Ser no mundo

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Ser no mundo leva-nos numa viagem à volta do mundo para encontrar filosofos influenciados pelo pensamento de Martin Heidegger, assim como especialistas nos campos do desporto, musica, artes artesanais e cozinha, numa celebração do ser humano e da nossa capacidade para encontrar o sentido  na visa através da mestria de competencias fisicas, intelectuais e criativas.


Ver o filme com legendas em português
Tradução de Eduardo Beira; montagem de Adelino Almendra
Ver texto das legendas: doc.


Uma celebração do ser humano na idade da tecnologia

Uma celebração do ser humano e da sua capacidade para, através do domínio de competencias físicas, itelectuais e criativas, encontrar um sentido para o mundo à nossa volta.

Um filme de Tao Ruspoli
Inspirado na obra de Hubert Dreyfus e na sua leitura de Martin Heidegger.
Com Hubert Dreyfus, Ryan Cross, Sean D Kelly, Austin Peralta,  Mark Wrathall, Iain Thomson, Leah Chase, Manuel Molina, Tony Austin, John Haugeland, Taylor Carman, Hiroshi Sakaguchi, Jumane Smith.

"Ser no mundo" é um filme que educa tanto os sentidos como o intelecto e que, no final, recorda que nós, individuos, precisamos de reencontar o nosso lugar no centro da filosofia e que o fazemos todos os dias simplesmente sendo, ou existindo no mundo. Em vez de uma narrativa ou de uma longa série de lições, visitamos vários práticos das artes - especialmente músicos - que simplesmente "fazem" a sua arte. Estas vinhetas aparecem justapostas com uma série de filósofos, a maioria ligados às ideias e interpretações do filosofo alemão Martin Heidegger, que escreveu sobre a ideia de "ser no mundo". Esta composição criou uma certa fluidez graças à forma como a infomação proporcionado tanto atinge os nossos sentidos como o nosso intelecto em medidas iguais. No fnal a mensagem vai-se embrenhando e vai criando um apreço genuino pelo filme na medida em que oferece uma visão diferente da vida de cada um. 

Em primeiro lugar, esta obra não exige qualquer  educação ou treino especial para ser comprendida e apreciada, embora não pense que muitos possam argumentar que o assunto tratado possa dissuadir muitos por si porque essa é a natureza da sociedade e o facto do cidadão individual não estar interessado em filosofia não é, obvimente, culpa do filme. Diga-se em sumário que simplesmente "sendo no mundo" ultrapassamos todas as atividades formais com as quais o envolvimento com a "filosofia" passou a significar mo mundo ocidental moderno. 

Mesmo que não se dê bem conta, é a mensagem do filósofo alemão Martin Heidegger que está firmemente presente no centro do filme, assim como a sua obra iconoclastica que inspira as ideias subjacentes às mensagens dos vários oradores. O facto da obra de Heidegger ser infame por ser difícil de abordar até mesmo para os estudiosos já iniciados em filoaofia é que torná este filme numa gema preciosa; quanto mais penso sobre o filme mais o aprecio porque vejo mais claramente como aquilo que eu inicialmente tomei por uma agradavel viagem estética com uma dose de didática acabou por ser uma "reeducação" sobre a importancia de simplesmente "ser no mundo" e de exprimir "arte" (o que significa profissão, hobbies, etc.) em termos da compreensão a que a filosofia nos conduziu coletivamente.

"Ser no mundo" é um filme curto. Apesar de ter uma montagem maravilhosa e nos levar à volta do mundo, é óbvio que isso foi conseguido com um orçamento comparativamente pequeno e isso apenas contribui mais para o sentido de intimidade e confiança que a obra transmite; é uma obra de amor, uma verdadeira obra de arte, criada para partilhar uma mensagem bastante distante do mundo comercial.

Mas é o sentimento com que se fica que diferencia este filme de outros semelhantes. Sentimo-nos encorajados e valorizados pelo realizador e pelos intervenientes. Mais do que uma exposição seca ou de pregar um sermão sobre mudar o pensamento de cada um sobre a sua vida com base numa tendencia epistemologica, o filme recorda que "ser no mundo" é aquilo que constitui o sentido (ou significado) da vida.

Tradução por Eduardo Beira; original aqui.

Recomendação do produtor do filme, Giancarlo

Ser no mundo é um dos documentário de que fui produtor. O realizador Tao Ruspoli estudou filosofia em Berkeley onde conviveu com muitos professores de filosofia. Por volta de 2008 propos-me investir num documentário wobre o tema filosofico de ser no mundo, de ser humano. Intrigava-me a ideia de Heidegger segundo a qual o que nos define como humanos não é pensarmos, como Descartes dizia, mas sim desenvolvermos as nossas competencias hábeis, a forma como "somos no mundo". Para uma pessoa como eu, a teoria de Heidegger foi uma lufada de ar fresco, muito recomendavel.

Era uma vez um mundo pleno de sentido, focado por figuras exemplares na forma de deuses e herois, santos e pecadores. Como é que os perdemos ou, talvez ainda andem por aí na forma de mestres dos dias modernos, no desporto, na musica, no artesanato e na cozinha. Será que todos estes mestres são capazes de nos inspirar e trazer de volta um sentido de maravilhoso, possivelmente mesmo de sagrado? "Ser no mundo" lavanta a questão de saber se que esquecemos o que  verdadeiramente significa ser um ser humano na atual idade da tecnologia e responde a esta questão numa viagem à volta do mundo para encontrar um conjiunto de indiduos notaveis. incluindo Manuel Molina, o legendário poeta e mestre do flamengo, Leah Chase, conhecida afetuosamente como a "rainha da cozinha crioula" e Hiroshi Sakaguchi, um mestre carpinteiro do Japão. Ao mostrar como estes mestres dos dias modernos vêm a vida a partir dos seus dominios próprios, o filme de Ruspoli celebra a capacidade dos seres humanos encontrarem o sentido (ou significado) do mundo através da mestria de competencias fisicas, intelectuais e criativas.

Tradução de Eduardo Beira: original aqui.

sobre o filme

a visão de Dreyfus versus a visão de Heidegger: que relação?

Ser no mundo de Heidegger ou indwelling de Polanyi? 

A relação de Dreyfus com o late Polanyi. 

Como é que o filme seria recebido por Polanyi?

Dreyfus, Polanyi and the film "Being in the world"

O realismo de Dreyfus versus Polanyi

Uma reescrita polanyiana do guião do filme