Ensino, Pesquisa e Extensão. Como são vistos aos olhos da diretora do nosso Setor?

Data de postagem: Apr 13, 2012 12:54:41 PM

"É considerado o tripé da universidade, em tese deveríamos trabalhar as três linhas igualmente. Mas eu sinto que no Setor de Ciências Exatas, dá-se menos valor à parte de extensão do que ao ensino e, principalmente, à pesquisa. Temos grandes programas de extensão, mas eles são concentrados nos esforços de alguns professores que levam o trabalho para frente. Eu citaria, por exemplo, no Departamento de Expressão Gráfica, temos os cursos de CAD que atendem toda a universidade, no Departamento de Matemática os programas de formação de professores e o nosso carro-chefe de projetos de extensão, o FIBRA, Física Brincando e Aprendendo, que tem hoje até uma sede própria, e atende alunos de diferentes níveis de todo Paraná e de fora do Paraná. O ideal, é que existisse nessa relação [ensino - pesquisa - extensão] uma igualdade de comprometimento. Obviamente que um bom pesquisador não tem de ser um bom extensionista, não digo que a mesma pessoa tem de fazer a mesma atividade. Mas temos que, hoje, fortalecer a parte de extensão. Porque na pesquisa, o Setor de Exatas é qualificadíssimo, gerando muitas publicações e produtos, inclusive patenteados. No ensino, atendemos uma ampla gama do estudantado da universidade, mas na extensão ainda somos relativamente tímidos. Até porque isto é conjuntural no Brasil: porque quando você investe em trabalhar na pesquisa, você abre as portas para participar em congressos internacionais, divulgar rapidamente o seu trabalho e publicar em revistas científicas. Tudo isto é muito valorizado na carreira. Se olharmos a extensão, nós não temos qualquer sistematização ou política de valorização, até onde eu conheço, em termos de atividades de extensão, no Brasil, e nas instituições federais."