1931, Gilberto Affonso, nascido em 1933 e Affonso Victor, nascido em 1934), e Leonel (nascido em 1907, casado com Bruna Clemente, 1912-1992, e que foram pais de Sérgio Augusto, 1930-1995). 2. Antonio (1869-1933) casado com Genebra Juriatti, que foram pais de Florinda e Vicente. 3. Giovannina, nascida em 1872. 4. Pasqualino, nascido em 1874. 5. Antonia, casada com Antonio Salvia, que foram pais de (todos com sobrenome Salvia): Elvira (1882), Raymunda (1886), Adelaide (1888), Américo (1892), Vespúcio (1894), Itália Elvira (1895), Brasil Itálico (1897-1965), Candida Felícia (1902).


Assim como nosso bisavô, que provavelmente era sapateiro, Affonso manteve no Brasil uma das profissões tradicionais dos Cappellano em sua terra natal, era alfaiate: 

Já Luigi (Luizi ou Luiz, na documentação brasileira) e Carmina, como vimos acima, foram pais de Vittor Cappellano, Carlos Cappellano e Henrique Cappellano, que são contemporâneos dos filhos de Vincenzo e Felícia que também vieram ao Brasil.


Nosso tataravô, Graziano Cappellano, casado com Carmella Picerno, era também do mesmo local (Potenza, região da Basilicata, sul da Itália), e da mesma época (década de 1840) devendo provavelmente ser irmão de Vincenzo e Luigi. Esta inclusive seria uma explicação para o nome de nosso bisavô, Carmino: uma clara homenagem à tia, esposa de Luigi, Carmina Dimeo.


Uma boa hipótese de trabalho, levando em consideração, entre outros fatores,  local e época, é que Graziano seja irmão de Primo Sonzio Antonio Laviero Cappellano (26/05/1819 - 27/07/1886), casado em 1847 com Angiolina Romano (1826-1880), de Tito, Potenza, Itália. Primo Sonzio é filho de Michele Cappellano (1802-1842) e Catarina Potenza (sem datas), casal com uma biografia bastante lacunar até o momento. 


Os filhos conhecidos de Primo Sonzio e Angiolina (que poderiam hipoteticamente ser sobrinhos de Graziano) são Maria Carmela (1848), Rosa Aldegonda (1851), Teresa (1850-1853), Michele (1856-1858), Giuseppe (1858-1858), Rosa (1859-1860), Teresa Caterina (1859), Maria (1861), Lucia (1864), Carmina (1866-1870) e Salvatore (1872-1873) e ele, Primo Sonzio é, até o momento, o único filho conhecido de Michele.


Lembramos que Antonio, Lavieri, Salvador, Catarina e Carmela são nomes que foram dados aos filhos de Carmino Cappellano, filho de Graziano. Poderiam ser, levando em conta os padrões que a família tem demonstrado em relação aos nomes de seus filhos, homenagens respectivamente ao tio e primos.


Vincenzo e Luigi, hipoteticamente, podem ser também filhos de Michele, que viveu por 40 anos e, como dissemos, até o momento tem um único filho conhecido (podendo perfeitamente, portanto, ser pai de ambos, além de Graziano), o que os tornaria irmãos de Graziano. 


O que nos parece certo, neste momento da pesquisa pelo menos, é que os três (Vincenzo, Luigi e Graziano) tem vínculo de parentesco próximo, como temos demonstrado pelos nomes em comum de seus filhos - que repetem nomes de gerações anteriores na mesma família, criando um padrão - e o fato de, já em São Paulo, haver várias situações em que seus descendentes apadrinharam-se mutuamente, nos batizados.


Uma segunda hipótese de ancestral em comum para Graziano, Vincenzo e Luigi seria o já conhecido Vincenzo Cappellano, o sapateiro (calzolaio), nascido em 1811 e casado com Maria Giuseppa Di Sario, nascida em 1821. Seu nome nos remeteria diretamente a Vincenzo Cappellano (nascido em 1846) que viveu em São Paulo e ele teve uma filha chamada Maria Carmina (que ensejaria os nomes tanto de nosso bisavô Carmino quanto de Carmine Pascoalina, filha de Carlos Cappellano, neta de Luigi). O inconveniente, porém, nesta hipótese, é que ele nasceu e viveu em Roccanova, distante 98,2 km de Tito, atravessando relevo acidentado (de 600 a 1.200 metros de altitude) na primeira metade do século XIX, quando os meios de transporte eram bastante rudimentares.


Também encontramos menção, na região central da cidade de São Paulo, exatamente na mesma época, a Rocco (ou Roque) Cappellano, casado com Gaetana (ou Caetana)  Sepo (também lavrado Cocenza, Crescenzo ou Cuacenzo), que foram pais de Joanna, nascida em 1895, Angelo,1900-1963, Ignês nascida em 1911 e Joannina, nascida em 1916. Geraldo Cappellano e Fioreta (Fiorita) Sacca (Sano) que foram pais de Vincenza (ou Vicentina), nascida em 1881.  


Em relação a Roque/Rocco Cappellano as informações conseguidas na imprensa não nos trouxeram boas referências a seu respeito: 

Como também não são boas as referências a respeito de um certo Vicente Cappellano, que pela época (1880) não é o filho de Antônio Cappellano (1869-1933) e Genebra Juriatti, não sendo, portanto, o neto de Vincenzo Cappellano (1846) e Felicia Demeo (1848): 

A família de Roberto Cappellano (1900-1969), nascido em Serralunda D’Alba, região do Piemonte, norte da Itália, que fundou em São Paulo a renomada Construtora Cappellano, não tem vínculo de parentesco, até onde pudemos pesquisar, com os núcleos familiares aqui apontados, como dissemos, todos eles originários da região da Basilicata, sul da Itália.


Famílias Spera, Caprio e Lambiase:


Neste site, que utilizamos para toda esta grande pesquisa genealógica (https://www.familysearch.org/),  também passamos a entrar em contato com o irmão e duas irmãs de Maria Spera: 


Rocco (ou Roque) Spera, nascido em Tito, Potenza, Basilicata, Itália, em 7 de maio de 1875. Casou-se, já em São Paulo, capital, em 6 de fevereiro de 1897, com Carmela Durante (1879-1963) e tiveram 2 filhos: Fioravante Spera (1898-1966) e Rogério Spera (1899-1953).


Carmela Durante (Baronissi, Salerno, Campania, Itália, 29/11/1879 - 12/10/1963), esposa de Rocco, possui uma longa linha ascendente documentada, que se inicia com Venetiano Durante, que se casou com Vittoria, no século XVI, e foram pais de Marzio Durante (nascido em 1598), que se casou com Margarita De Guida, sendo pais de Matteo Durante (1620-1690), que se casou com Maddalena Rocco (1628-1690) e tiveram Agostino Durante (1657-1707) que se casou com Teresa Maiorino e foram pais de Paolo Durante (1691-1734) que se casou com Maddalena Mari e tiveram Nicola Carmine Durante (1718-1767) que se casou com Rosa Pecoraro e foram pais de Domenico Durante (1748-1826) que se casou com Olímpia Pastore (nascida em 1769) e foram pais de Giosafatta Antonio Pasquale Durante (1805-1858) o qual, por sua vez se casou com Saveria Domenica Ricciardi (1810-1867, filha de Pietro Antonio Ricciardi, nascido em 1773 e Lucia Mutariello, 1788-1938, filha de Lorenzo Mutariello e Rosa Alfieri) e foram pais de Antonio Marzio Raffaele Durante (1842-1901), o pai de Carmela, que se casou com sua mãe, Filomena Maria Rosa de Luca (1843-1890).


Filomena, a mãe de Carmela Durante, era filha de Francesco Saverio Gaetano De Luca (nascido em 1809, filho de Biaggio De Luca, nascido em 1774, e de Maria Ajello) e Elisabetta Angela Antonia Scalea (nascida em 1813, filha de Vito Scalea, 1778-1837, filho de Ciriaco Scalea e Elisabetta Magliacano, e Angela Rosa Quirico, nascida em 1791). 


Além de Carmela, Antonio Marzio e Filomena também foram pais de Francesca (nascida em 1867), Pasquale (nascido em 1870), Teresa (nascida em 1873) e Francesco (nascido em 1876).


Carolina Spera, nascida também em Potenza em 1868, casou-se em 29 de outubro de 1889 (em Tito, Potenza, Basilicata, Itália) com Michele Caprio (1866-1945, filho de Antonio Caprio e Lucia Giurni, que se casaram em Tito, Potenza, Basilicata, Itália, em 3 de dezembro de 1855) e teve 4 filhos: Antonio (1899-1985, casado com Assumpta Pécora, 1902-1961), Fioravante (nascido em 1905, casado com Dolores Lopes, 1915-1995), Luzia (nascida em 1912, casada com Manoel Alves Ferreira, 1908-1967) e Paulo (nascido em 1914). O casal Caprio apadrinhou alguns dos filhos do casal Carmino Cappellano e Maria Spera (como Américo e Carmella, por exemplo), e igualmente teve filhos apadrinhados por eles, conforme registros de batismo encontrados. Viúva em 17/03/1945, faleceu em 1º de janeiro de 1946 e foi enterrada no Cemitério do Araçá. Certidão de óbito matrícula: 122804 01 55 1946 4 00049 008 0008430-92. Registro feito no Livro: C0049 Folha 008F Termo: 8430.

Antonio Caprio e Assumpta Pécora tiveram 6 filhos: Miguel Natalino Caprio (1924-2005) que se casou com Assumpta Caprio (nascida em 1933), Carlos Caprio (1926-1978) que se casou com Alice Guilherme Caprio (1935-2006), Luiz Caprio (1928-1980), que se casou com Nair Guilherme Caprio (1935-2019), Waldemar Sebastião Caprio (1929-2017), que se casou com Francisca Fernandes (1933-2018) e foram pais de Antonio Fernandes Caprio (1958-2005), Therezinha Rosa Caprio (1931-1990), que não se casou, e Maria do Carmo Caprio Lampiasi/Lambiasi (1933-2023), que se casou com Vicente Oswaldo Lampiasi/Lambiasi.

Luzia Caprio e Manoel Alves Ferreira tiveram três filhos: Rubens Alves Ferreira (nascido em 1924) e que se casou em 3 de janeiro de 1957, na Lapa, em São Paulo-SP, com Neuza Ritter (nascida em 1930), um segundo filho natimorto (em 1938), e Reinaldo Alves Ferreira (nascido em 1944), que se casou em  30 de dezembro de 1967, em Guarulhos-SP, com Maria Margarida da Silva (nascida em 1943), sendo pais de Renato Alves Ferreira (nascido em 1969).

Michele Caprio, esposo de Carolina Spera, tinha 3 irmãos: Annunciata (nascida em 1858), Salvatore (nascido em 1861) e Concetta (1863-1948). 

Seu pai, Antonio Caprio (1827-1870) era filho de Salvatore Antonio Agnello Caprio (1794-1877, filho de Angiolo Catrio, 1762-1830, e Rosa Gargano, 1782-1817, que se casaram em 1800, em Marsico Nuovo, Basilicata, Itália) e Nunziata Irene Isabella Fiore (1796-1831, filha de Benedetto Fiore, 1757-1827, e de Teresa Dolce, nascida em 1767) que se casaram em 12 de maio de 1817, em Marsico Nuovo, Basilicata, Itália.

Sua mãe, Lucia Giurni (nascida em 1828) era filha de Francesco Giurni (1786-1864, filho de Nicola Giurni) e de Concetta D’Amato (1794-1874) que se casaram em 11 de dezembro de 1809, em Tito, Potenza, Basilicata, Itália.

Antonio Giurni (4 de agosto de 1885, Tito, Potenza, Basilicata, Itália - 6 de dezembro de 1946, São Paulo-SP), que foi um dos construtores do túmulo da família Cappellano (vide nota, apresentada abaixo) era filho de Annunciata Caprio (nascida em 1858) e Pasquale Giurni (1856-1923), portanto sobrinho de Carolina Spera (irmã de Maria Spera) e Michele Caprio. Antonio casou-se em 15 de novembro de 1908, em São Paulo, com Concetta Del Nero Giurni (1891-1947) e tiveram 7 filhos: Luiz (falecido em 1913), Miguel (1914-1915), Miquelina (1915-2009), Pascoalino (falecido em 1916), Paschoal (1918-2009), Josephina (1921-1922) e Rosa (1924-1998).

O outro construtor do túmulo, Angelo (Luigi) Lodi (1º de junho de 1892, Casalmaggiore, Cremona, Lombardia, Itália - 27 de dezembro de 1976, São Caetano do Sul-SP), não tinha qualquer vínculo de parentesco com nenhum dos núcleos familiares apresentados neste estudo.

Maria Antonia Spera era casada com Vincenzo Lambiase/Lambiasi (1873-1917, filho de Antonio Lambiase e Maria Teresa Filomena Cuomo, casados em 6 de agosto de 1861, em Sant’Arcangelo, Cava De Tirreni, Salerno, sendo que Antonio era filho de Giovanni, 1806-1861, e Gelsomina Anna Romano, 1806-1849, e neto de Antonio Romano, 1735-1815, e Teresa Guarino, 1757-1817, e Maria Teresa era filha de Tommaso Vincenzo Raffaele Cuomo, 1805-1884, e Anna Benedetto, 1815-1885, e neta de Gaetano Cuomo, 1780-1819, e Angela Rosa Rullo, nascida em 1780, também neta de Agostino Di Benedetto, 1787-1837, e Maria Teresa Finizio, 1790-1836, que se casaram em 15 de abril de 1812, em Napoli, sendo bisneta de Giovanni Di Benedetto, 1755-1833 - filho de Alessio Di Benedetto, nascido em 1725, e Anna, nascida em 1730 e casados em 1750, em Napoli -  e Catarina Guida, 1760-1801, também bisneta de Antonio Finizio, nascido em 1798, e Caterina Limatola, 1743-1780, casados em 1780 em Napol ) e também teve 4 filhos: José (1901-1980, casado com Rosa Giuzio, 1916-2003), Fioravante (nascido em 1916, casado com Yolanda, nascida em 1924), Antonio (falecido, casado com Josephina, também falecida) e Salvatore (falecido). Vincenzo tinha um irmão, chamado Tommaso Lambiase (1877-1942).

José e Rosa tiveram dois filhos: Vicente Oswaldo Lambiase (1934-2017), que se casou com Maria do Carmo Caprio Lambiase (1933-2023), e  Arlete Paulina Lambiase (1936-1989), que foi mãe de Marco Aurélio da Silva Lelo (1967-2009) e Mara Lúcia da Silva Lelo (1972-2010).

Fioravante e Yolanda tiveram 3 filhos: Aguinaldo Lambiase (1948-2007), Nadir Noêmia Lambiase (falecida em 2023) e Sônia Lambiase. 

O irmão de Vincenzo Lambiase, Tommaso (Thomaz ou Tomaz, nos documentos brasileiros) Lambiase (Lambiasi ou Lampiasi) veio com ele ao Brasil, casou-se com Antonia Ruggiero (nascida em 6 de fevereiro de 1881, filha de Matteo Ruggiero, nascido em 1847, filho de Salvatore Ruggiero e Virgínia Menoli, e de Maria Catalogna, nascida em 1849, e irmã de Vincenzo Ruggiero, nascido em 1884) e tiveram nove filhos: Maria Lambiase (1906-1956) que se casou com Rafael Callegari; Antonio Lambiase (1913-1993), que se casou com Rosa Romeu; Humberto Lambiase (1916-1970), que se casou em 20 de abril de 1940, em São Paulo-SP, com Caridade Jesus Xavier Lambiase (1920-1996), sendo pais de Reynaldo Izidro Lambiase (1941-2009) que se casou em 8 de maio de 1965, com Elza Caramujo Lambiase (1943-2013); Carmino Lambiase (1918-1963), que se casou em 30 de janeiro de 1943, com Doraci de Mello (nascida em 1925); Antonio Lambiase, que se casou com Josefina (nascida em 1920); Fioravante Lambiase (nascido em 1916), que se casou com Yolanda (nascida em 1924) e foram pais de Aguinaldo Lambiase(1948-2007), Nadir Noêmia Lambiase (falecida em 2023) e Sônia Lambiase; Henrique Lambiase (1926-2012), que se casou em 20 de abril de 1963, em São Paulo-SP, com Zenaide Balsani Lambiase (mascida em 1928); Alfonsina Lambiase, que se casou com José Pampolim; e Annunciata Lambiase, que se casou com João de Paula (falecido em 1990).

Lembrando sempre, a respeito deste núcleo familiar, que encontramos grafado tanto Lambiase como Lambiasi, ou até mesmo Lampiasi, em alguns documentos.

Graziano Cappellano e Carmella Picerno em São Paulo?

Descobertas recentes (maio de 2023) nos dão indícios de que o casal Graziano Cappellano e Carmella Picerno, ou pelo menos a esposa, podem ter acompanhado o filho Carmino ao Brasil, bem como a certeza que ele teve uma irmã chamada Catharina (o que explicaria inclusive o nome de uma de suas filhas), casada com Antonio Taverisano (na verdade Taurisano), que foram pais de Severo ou Saverio, nascido em São Paulo, em 13 de maio de 1893 (batizado como Laverio, no dia 21).

Lembramos que “Laverio” faz menção a um dos nomes de Primo Sonzio, provável irmão de Graziano, sendo também semelhante a Lavieri, filho de Carmino Cappellano e Maria Spera. 

Regina Helena Scavone Posvolsky nos traz algumas informações importantes: 

“Durante minhas buscas encontrei muitas informações e pude perceber claramente que os italianos aqui chegados viviam próximos dos seus conterrâneos e se ajudavam mutuamente. Formavam, na realidade, uma grande família. Sobrenomes como Picerni, La Torre, são provenientes de Tito. 

O grande problema reside na grafia errada dos sobrenomes e, também, no “aportuguesamento” dos mesmos (nome e sobrenome).

Por exemplo, os pais de Donata se chamavam Annunciata Caprio e Pasquale Giurni, mas no registro de batismo consta como Julio Pasquale. 

Analisando os documentos fica claro que nossas famílias se conheciam e presavam por esses laços afetivos.

Outro detalhe que observei é que constantemente o nome Laviero aparece grafado erroneamente. Creio que se deve ao fato de ser um nome pouco conhecido no Brasil. O patrono de Tito é São Laviero Mártir. Inclusive, a quase totalidade das crianças nascidas em Tito nos anos 1800 e início dos anos 1900, foram batizadas nesta igreja.

Assim, pouco a pouco, vamos removendo a névoa que envolve nossos antepassados.” (e-mail datado de 03/05/2023, 18h02)

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Ao que parece, o casal Catharina Cappellano e Antonio Taverisano teve também outro filho, dois anos depois (1895), chamado Graciano.

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Se levarmos em conta que “Taverisano” possa ser corruptela dos cartórios brasileiros para “Taurisano”, o casal Antonio e Catarina (que se transformaria em “Caralina”, no Registro de Estrangeiro do filho) teve, ainda na Itália (ou então, num hipotético retorno à Itália, já que as únicas informações que encontramos sobre o casal no Brasil são os nascimentos de Laverio e de Graciano) um outro filho, chamado Salvatore Taurisano, que era marceneiro.

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Salvatore (Salvador, nos documentos brasileiros) Taurisano era casado com Maria Delgani (certamente Degani) Taurisano e foram pais de Wanda (nascida em 1921, que se casou em 1940 com Antonio Martins Couceiro, nascido em 1914, sendo pais de Solange, nascida em 1947, que se casou com Marcílio de Lima, em 1975) e Norma (1923-1974, que era comerciante, nunca se casou e faleceu aos 51 anos, em virtude de câncer de mama). Existem registros associando-o a Adélia, nascida em 1902, mas, como não tivemos acesso aos mesmos, não podemos estabelecer grau de parentesco. 

Maria Degani Taurisano, esposa de Salvatore, nasceu em Assis-SP, filha de Thomaz Degani e Malvina Zannini Degani, em 29/08/1900 e faleceu em São Paulo-SP em 14/11/1994. 

Graças à minha pesquisa Genealógica, de História da Família, acabo de descobrir que eu e minha eterna mestra, Professora Maria Helena Degani Rocha, somos parentes. 

"Thomaz ( Thomazzo) Degani era irmão do meu avô Ermano ( Armano ) Degani filho de Aliando (Alessandro) Degani que era filho de Luiza e Fidencio Degani. Aliás, tio Thomaz foi em parte responsável pela grande greve da Paulista em 1907, que se iniciou em Jundiaí, onde ele trabalhava, e se alastrou para todo Estado."(Maria Helena Degani Rocha - depoimento via Whatsapp, 08/05/2023, 16h35) 

Também comprobatório não apenas da presença de Carmella Picerno na cidade de São Paulo no final do século XIX, mas também de seus laços de parentesco, a sua presença em dois batizados, atuando como madrinha: o batismo de Donata, em 15/10/1899, filha de Annunciata Caprio, irmã de Michele Caprio (casado com Carolina Spera, irmã de Maria Spera, esposa de Carmino Cappellano) e já no século XX, em 23/08/1903, o batismo de Luzia.

Fonte das imagens (print-screens): https://www.familysearch.org/pt/

Graziano Cappellano e Carmela Picerno também podem ter tido uma terceira filha, de nome Carolina (notem que seus filhos descobertos até agora, tem todos eles nomes iniciados com a letra “C”), nascida cerca de 1866, que se casou com Gaetano Saporiti e teve seus filhos em Grisolia, Cosenza, Calábria, distante 149 km de Tito. 

Fonte da imagem: Google Maps 2023 (com anotações do autor)

Carolina Cappellano muito provavelmente teria vindo a São Paulo com o marido, Gaetano Saporiti, que em 1916 com certeza já estava aqui, pois havia montado, com o sócio J. Miraglia, o "Restaurante Cosmopolita", localizado na Rua Direita nº 46. Não sabemos se o casal, ou Gaetano sozinho, trouxe todos ou algum dos seus filhos, já que Filippo, que se formou engenheiro na Itália (como informa sua Ficha Consular de Qualificação, assinada ainda em Nápoles, parte de seu registro completo de imigração, que afirma inclusive que ele foi informado que não poderia exercer a profissão no país), só veio para o Brasil em 1955. Ele poderia ter ficado no país natal, por exemplo, aos cuidados da mãe (caso ela não tenha vindo ao Brasil) ou então, mais provavelmente, dos avós paternos em Grisolia. 

São três os filhos conhecidos deste casal: Teresina Saporiti Miraglia (nascida em 1884 e falecida em 1951, casada com Giuseppe Miraglia, provavelmente o sócio de seu pai no "Restaurante Cosmopolita", José Miraglia, com quem teve a filha Annina Carolina Isabella Domenica Miraglia, nascida em Grisolia, em 1902 e que se casou em São Paulo, com seu tio, o médico Emanuele Saporiti, em 10 de julho de 1941; Teresina e Giuseppe também foram pais de Fedele Persio Emanuele Renato Aristide Miraglia, médico, nascido em 1921 e falecido em São Paulo em 25 de setembro de 1974, que se casou com Octavia Giorlano Miraglia, sendo pais de José Miraglia, nascido em 1958 e Teresa Ana Miraglia, nascida em 1963; e Francisco Paulo Miraglia, 1906-1969), Emanuele Amedeo Saporiti (nascido em 1888, que era médico, assim como o uruguaio Carlos Saporiti, com o qual entramos em contato através de nota do CORREIO PAULISTANO, de 31 de agosto de 1940, p. 4) e o engenheiro (que no Brasil se tornou industrial) Filippo Ettore Ernesto Saporiti, nascido em 1895, mesmo ano do casamento de Carmino Cappellano e Maria Spera, e também do nascimento de seu primo, Graciano Taverisano, filho de Catharina Cappellano e Antonio Taverisano (Taurisano).

O consultório do Dr. Emanuele Saporiti, que manteve anúncios ativos durante vários anos no CORREIO PAULISTANO, era na Av. Paulista nº 2006. 

Fonte da imagem: https://www.familysearch.org/pt/  

São Laviero mártir - Laverio , também chamado, por corrupção dialética, Laviero ou Laviere ( Teggiano ou Acerenza ou Ripacandida , século III – Grumentum , 17 de novembro de 312 ), foi um soldado romano, martirizado por sua fé cristã e venerado como santo pela Igreja Católica .

A vida e os feitos deste santo são contados na Gesta Sancti Laverii , biografia escrita em 1162 por um certo Roberto di Romana, diácono de Saponara (de Grumento) , mas que sofreu acréscimos e alterações no século XV ou XVI .

Os restos mortais, venerados como relíquias, foram dispersos primeiro devido aos bárbaros e depois às invasões sarracenas. Uma parte importante dos restos mortais foi perdida durante a destruição da cidade de Satriano ordenada por Giovanna II de Anjou (em 1424 ou 1430 ). Alguns dos habitantes de Satri que escaparam à destruição refugiam-se em Tito, trazendo também um osso do braço do Santo, a única relíquia que restou. Os habitantes de Titesi acolheram os refugiados e também o Santo, a ponto de fazer dele o padroeiro de sua cidade. Desde cerca de 1465 a cidade de Tito reverencia Laviero como seu patrono e protetor.

Em Tito costuma-se celebrar o mártir San Laverio em 7 de setembro com a Madonna del Monte Carmine e em 17 de novembro para comemorar o martírio ocorrido em 17 de novembro de 312 DC em Grumento Nova .

Fonte do texto e da imagem (San Laverio) - Wikipedia (em italiano)https://it.wikipedia.org/wiki/Laverio_(martire)

A “Parrocchia San Laviero - Tito” possui página no Facebook, com inúmeras fotografias e informações - https://www.facebook.com/parrocchia.san.laviero/ 


Salvador Graciano Cappellano:

Rara foto de Salvador Graciano Cappellano quando criança (primeiro, no alto)

Meu avô, Salvador Graciano Cappellano, que nasceu e morreu em São Paulo, foi contador.


Embora tenha sempre trabalhado para o Conde Matarazzo, aferindo rendimentos elevados, era o que chamaríamos hoje de "emergente".

Como morreu muito jovem, aos 36 anos, não chegou a acumular grande fortuna.


Ao pesquisar nas hemerotecas digitais me deparo com vários episódios sobre os quais nossa avó nunca comentou, coisas que ela nunca nos contou...


Aqui está na edição de domingo do CORREIO PAULISTANO de 25 de novembro de 1917 a menção ao nosso avô Salvador Graciano Cappellano participando de uma importante comissão na famosa e renomada Escola de Comércio Álvares Penteado:

Depois, no mesmo jornal, na edição de 31 de dezembro de 1918, a sua aprovação nas avaliações do 2º ano: 

A sua formatura como Contador está no Jornal CORREIO PAULISTANO, de 3 de fevereiro de 1920: 

A "cereja do bolo", porém, é a história de sua primeira esposa. Eu sempre pensei que ela se chamava Lina Stamato, pela dedicatória em uma foto, em 1920, mas, agora não apenas descubro seu nome completo, Miquelina (São Carlos, 20 de março de 1890 - São Paulo, 10 de janeiro de 1922) , como acabo por saber que era 8 anos mais velha que meu avô, professora, de família destacada, filha de um industrial, Raphael Stamato, que é nome de ruas e praças.

Miquelina Stamato, fonte da imagem: https://www.familysearch.org/tree/person/details/G3K7-4L9 

Miquelina era, como se costumava dizer na época, uma moça elegante da sociedade. Mais do que isto, como veremos, era a "queridinha do papai", já que, muito embora tivesse uma irmã gêmea, Mariana, era "o seu" aniversário que ele comemorava. 

Angelo Raphael Stamato o terceiro filho de Giovanni Antonio Stamato e Marianna Setaro, inventou o engenho de cana sem engrenagem, casou com Maria Venersanda Tardio Stamato (26/05/1866 - 08/02/1957) em 27 de Janeiro de 1877, ela era filha de Michele Giovanni Tardio e Maria Michele Stamato, filha de Domenico Stamato e Angela Maria di Gregorio, sendo então, sua prima, casaram-se em Santa’angelo a Fassanella, (cerca de 12 km de Corleto Monforte) na Itália e tiveram 12 filhos sendo 7 mulheres e 5 homens. Entre as mulheres tiveram Mariana e Miquelina Stamato que eram gêmeas. 

(vide: https://m.facebook.com/media/set/?set=a.1426553914231700&type=3&comment_id=1907879999432420)


Acredito que pelo fato de Miquelina ser 8 anos mais velha do que Salvador Graciano, que mal acabara de atingir a maioridade (na época, aos 21 anos), ou então pela diferença na condição social dos noivos, que foi necessário celebrarem um Contrato de Casamento. 

O casamento propriamente dito realizou-se mais de um ano depois, em cerimônia íntima, na residência do pai da noiva, na Liberdade.

Apenas quatro meses depois e o jovem Salvador Graciano estava viúvo. Ao ler a imensa lista de condolências (da qual consta inclusive o Conde Francisco Matarazzo)  e lembranças no seu necrológio, acabo, sem querer, descobrindo porque meu pai se chamava Walter. Pungentes as despedidas de seus alunos à "bondosa Dona Miquelina". 

Em resumo, o Cappellano era um jovem que nasceu pobre, mas era extremamente estudioso e esforçado. Filho de um sapateiro e de uma empregada doméstica, com 15 irmãos, chegou a se tornar contador do Conde Matarazzo.


Muito bonito e carismático, soube usar o seu charme e se casou com duas mulheres que em comum só tinham mesmo os pais ricos e os nomes estranhos: a longilínea e elegante "Lina" (na verdade Miquelina) e a "robusta" Gilda (na verdade Hermenegilda).

Lembrando que, ao se casar com Gilda, ele passou a ser concunhado de "Lulu" Cocozza, o advogado do Conde Matarazzo. 

Salvador Graciano abraçou a doutrina espírita após a morte de sua primeira esposa e nela permaneceu até à morte, como comprova o fato de em suas segundas núpcias não ter havido casamento na igreja, apenas civil, na casa de meu bisavô Miguel Di Costanzo, na Rua Piratininga 114, e o fato de meu pai, Walter, que nasceu em 1933, só ter sido batizado na Igreja Católica após a morte do pai, em 1935.

Recentemente (agosto de 2023) descobri que não apenas nosso avô era palmeirense, como também contribuiu, em 1931, com 100$000 (cem mil contos de réis) para a construção do Estádio do Palestra Itália. 

Ele era apaixonado pela fotografia, sendo também um excelente fotógrafo e, desta maneira, além de sua Certidão de óbito e termo de sepultamento, temos acesso a dezenas de fotografias de várias fases de sua vida, de minha avó e de meu pai. Apresento aqui apenas uma pequena amostra.

Uma curiosidade que não posso deixar de apontar, característica daquela época, é a convivência muito estreita/próxima com amigos do mesmo sexo (que era inclusive favorecida pelas escolas só para meninos ou só para meninas), e distante em relação ao sexo oposto. Isto se reflete nas fotografias do período onde, em geral, estão grupos de pessoas do mesmo sexo, e não grupos mistos, como podem observar. 

Como vocês irão perceber, neste exato momento, sinto que não existe mais mistério, não existe mais “névoa”... Ela se dissipou! Embora ainda haja muito a pesquisar e a descobrir, a família Cappellano já não é mais uma incógnita.


Gratidão eterna ao meu irmão, o grande engenheiro Luiz Henrique Cappellano, Presidente do IBAPE-SP no biênio 2020-2021, que teve a maravilhosa iniciativa de redescobrir o “túmulo perdido” da família Cappellano. Foi esta descoberta que iluminou e trouxe um novo ânimo a esta pesquisa!

  Cronologia:

20/12/1864 - nascimento de Carmino Cappellano, filho de Graziano Cappellano e Carmella Picerno, em Potenza, Basilicata, Itália;

01/10/1866 - nascimento de Michele Caprio, filho de Antonio Caprio (1827-1870) e Lucia Giurni (nascida em 1828), em Tito, Potenza, Basilicata, Itália;


1868 - nascimento de Carolina Spera, irmã de Maria, em Potenza, Basilicata, Itália;

02/12/1873 - nascimento de Vincenzo Lambiase (Lambiasi ou Lampiasi) em Pellezzano, Salerno, Campania, Itália:

07/05/1875 - nascimento de Rocco (Roque) Spera, irmão de Maria Spera, em Tito, Potenza, Basilicata, Itália;


13/06/1879 - nascimento de Maria Spera, filha de Fioravante Spera e Rosa Buonoriccio (ou Bonoricchi), em Potenza, Basilicata, Itália  (imagem/documento – pesquisa Engenheiro Luiz Henrique Cappellano) ;

29/11/1879 - nascimento de Carmela Durante, filha de Antonio Marzio Rafaelle Durante (1842-1901) e de Filomena Maria Rosa De Luca (1843-1890) em Baronissi, Salerno, Campania, Itália;


29/10/1889 - Casamento de Carolina Spera e Michele Caprio, em Tito, Potenza, Basilicata, Itália;

Entre 1890 e 1895 - imigração de Carmino Cappellano, Maria Spera, com seus irmãos Rocco, Carolina (já casada com Michele Caprio) e Maria Antonia, para o Brasil;

20/03/1890 - nascimento de Lina (Miquelina) Stamato, filha de Raphael Stamato e Maria Venersanda Tardio, em São Carlos-SP;

16/05/1895 - casamento de Carmino Cappellano e Maria Spera, Igreja de Nossa Senhora da Assunção, Sé, São Paulo;

06/02/1897 - casamento de Rocco (Roque) Spera com Carmela Durante (1879-1973), em São Paulo, capital;

1898 - nascimento de Fioravante Spera, filho de Rocco (Roque) Spera e Carmela Durante, em São Paulo-SP; 


19/04/1898 (ou 17/04/1897, segundo Certidão de Casamento e Registro de Batismo)  - nascimento de Salvador Graciano Cappellano, em São Paulo-SP;

https://www.familysearch.org/pt/ 

1899 - nascimento de Rogério Spera, filho de Rocco (Roque) Spera e Carmela Durante, em São Paulo - SP;


07/05/1899 - nascimento de Carmela Cappellano (ou da primeira Carmela Cappellano, se admitirmos que houve duas Carmela Cappellano, filha de Carmino Cappellano e Maria Spera Cappellano), segundo seu primeiro registro encontrado, em São Paulo-SP;

15/04/1900 - nascimento de Carlos Ratton, no Rio de Janeiro-RJ, filho de Ignácio Ratton e Emília Martins Ratton;

15/04/1902 - nascimento de Lavieri Cappellano, em São Paulo-SP;

12/04/1904 (data de acordo com a lápide e sua segunda Certidão de Nascimento, lavrada em agosto de 1931) ou 13/04/1904 (data de acordo com a Certidão de Casamento) - nascimento de Carmen (Carmela) Cappellano, em São Paulo-SP; 

22/05/1904 (data de acordo com registro de Batismo) - nascimento de Adelino Cappellano, em São Paulo-SP;

23/12/1904 - nascimento de Gilda (Hermenegilda) Di Costanzo, filha de Miguel Di Costanzo e Maria Monti Di Costanzo, em Jundiaí-SP;

16/11/1906 - registro do filho ou filha ainda não identificado(a) de Carmino Cappellano e Maria Spera Cappellano;

12/09/1907 - Nascimento de Antônio Cappellano (segundo Certidão de Nascimento e Registro de Batismo), em São Paulo-SP, embora a lápide indique 13/09/1910; 

10/08/1909 - nascimento de Catharina Cappellano, batizada no dia seguinte; em São Paulo - SP;

10/05/1910 (data de acordo com registro de Batismo) - nascimento de Américo Cappellano, em São Paulo-SP;

29/01/1911 - nascimento de um filho do casal Carmino Cappellano e Maria Spera Cappellano, na Consolação, em São Paulo-SP, do sexo masculino;

19/09/1915 - nascimento de Donato Cappellano, em São Paulo-SP;

31/12/1918 - aprovação de Salvador Graciano Cappellano nas avaliações finais do segundo ano do curso de contabilidade na Escola de Comércio Álvares Penteado;

18/01/1919 - nascimento de Vera Cappellano (batizada com o nome de Diva em 4 de novembro do mesmo ano);

03/02/1920 - formatura de Salvador Graciano Cappellano, como Contador na  Escola de Comércio Álvares Penteado;

02/07/1920 - contrato de casamento de Salvador Graciano Cappellano (que já era contador nas empresas do Conde Matarazzo) e Lina (Miquelina) Stamato;

03/09/1921 - casamento, civil e religioso, de Salvador Graciano Cappellano e Lina (Miquelina) Stamato, na casa do pai da noiva, em São Paulo-SP;

10/01/1922 - morte de Lina (Miquelina) Stamato, em São Paulo-SP;

10/05/1925 - morte de Luiza Cappellano, em São Paulo-SP;

28/07/1927 - Salvador Graciano Cappellano vai ao Rio de Janeiro-RJ, com um amigo;

28/07/1929 - morte de Antonio Cappellano, em São Paulo-SP;

16/02/1930 - casamento de Salvador Graciano Cappellano e Gilda (Hermenegilda) Di Costanzo, na casa do pai da noiva, em São Paulo-SP;

11/09/1931 - casamento de Carmen (Carmela) Cappellano com Carlos Ratton na Igreja de Santa Cruz, Vila Mariana, em São Paulo-SP;

16/09/1931 - Casamento Civil de Carmen (Carmela) Cappellano e Carlos Ratton, Registro Civil do Distrito da Bella Vista, São Paulo-SP;

28/06/1932 - morte de Carmino Cappellano, em São Paulo-SP;

10/03/1933 - nascimento de Walter Carmine Cappellano, filho de Salvador Graciano Cappellano e Gilda (Hermenegilda) Di Costanzo Cappellano, em São Paulo-SP;

30/08/1935 - morte de Salvador Graciano Cappellano, em São Paulo-SP;

18/03/1945 - morte de Michele Caprio, esposo de Carolina Spera, em São Paulo-SP; 

01/01/1946 - morte de Carolina Spera, em São Paulo-SP;

27/09/1950 – casamento de Hermenegilda (Gilda) Di Costanzo com Juca (José) Sciamarelli (28/04/1886 - 05/06/1961);

11/05/1952 - morte de Carmen (Carmela) Cappellano, em São Paulo-SP;

11/07/1953 - morte de Rogério Spera, filho de Rocco (Roque) Spera e Carmela Durante, em São Paulo - SP;


12/10/1957 - (segundo) casamento de Carlos Ratton, com Alice Costa, filha de José Joaquim da Costa e Elenor Espíndola da Costa, no Cartório do Registro Civil da Bela Vista, em São Paulo-SP;

07/02/1960 - casamento de Walter Carmine Cappellano com Ignez Apparecida Picchi, nascida em Jundiaí - SP, em 16/10/1936, filha de Hugo Picchi e Ignez Taddei Picchi, na então Matriz de Nossa Senhora do Desterro, em Jundiaí-SP; Walter e Ignez tiveram 5 filhos: Luiz Carlos, Ana Luiza e Ana Cristina (gêmeas), Ana Flávia e Luiz Henrique , únicos descendentes ainda vivos de Carmino Cappellano e Maria Spera Cappellano; 

09/02/1962 - morte de Maria Spera Cappellano, em São Paulo-SP;

12/10/1963 - morte de Carmela Durante, viúva de Rocco (Roque) Spera, em São Paulo-SP;


08/09/1966 - morte de Fioravante Spera, filho de Rocco (Roque) Spera e Carmela Durante, em São paulo - SP;


07/08/1992 – morte de Walter Carmine Cappellano, filho de Gilda e Salvador Graciano;

01/11/1998 – morte de Hermenegilda (Gilda) Di Costanzo Sciamarelli;

05/08/2021 - concessão do Cemitério Araçá (túmulo 196, quadra 76-A), em nome de Carmino Cappellano, foi Declarada em Comisso e Extinta. Consta ainda da transcrição que os corpos lá sepultados foram exumados para o ossário geral. O processo 2014-0.266.315-0 de Declaração de Comisso encontra-se em trânsito para o Cemitério Araçá.

Fontes e Bibliografia:

Sites:

http://bndigital.bn.gov.br/

http://memoria.bn.br/hdb/periodico.aspx

http://www.arquivoestado.sp.gov.br/web/

http://www.arquivoestado.sp.gov.br/site/acervo/memoria_do_imigrante

https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/arquivo_historico/index.php?p=22491

www.arquivohistorico.sp.gov.br 

https://www.familysearch.org/pt/

Consulta/pesquisa via e-mail:

Silvia Maria Galdino Bezerra Lima - Assessora do Acervo de Cemitérios - Arquivo Histórico Municipal - Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo

Regina Helena Scavone Posvolsky (rhscavone@gmail.com)

Depoimento via Whatsapp:

Maria Helena Degani Rocha



Documentos on-line:

http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fmemoria.bn.br%2FDocReader%2FDocReader.aspx%3Fbib%3D090972_06%26pesq%3D%2522salvador%2520graciano%2520cappellano%2522%26hf%3Dmemoria.bn.br%26pagfis%3D44552%26fbclid%3DIwAR0O0koJt_Z4vehqLJhBbrnkcLE5Ytdgh24fx7H_Vj1Q2Nx0STkQ2ILSEdI&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEjRTIZFTU09nWrByMEwOvBrz29oA

http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fmemoria.bn.br%2FDocReader%2FDocReader.aspx%3Fbib%3D090972_06%26pesq%3D%2522salvador%2520graciano%2520cappellano%2522%26hf%3Dmemoria.bn.br%26pagfis%3D48592%26fbclid%3DIwAR1X4lj9-af9RjelA8fXgCVp1Q_f1vRwQ2KKZlDWuMTvnEat8QOEd6VRmyo&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEsyflpNudbb2q7qUKtoSGWg1A7qw

http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fmemoria.bn.br%2FDocReader%2FDocReader.aspx%3Fbib%3D090972_07%26pesq%3D%2522salvador%2520graciano%2520cappellano%2522%26hf%3Dmemoria.bn.br%26pagfis%3D346%26fbclid%3DIwAR2IpgUQepTSVmZoMhQ97Vyb3xTTb-3VEi5vAg63PuGOtgSLwg4js_07zN0&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEx3UPxDcDRlbu7nRcsRxvxSgbK_A

http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fmemoria.bn.br%2FDocReader%2FDocReader.aspx%3Fbib%3D090972_07%26pesq%3D%2522salvador%2520graciano%2520cappellano%2522%26hf%3Dmemoria.bn.br%26pagfis%3D7549%26fbclid%3DIwAR3quHNq7Kn9sDNioF5xgd1_xjzHUSFCFHP55gWKfW5QN9I-lQFb2ej0g3I&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEHaKJ-HZnMQDkcfcSPLrSBah3Cdw

http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=090972_08&pesq=%22carlos%20ratton%22&pasta=ano%201935\edicao%2024343&pagfis=8617

http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=090972_08&pesq=%22carlos%20ratton%22&pasta=ano%201938\edicao%2025379&pagfis=26892

http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=090972_08&pesq=%22carlos%20ratton%22&pasta=ano%201939\edicao%2025594&pagfis=30478 (não encartado aqui, pois se trata apenas de contribuição financeira, na forma de subscrição, para a temporada lírica de 1939)

http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=090972_09&pesq=%22carlos%20ratton%22&pasta=ano%201940\edicao%2025859&pagfis=2085



Facebook:

https://m.facebook.com/media/set/?set=a.1426553914231700&type=3&comment_id=19078%2079999432420

https://www.facebook.com/search/top?q=parrocchia%20san%20laviero%20-%20tito

     

Fontes Primárias (documentos):

1.     Site Family Search (https://www.familysearch.org/):

Certidão de Casamento de Carmen Cappellano e Carlos Ratton

Certidão de Nascimento de Carmela Cappellano (1ª) de 1899

Certidão de Nascimento de Carmela Cappellano (2ª) de 1931

Registro de Batismo de Américo Cappellano

Registro de Batismo de Antônio Cappellano

Registro de Batismo de Brazelino Cappellano

Registro de Batismo de Carmela Cappellano

Registro de Batismo de Carmine Pascoalina Cappellano

Registro de Batismo de Catharina Cappellano

Registro de Batismo de Diva Cappellano

Registro de Batismo de Donato Cappellano

Registro de Batismo de Luiza (Cappellano?) de 1903

Registro de Batismo de Lavieri e Adelino Cappellano

Registro de batismo de Salvador Graciano Cappellano

Registro de Casamento Religioso de Carmino Cappellano e Maria Spera

Registro de Estrangeiros (ficha) de Maria Spera Cappellano

 

Outros, utilizados durante as pesquisas

2.     Arquivo pessoal:

Anotações em Documento do Cemitério do Araçá (1925 e 1944) sobre Luiza Cappellano

Certidão de Casamento de Hermenegilda Di Costanzo e José Sciamarelli

Certidão de Casamento de Hermenegilda Di Costanzo e Salvador Graciano Cappellano

Certidão de Casamento de Ignez Apparecida Picchi e Walter Carmine Cappellano

Certidão de óbito de José Sciamarelli

Certidão de óbito de Maria Spera Cappellano

Certidão de óbito de Salvador Graciano Cappellano

Certidão de óbito de Walter Carmine Cappellano

Nota de compra terreno do túmulo Cappellano

Nota da construção do túmulo Cappellano (empreiteiro)

Nota fiscal do enterro de Carmino Cappellano

Registro de Estrangeiros completo (equivalente a RG) de Maria Spera Cappellano

Termo de Sepultamento de Salvador Graciano Cappellano – Administração dos Cemitérios de São Paulo

Fontes Secundárias (Jornais):

Hemeroteca Digital - BNDigital - Fundação Biblioteca Nacional - http://bndigital.bn.gov.br/hemeroteca-digital/

 

CORREIO PAULISTANO, São Paulo, 10 de setembro de 1880

                                                           , 18 de setembro de 1880

                                                           ,12 de junho de 1888

                                                           , 14 de novembro de 1895

                                                           , 22 de novembro de 1895

                                                           , 27 de fevereiro de 1913

                                                           , 9 de junho de 1916, p. 2

                                                           , 7 de setembro de 1916, p. 6 

                                                           , 22 de março de 197

                                                           , 25 de novembro de 1917                                         

                                                           , 21 de setembro de 1918, p. 2

                                                           , 31 de dezembro de 1918

                                                           , 3 de fevereiro de 1920

                                                           , 9 de julho de 1929, p. 7

                                                           , 2 de julho de 1920, p. 5

                                                           , 6 de setembro de 1921, p. 5

                                                           , 12 de janeiro de 1922, p. 3

                                                           , 14 de janeiro de 1922, p. 9

                                                       , 1 de agosto de 1935, p.2

                                                        , 2 de dezembro de 1938, p. 4

                                                           , 23 de junho de 1940, p. 8

                                                          , 9 de agosto de 1940, p. 2

                                                           

DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO, 27 de dezembro de 1912

                                                                          , 7 de julho de 1955

                                                                             

Busca “Poder Judiciário” - vários

 Acervo O ESTADO DE SÃO PAULO (https://www.estadao.com.br/acervo/)                                                                     

O ESTADO DE SÃO PAULO, 17 de abril de 1888, p. 1

                                               , 30 de setembro de 1899, p. 2

                                               , 28 de julho de 1927, p. 2

 

Crédito das Imagens (na ordem em que aparecem no texto):

Lápide de Carmela Cappellano Ratton – fotógrafo Paulo Matheus

Registro de Batismo de Carmela Cappellano – Family Search

Segunda Certidão de Nascimento de Carmela Cappellano – Family Search

Casamento de Carmen Cappellano e Carlos Ratton (com damas de honra) – acervo pessoal, colorido digitalmente

Papel de seda escrito por Carmen Cappellano (da foto anterior) – acervo pessoal

Certidão de Casamento de Carmen Cappellano e Carlos Ratton – Family Search

Correio Paulistano, 3 recortes – Hemeroteca Digital Brasileira

Casamento Carmen e Carlos, noivos e pais da noiva – arquivo pessoal

Carmino Cappellano, foto do passaporte – arquivo pessoal

Carmen e Gilda, convescote em 1925 – arquivo pessoal, colorido digitalmente

Gilda, convescote de 1925 – arquivo pessoal

Idem

Gilda, Carmen e Luiza (?), convescote de 1925 – arquivo pessoal

Close, 2 fotos de Gilda com destaque nos brincos – arquivo pessoal

Carmen e amiga, convescote de 1925 – arquivo pessoal

Carmen, Luiza (?) e amiga, 1925 – arquivo pessoal

Carmen, 1925 – arquivo pessoal

Túmulo Cappellano no Cemitério do Araçá – Google Earth

Anotação (à mão) sobre túmulo – Luiz Henrique Cappellano

Recorte Diário Oficial – Hemeroteca Digital Brasileira

Lápide de Salvador Graciano e Carmela – Fotógrafo Paulo Matheus

Antonio Cappellano (1929) – acervo pessoal

Registro de Batismo de Américo Cappellano – Family Search

Registro de Batismo de Antônio Cappellano – Family Search

Nota de compra terreno do túmulo Cappellano – acervo pessoal

Lápide de Carmino e Antônio – Fotógrafo Paulo Matheus

Anotação sobre Vincenzo Cappellano – Family Search

Nota fiscal do enterro de Carmino Cappellano – acervo pessoal

Certidão de Óbito de Maria Spera Cappellano – arquivo pessoal

Registro de Estrangeiros (ficha) de Maria Spera Cappellano – Family Search

Registro de Casamento Religioso de Carmino Cappellano e Maria Spera – Family Search

Registro de Batismo de Lavieri e Adelino Cappellano – Family Search

Registro de Batismo de Catharina Cappellano – Family Search

Registro de Batismo de Donato Cappellano – Family Search

Registro de Batismo de Diva Cappellano – Family Search

Anotações em Documento do Cemitério do Araçá (1925 e 1944) sobre Luiza Cappellano – acervo pessoal

2 imagens com close de Luiza (?) Cappellano do convescote de 1925 – arquivo pessoal

Anotações sobre “unknow” Cappellano (16 de novembro de 1906) – Family Search

Anotações sobre filho Cappellano desconhecido, de 29 de janeiro de 1911 – Family Search

Recorte do Correio Paulistano – Hemeroteca Digital Brasileira

Idem

Recorte do Diário Oficial do Estado de São Paulo – Hemeroteca Digital Brasileira

Encarte sobre livro de Jorge Luiz Pavan Cappellano – o mesmo, autor do livro

Recorte de O Estado de São Paulo – Hemeroteca Digital Brasileira

Idem

Recorte do Correio Paulistano – Hemeroteca Digital Brasileira

Casa de Carlos Cappellano e Maria Garafalo – Google Earth

Registro de Batismo de Carmine Pascoalina Cappellano – Family Search

Vista de Tito, Potenza, Basilicata, Itália – Google Earth

Idem

Recorte de Correio Paulistano – Hemeroteca Digital Brasileira

Idem

Idem

Idem

Nota da construção do túmulo Cappellano (empreiteiro) – arquivo pessoal 

Print-screens - registro de Severo Cappellano - Family Search


Mapa - distância de Tito a Grisolia (com anotações do autor) - Google Maps, 2023 

Anúncio Restaurante Cosmopolita, Saporiti & Miraglia - Correio Paulistano – Hemeroteca Digital Brasileira 

Anúncio Dr. E. Saporiti - idem 

Ficha Consular de Qualificação - Filippo Saporiti - Family Search 

San Laverio - wikipedia em italiano - https://it.wikipedia.org/wiki/Laverio_(martire)

Rara foto de Salvador Graciano Cappellano quando criança (primeiro, no alto) - acervo pessoal


Escritório do Conde Matarazzo – acervo pessoal, colorido digitalmente

Recorte do Correio Paulistano – Hemeroteca Digital Brasileira

Idem

Idem

Foto de Miquelina Stamato – Family Search

Foto de Salvador Graciano Cappellano – acervo pessoal

Recorte do Correio Paulistano – Hemeroteca Digital Brasileira

Idem

Miquelina Stamato no Facebook (print screen) – Facebook

Recorte do Correio Paulistano – Hemeroteca Digital Brasileira

Idem

Idem

Idem

Gilda e Graciano no dia do casamento – acervo pessoal, colorido digitalmente

Recorte de A Gazeta - Hemeroteca Digital Brasileira

Recorte de O Estado de São Paulo – Hemeroteca Digital Brasileira

Certidão de Óbito de Salvador Graciano Cappellano – arquivo pessoal

Termo de Sepultamento de Salvador Graciano Cappellano – Administração dos Cemitérios de São Paulo

Salvador Graciano e amigo, Rio de Janeiro, 1927 – acervo pessoal

Salvador Graciano e Antônio Cappellano, 1929 – acervo pessoal

Idem

Gilda e Salvador, lua de mel no Rio de Janeiro – acervo pessoal

Graciano com amigo, no mesmo local – acervo pessoal

Idem

Graciano com amigos na praia – acervo pessoal

Graciano na praia – acervo pessoal

Rio de janeiro, 1927 – acervo pessoal

Gilda, Graciano e Walter (bebê), São Paulo, 1934 – acervo pessoal

Graciano em casa – acervo pessoal

Registro de Estrangeiros completo (equivalente a RG) de Maria Spera Cappellano – arquivo pessoal

Registro de batismo de Salvador Graciano Cappellano – Family Search

Pesquisas de campo:

1. Por Luiz Henrique Cappellano, no Cemitério do Araçá (administração e túmulo 196, quadra 76-A), dia 8 de dezembro de 2021;

2. Por Luiz Henrique Cappellano, junto aos álbuns de fotografias de Hermenegilda Di Costanzo Sciamarelli (1904-1998), em 29 de janeiro de 2022. 

3. Por Paulo Matheus (http://paulomatheus.com.br/), no Cemitério do Araçá (administração e túmulo 196, quadra 76-A), dia 8 de fevereiro de 2022. 

Depoimentos (Memória) e Álbuns de fotografias de Hermenegilda Di Costanzo Sciamarelli (1904-1998)

Fotografias Profissionais - Paulo Matheus (http://paulomatheus.com.br/), no Cemitério do Araçá (túmulo 196, quadra 76-A), dia 8 de fevereiro de 2022.