17 ELEMENTO PARASITA

Assim sendo, observamos que existe correlação entre a corrente parasita e da impedância de entrada , isto é, no espaçamento entre os elementos notamos a existência de dependência da corrente parasita e a impedância de entrada. Assim sendo, ao trabalharmos as expressões de campos considerando a alimentação de somente uma antena, o ganho de intensidade de campo sobre um dipolo de meia onda G(Æ) será:

G(Æ) = ½R11 / [R11 - |(Z12)2 /(Z22 )|cos( 2t12 - t22 )] . (1+|Z12 / Z22 ||x+ dr cos Æ)½

Onde x = p+ t12 + t22 ; t12 = | Z12 e t22 = | Z22 , então,

Verificamos que quando Z22 é elevado, isto é quando o elemento parasita está dessintonizado (muito grande em comprimento de onda), o ganho cairá de forma a ficar praticamente nulo, e a influência do elemento parasita deixará de existir, logo concluímos que a amplitude e a fase da corrente do elemento parasita em relação à corrente no dipolo alimentado, dependem da sintonia entre os dois elementos.

Normalmente damos ao parasita um comprimento de meia onda, modificando seu comprimento digamos em cinco por cento maior que o dipolo ativo, este será um elemento parasita refletor, se o deixarmos cinco por cento menor, este será um elemento parasita diretor. A modificação do comprimento do elemento parasita altera a sua fase em relação ao dipolo excitado fazendo com que a energia seja irradiada perpendicularmente aos dipolos aumentando desta forma o ganho antena excitada parasita quando diretor, e, parasita, antena excitada quando refletor. Tanto num caso como no outro devemos prestar especial atenção no quesito impedância, esta se dá no ajuste da distância e no ajuste do comprimento entre os elementos.

Para otimizar um sistema irradiante/receptor de dois elementos podem-se usar programas de simulação em computador como exemplificado no início deste documento como ábacos e tabelas compilados ao longo dos anos. Na prática imagine que queiramos usar um parasita como refletor, podemos lhe dar um comprimento de 5% maior que o elemento excitado, com um afastamento digamos em torno de 0,15 de comprimento de onda.

Imagine que num problema prático, queiramos uma antena de dois elementos com o maior ganho possível e uma impedância pré determinada pelo equipamento utilizado. A impedância de nosso transmissor gira por exemplo na ordem de 5 0 ohms, logo, nossa antena deverá ser otimizada de forma a ter os 50 ohms com o maior ganho possível sem complicações de construção mecânica.

Abaixo forneço uma tabela pronta para uso de antena Yagi-Uda de dois elementos, dado ganho (dB) sobre o dipolo de meia onda em relação à distância em comprimento de onda, e a resistência do sistema irradiante em função da distância tanto para antena dipolo com refletor quanto para antena dipolo com diretor, observar que compilei esta tabela prática com valores aproximados, cabe ao colega dar o ajuste fino para melhor rendimento de seu sistema, embora não tenha levado em conta altura do solo, nem diâmetro dos elementos, ela funciona perfeitamente, cabendo a cada um uma dose de inteligência e criatividade em vez de críticas sem fundamento teórico nem conhecimento de matemática.