UFPR - História e estórias

TÓPICOS DA HISTÓRIA DA PESQUISA NA NOSSA UNIVERSIDADE - ÊNFASE NOS DEPARTAMENTOS DO NOSSO SETOR - E ALGUMAS CURIOSIDADES COM BASE NO LIVRO:

BARANOW, U.G.; DALLEDONE, M.S.  UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ: história e estórias: 1912 - 2007. Curitiba: Ed. UFPR, 2007. 315 p.

Disponível na Biblioteca Ciência e Tecnologia da UFPR - Campus Centro Politécnico - sob o código 378.8162 U58

“Na ocasião, a diretoria da recém criada Universidade Federal do Paraná – UP foi eleita por aclamação, tendo como “Director, Dr. Victor Ferreira do Amaral e Silva; Vice- Diretor, Dr. Euclides Bevilaqua; Secretário, Dr. Nilo Cairo da Silva; Sub-secretário; Dr. Dalton Filho; Thesoureiro, Dr. Flávio Luz; Bibliotecário, Dr. Hugo Gutierrez Simas.” Finalmente à noite, às 19 horas, ocorreria a instalação oficial da UP, a qual contou com a presença de autoridades locais como o Presidente e Secretários de Estado, o general Alberto de Abreu, o bispo D. João Braga, demais autoridades civis e militares, além de membros da comunidade.  Tratava-se de um evento festivo, acompanhado de uma banda de música que tocava nos jardins do Congresso, atraindo a presença popular. O doutor Carlos Cavalcanti presidiu a sessão solene congratulando-se “... com os seus patrícios por aquele notável acontecimento que, representa um grande passo em favor do progredimento social do Paraná.”” (BARANOW, U.G.; SIQUEIRA, M.D., 2007, p.36)

Dr. Nilo Cairo da Silva (1874 -1928)

(BARANOW, U.G.; SIQUEIRA, M.D., 2007, p. 23

Dr. Victor Ferreira do Amaral (1862 - 1953)

(BARANOW, U.G.; SIQUEIRA, M.D., 2007, p. 23)

Primeira diretoria da Universidade do Paraná, 1912 (Sentados da esquerda para a direita: Nilo Cairo da Silva, secretário; Victor Ferreira do Amaral e Silva, diretor; Euclides Bevilaqua, vice-diretor. Em pé, da esqueda para a direita: João Barcellos, tesoureiro; Manoel de Cerqueira Daltro Filho, 2º secretário; Hugo Gutierrez Simas, bibliotecário).

(BARANOW, U.G.; SIQUEIRA, M.D., 2007, p. 23)

“A Universidade do Paraná estava amparada pelo Decreto Federal n.º 8.659 de abril de 1911, que aprovou a Lei Orgânica do Ensino Superior e Fundamental da República. Também foi reconhecida pelo Governo do Estado, pela Lei n.º 1.284 de 27 de março de 1913, o que lhe assegurou a doação de um pequeno patrimônio financeiro e a subvenção de 36$000 rs. por um ano.

Para garantir seu funcionamento, ficaram estipuladas algumas taxas, as quais “... eram de variado valor: para o exame de admissão trinta mil réis, para a matrícula e exame final, cinqüenta mil réis; para a freqüência de laboratórios, vinte mil réis anuais. As quantias referentes às mensalidades eram: Direito, e Engenharia de quarenta mil réis; de Farmácia e Odontologia, trinta mil réis; e a de Comércio, vinte e cinco mil réis”. Embora fossem previstas, nem sempre foram executadas.” (BARANOW, U.G.; SIQUEIRA, M.D., 2007, p. 38)

Gabinete de Tecnologia, 1914.

(BARANOW, U.G.; SIQUEIRA, M.D., 2007, p.39)

A fachada principal do edifício com frente para a Praça Santos Andrade media 54 metros, e a previsão para que estivesse concluído era abril de 1914, e seria construído pela empresa de Bortholo Bergonse. Inicialmente, também participou da construção Carlos Dietzche, que após alguns meses se desligou do empreendimento.

Nessa época, a Praça Santos Andrade, que ficava em frente ao local escolhido, era usada como depósito de lixo da prefeitura. Além disso, ali começava o brejo que se prolongava até o Rio Belém. Só em 1916, atendendo às reivindicações ao Centro Acadêmico junto à prefeitura, referentes ao mau-cheiro, sobretudo no verão, é que o depósito de lixo foi retirado daquele local.” (BARANOW, U.G.; SIQUEIRA, M.D., 2007, p. 48)

Desenho da fachada do Primeiro Prédio Histórico da Universidade do Paraná projetado por Guilhermino Baeta de Faria, em 1913.

(BARANOW, U.G.; SIQUEIRA, M.D., 2007, p.47)

“O empreendimento referente à construção de uma sede digna de uma Universidade prosseguiu em ritmo acelerado. Com elementos clássicos e uma envergadura monumental, representava a ousadia de um grupo de intelectuais. O edifício, em todas as suas expressões e representações, se impunha na cidade. Era chamado pela população “Palácio da Luz”, verdadeiro símbolo do progre3sso educacional paranaense. (...) Em meio à crise econômica mundial, o doutor Victor Ferreira do Amaral, em 1914, afirmava que, embora a UP  fosse atingida por ela, estava conseguindo manter-se economicamente. (...) O terreno na Praça Santos Andrade, à época, ficava na periferia, em frente a um depósito de lixo, às margens de um terreno pantanoso. A ocupação do novo edifício deu-se aos poucos, de abril a junho de 1914, à medida que as salas ficavam prontas. Em 1914, as aulas da UP iniciaram-se a 16 de março no prédio da Rua Comendador Araújo. No entanto, logo foram transferidas para a Praça Santos Andrade.” (BARANOW, U.G.; SIQUEIRA, M.D., 2007, p. 61 - 62)

Laboratório de Química Geral, 1915.

(BARANOW, U.G.; SIQUEIRA, M.D., 2007, p.63)

“No âmbito federal, só em 1920 foi criada a Universidade do Rio de Janeiro: “... foi um acontecimento artificial, realizado de cima para baixo, sem nenhuma participação espontânea da comunidade docente ou discente.”” (BARANOW, U.G.; SIQUEIRA, M.D., 2007, p. 74)

Primeira parte concluída do prédio da Universidade do Paraná, 1918.

(BARANOW, U.G.; SIQUEIRA, M.D., 2007, p.72)

Vista aérea do prédio da Universidade, 1937.

(BARANOW, U.G.; SIQUEIRA, M.D., 2007, p.79)

Festa cívica em frente à Universidade, 1939.

(BARANOW, U.G.; SIQUEIRA, M.D., 2007, p.79

“ À instalação da Universidade do Paraná seguiu-se o ato oficial de sua instituição, por meio do Decreto –Lei n.º 9.323 de seis de junho de 1946. Por ele, foram concedidas as regalias de universidade livre equiparadas à UP. Foram também aprovados os estatutos, apontando como finalidades: “... manter e desenvolver o ensino nos institutos que a compõem; trabalhar pelo aperfeiçoamento do ensino no país; incentivar a pesquisa e a cultura científica, literária, filosófica e artística; concorrer para o engrandecimento material e espiritual da Nação.” O reconhecimento da Universidade do Paraná veio se agregar mais uma vez ao esforço paranista  da construção de uma cidade econômica  e intelectualmente desenvolvida, com a afirmação de sua qualidade de ensino.” (BARANOW, U.G.; SIQUEIRA, M.D., 2007, p. 100)

A Universidade e a Praça Santos Andrade nas festividades do fim da 2ª Guerra Mundial, 1945.

(BARANOW, U.G.; SIQUEIRA, M.D., 2007, p.98)

“Em 1947, a Universidade contava com 2.245 alunos matriculados, sendo 2.017 do sexo masculino e 228 do sexo feminino. (...) O doutor Victor do Amaral deixou a Reitoria em 1948, por força dos novos estatutos. Com isso, em 6 de julho do mesmo ano, tomava posse no cargo de reitor o doutor João Ribeiro de Macedo Filho. (...) Acompanhando o ritmo nacional, o novo reitor passou a defender veemente a construção de uma Cidade Universitária, por acreditar não ser possível compreender uma universidade sem pesquisa e local próprio para isto. As obras do Centro Politécnico, como futuro centro de experiências técnicas de vastas proporções, destinado aos altos estudos das novas gerações de técnicos paranaenses, estavam de acordo com a nova mentalidade universitária que caracterizava a época. No entanto, a gestão do doutor João Ribeiro de Macedo Filho foi curta, interrompida pelo seu falecimento em 1949.” (BARANOW, U.G.; SIQUEIRA, M.D., 2007, p. 106-107)

“(...) Tal processo culminou com a edição da Lei n.º 1.254 de 4 de dezembro de 1950. Nela, finalmente estavam federalizadas a Universidade do Paraná e as demais instituições brasileiras parceiras dessa luta. A Lei dispunha sobre o sistema federal de ensino superior e nomeava os estabelecimentos que seriam mantidos diretamente pela União. Assim, a Universidade do Brasil, e as Universidades de Minas Gerais, da Bahia, do Recife, do Rio Grande do Sul e do Paraná forma contempladas. A partir desse momento, a UP passou a se denominar Universidade Federal do Paraná – UFPR.” (BARANOW, U.G.; SIQUEIRA, M.D., 2007, p. 115)

“Com o Ato Institucional n.º 5, também vários professores da UFPR foram perseguidos e estudantes presos; o Diretório Central dos Estudantes foi fechado e as manifestações consideradas subversivas. No governo Médici, a oposição do regime foi controlada por meio de torturas, seqüestros, prisões e perseguições. No entanto, a classe média se sentia amparada, premiada com as vantagens advindas do crescimento econômico. Quanto à sociedade civil, devido à censura à imprensa, mantinha-se mal informada sobre os reais acontecimentos políticos e o futuro da Nação.” (BARANOW, U.G.; SIQUEIRA, M.D., 2007, p. 126)

Remodelação, ampliação e retirada da cúpula do prédio histórico da UFPR, início da década de 1950.

(BARANOW, U.G.; SIQUEIRA, M.D., 2007, p.130)

“Foi nessa conjuntura educacional que o Governo Federal criou o Conselho Nacional de Pesquisas – CNPq, por meio da Lei n.º 1.310 de 15 de janeiro de 1951, com a finalidade de promover o desenvolvimento da investigação científica e tecnológica em qualquer domínio do conhecimento. Visando ao aperfeiçoamento do corpo docente superior e à formulação de planos de ação governamental, foi criada também a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, pelo Decreto n.º 29.741 de 11 de julho de 1951. Para cumprir as finalidades a que se destinava, o CNPq distribuiu seus encargos por sete “Setores de Pesquisa”, a saber: “Agronômicas, Biológicas, Físicas, Geológicas, Matemáticas, Químicas e Tecnológicas, mantendo, além disso, os seguintes setores: Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação; Instituto de Matemática Pura e Aplicada; Instituto de Pesquisas da Amazônia; Instituto de Energia Atômica e Instituto de Pesquisas Rodoviárias.” (BARANOW, U.G.; SIQUEIRA, M.D., 2007, p. 131)

“(...) A UFPR almejava colocar-se como um dos centros científicos mais relevantes do Sul do Brasil. Parte desse processo ocorreu com a criação do Centro Politécnico e dos Institutos de Pesquisa (...). Todo esse processo veio associado a um novo momento político, mais direcionado ao desenvolvimento da economia nacional. Isso se configurou com a implantação do Plano de Metas (1956 – 1960), elaborado pelo governo de Juscelino Kubitschek, que estabelecia uma nova política de desenvolvimento econômico.” (BARANOW, U.G.; SIQUEIRA, M.D., 2007, p. 137)

"Cada unidade universitária foi definida como um órgão de ensino e pesquisa e o Decreto-Lei n.º 252 de 28 de fevereiro de 1967 estabeleceu que cada área deveria concentrar-se em departamentos. Os departamentos seriam reunidos em unidades administrativas, denominadas Institutos e Faculdades. Assim, o Departamento passava a constituir a menor fração da estrutura universitária para todos os efeitos de organização administrativa, didático-científica e de distribuição pessoal. O objetivo de alterar a estrutura da Universidade e instituir departamentos era a reunião das disciplinas mais afins, incluídas ou não nas cadeiras, além de imprimir  novas diretrizes ao ensino.” (BARANOW, U.G.; SIQUEIRA, M.D., 2007, p. 142)

“Se em 1946 a Universidade do Paraná possuía cento e vinte e cinco professores, com a federalização, em 1950, esse número cresceu para duzentos e catorze docentes; destes, cinqüenta e quatro, isto é, 7%, eram catedráticos. Já em 1962, possuía setecentos e trinta e oito docentes. (...) A UFPR estava organizada em faculdades, institutos e departamentos. (...) os institutos de Física, Pesquisas Químicas, Bioquímica, Matemática (...). O Instituto de Física, criado em 1959, tinha sua sede na Escola de Engenharia e era constituído dos departamentos, cátedras e disciplinas de física e físico-química existentes na UFPR. Visava à cooperação com a indústria e atendia às áreas de física experimental e teórica, matemática, físico-química, ensino e divulgação. O Instituto de Matemática, também criado em 1959, era constituído pelas disciplinas de matemática e estatística. Com sede na Faculdade de Ciências Econômicas, atuava nas áreas de matemática pura, aplicada, estatística, e ensino e divulgação. (...) O Instituto de Pesquisas Químicas, criado em 1959, era formado pelas disciplinas de química existentes na Universidade e estava dividido em química pura, química aplicada e engenharia química.” (BARANOW, U.G.; SIQUEIRA, M.D., 2007, p. 147 - 149)

Centro Politécnico, década de 1960.

(BARANOW, U.G.; SIQUEIRA, M.D., 2007, p.151)

“O Centro Politécnico foi edificado num terreno localizado no Cajuru, doado pela Prefeitura de Curitiba, que compreendia uma área de vinte alqueires [aproximadamente 484.000 m2]. O projeto previa a construção de 50.000 m2, distribuídos em doze edifícios de ensino, além do edifício central e daqueles destinados aos laboratórios e usinas. O complexo abrigaria, inicialmente os cursos de Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica, e Arquitetura e Urbanismo. As edificações compreendiam o núcleo administrativo (congregação, conselho técnico, diretoria, secretarias, tesouraria, almoxarifado,superintendência geral de serviços e biblioteca); núcleo didático (compreendia os edifícios onde funcionariam os departamentos de matemática, desenho, física, química, geologia, economia e administração, topografia e viação hidrotécnica, engenharia mecânica e eletrotécnica); núcleo recreativo (visando à recreação do corpo discente, como no caso de um auditório com capacidade para mil e quinhentas pessoas); núcleo de assistência ( blocos destinados ao alojamento dos alunos, restaurantes e gabinetes de assistência social).” (BARANOW, U.G.; SIQUEIRA, M.D., 2007, p. 149 - 150)

O Conselho Universitário durante a primeira gestão do Reitor Flávio Suplicy de Lacerda,  década de 1950-60.

(BARANOW, U.G.; SIQUEIRA, M.D., 2007, p.151)

“Ante a legislação federal, implantando a Reforma Universitária e, ainda, visando superar a organização tradicional das universidades brasileiras a UFPR deveria se adequar ao momento. Para tanto, constituiu, em 1968, um comissão encarregada da Reforma Universitária, presidida pelo professor Brasil Pinheiro Machado, que se incumbiu de organizar um diagnóstico preliminar da situação da instituição.” (BARANOW, U.G.; SIQUEIRA, M.D., 2007, p. 191)

“Nessa perspectiva, embora o Ensino Superior estivesse em processo de reforma, internamente, na UFPR, duas alterações significativas ocorreram, uma em 1970 e outra três anos após. A Reforma de 1970 atendia ao plano de reestruturação aprovado em 1969, que levou à elaboração do Estatuto de 1970, estabelecendo como objetivos da Universidade formar profissionais técnicos e cientistas,  promover a educação, a pesquisa, o desenvolvimento tecnológico e a cultura científica. Sua meta era contribuir para a solução dos problemas de interesse da comunidade. Já a Reforma de 1973 reestruturava a UFPR, suprimia institutos e faculdades, investia na organização administrativa e funcional. (...) Para ampliar a nova estrutura, viabilizou-se um plano de trabalho destinado a avaliar a extensão e a profundidade dos programas de reforma. Este ia ao encontro da política educacional preconizada pelo governo, com o sistemático aumento do número de vagas para os diversos cursos e a criação da Coordenação dos Cursos de Pós-Graduação.” (BARANOW, U.G.; SIQUEIRA, M.D., 2007, p. 192)

“[Na década de 70] a UFPR possuía três campi: o Campus Centro (reunindo os setores de Ciências da Saúde, Ciências Humanas, Letras e Artes; de Educação e de Ciências Sociais Aplicadas); o Campus Jardim das Américas (reunindo os setores de Tecnologia, Ciências Exatas, Ciências Biológicas e Centro de Desporto e Recreação) e o Campus Bacacheri (setor de Ciências Agrárias).” (BARANOW, U.G.; SIQUEIRA, M.D., 2007, p. 200)

“Os setores do sistema comum de ensino e de pesquisa básica e seus respectivos departamentos eram assim apresentados:

- Setor de Ciências Exatas: departamentos de Matemática, Desenho, Informática, Química e Física.

- Setor de Ciências Biológicas: departamentos de Ciências Morfológicas, Ciências Fisiológicas, Patologia Básica, Botânica, Zoologia, Bioquímica, Genética e Educação Física.

- Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes: departamentos de Comunicação e Ciencias Sociais, História, Psicologia e Antropologia, Filosofia, Letras Estrangeiras e Modernas, Lingüística, Letras Clássicas e Vernáculas e Artes. (...)

Em 1985 havia, na UFPR, mil novecentos e vinte e um docentes e catorze mil e novecentos alunos matriculados, distribuídos em quarenta cursos.” (BARANOW, U.G.; SIQUEIRA, M.D., 2007, p. 202 - 203)

“A primeira eleição para reitor na UFPR, incluindo a consulta de professores, alunos e servidores, ocorreu em 1985. Votava-se em candidatos que, posteriormente, compuseram a lista sêxtupla a ser enviada ao ministro da Educação. Na ocasião, coube vitória ao professor Riad Salamuni, vencedor do pleito realizado em 6 de novembro. Foi então indicado pelo Ministério da Educação para o cargo do reitor. Ao assumir, incorporou como um dos pontos básicos de sua gestão a adoção de eleições diretas para a indicação dos diretores dos setores, além de uma maior atenção ao ensino e à pesquisa. A própria administração de Salamuni já é por si só um fato novo na historia da universidade, como o primeiro reitor eleito democraticamente entre professores, alunos e funcionários, gerando, a partir desse fato, uma visão democrática dentro da UFPR.” (BARANOW, U.G.; SIQUEIRA, M.D., 2007, p. 205)

“[Na década de 80] o Paraná possuía, nessa época, 27% dos cursos de mestrado e doutorado da Região Sul, e 29% dos cursos de especialização; todavia, nas universidades paranaenses, apenas 11% dos docentes apresentavam o título de doutor, e 25%, de mestre. Na UFPR, a titulação do corpo docente apresentava, em 1988, a seguinte configuração: 18,5% doutores, 33,6% mestres, 21,4% especialistas e 26,5% graduados. Do total de docentes da Universidade, 10% deles estavam cursando a pós-graduação.” (BARANOW, U.G.; SIQUEIRA, M.D., 2007, p.2 42)

 “Atualmente, a UFPR possui quatro campi em Curitiba: Centro, Jardim das Américas, Jardim Botânico e Juvevê, além do Hospital de Clinicas, Hospital do Trabalhador e Hospital Maternidade Victor Ferreira do Amaral, em parceria com o Estado do Paraná e com o Município de Curitiba e um Hospital Veterinário em Palotina, totalizando uma área física de 8.753.649 m2, sendo 334.169 m2 de área construída.” (BARANOW, U.G.; SIQUEIRA, M.D., 2007, p. 270)

“São oferecidos setenta e três cursos de graduação, com vinte e dois mil quatrocentos e sessenta alunos matriculados, quarenta e sete programas de mestrado, com dois mil e sessenta e três alunos matriculados; vinte e nove programas de doutorado, com novecentos e setenta e três alunos matriculados, trinta e nove cursos de residência médica e setenta e nove cursos de especialização. Há ainda os cursos de Educação à Distância, cursos técnico-profissionalizante na Escola Técnica da UFPR e programas de pós-doutorado. Para desenvolver essas atividades, a UFPR conta com um corpo docente de mil novecentos e setenta e dois professores, sendo cento e vinte e nove graduados, cento e dezesseis especialistas, quinhentos e vinte e oito mestres, mil cento e cinco doutores, além de noventa e quatro professores na Escola Técnica. No quadro dos servidores técnico-administrativos há mil setecentos e dezessete na UFPR, mil novecentos e setenta no Hospital de Clínicas e dezessete na Escola Técnica e dezesseis na UFPR Litoral.” (BARANOW, U.G.; SIQUEIRA, M.D., 2007, p. 271 - 272)

 “A instituição mantém sua configuração organizacional baseada em Setores e Departamentos. Ao todo são onze setores, que têm a função de executar, coordenar e fiscalizar as unidades didático-pedagógicas e de pesquisa das áreas de conhecimento. Já os departamentos, em número de sessenta e oito, comportam disciplinas e professores. (...) Setor de Ciências Exatas: Departamentos de Desenho [atualmente Expressão Gráfica]; Estatística; Física; Informática; Matemática; e Química. (...)” (BARANOW, U.G.; SIQUEIRA, M.D., 2007, p. 272)