Ana de Souza (Rainha Ginga) era uma pessoa indomável e inteligente que tinha coragem e argúcia. Ela foi uma rainha africana que lutou contra a invasão portuguesa no Sudoeste da África, no século XVII.
Tornou-se uma “heroína”, pois viveu durante um período em que o tráfico de escravos africanos para o Brasil era muito forte. Ela juntou vários povos africanos para combater os invasores portugueses e resistiu até o fim, sem nunca ter sido capturada.
Depois de anos de incursões portuguesas para capturar escravos, e entre batalhas intermitentes, Rainha Ginga negociou um tratado de termos iguais e converteu-se ao cristianismo para fortalecer o acordo. Depois de os portugueses não o respeitarem e criarem uma desordem no reino de Ngola, ela envenenou o próprio irmão, tomando o poder de Ngola e Matamba.
Ela comandou essa resistência até a sua morte, aos 82 anos. A rainha quilombola de Matamba e Angola tornou-se mítica e foi um das mulheres africanas "cuja memória" desafiou o tempo, dando origem a um imaginário cultural que invadiu o folclore brasileiro com o nome Ginga.
Guilherme Kistenmacker - 706
Fontes: